Luca: então, quais os planos para hoje, Princesinha? _ Perguntei abraçando minha linda e encantadora namorada por trás. Alicia está na cozinha comendo salada de frutas.
Alicia: bem, eu não sei.- Falou e assim que terminou de mastigar, se virou para mim, enrolando seus braços em meu pescoço.
Minha princesinha é muito linda.
Alicia: o que quer fazer?- Pergunta fazendo carinho em mim.
Luca: que tal ficarmos aqui- dou um beijo em sua bochecha direita.- aproveitando que estamos sozinhos,- dou outro beijo, na outra bochecha.- e ficamos aqui, namorando?- E por fim dou um beijo em sua boca.
Durante o beijo sinto Alicia sorrindo, e eu acabo por sorrir também. Pego-a no colo fazendo minha Princesinha soltar um gritinho fino assustada, e a ponho sobre a bancada de mármore.
Estávamos nessa pegação gostosa quando um infeliz decide bater na porta, uma, duas, três, quatro cinco vezes! Sem parar.
Alicia se afasta de mim, e eu fico mais puto ainda.
Alicia: eu vou lá atender. - Falou e deu um beijo rápido em mim, acabo por soltar um sorriso.
Vou atrás dela e quando chego na sala ela já está indo abrir a porta, quando o infeliz do outro lado da porta fala:
- Vamos Alicia! Abra a porta! Sei que está ai!- Fala uma voz masculina. E logo volta a bater na porta de forma desesperada. Respiro puto da vida, ultrapasso minha princesinha e atendo a porta antes dela.
E acabo me deparando com um homem jovem, deve ter uns vinte e poucos anos, alto, loiro e branquelo.
Ele me olha dos pés à cabeça, me medindo.
- Quem é você?- Falou com... nojo? Ah eu vou acabar com esse cara.
Luca: e quem é você? - Perguntei cruzando os braços.
- Eu sou Lee Bruce, namorado da Alicia, agora será que o empregadinho aí da para sair da minha frente? - Fala entrando e esbarrando em mim.- Onde está minha Alicia?
Alicia: o que você está fazendo aqui Lee? - Perguntou minha princesinha saindo de trás de mim.
A essa hora eu já não estava mais de braços cruzados, mas sim com os punhos cerrados.
Sinto uma mão pequena tocar o meu braço chamando a minha atenção, olhei de escanteio para Alicia.
Eu não vou brigar, eu não vou brigar, eu não vou brigar...
Luca: a senhorita Alicia está aqui, se me der licença eu vou me retirar para dar mais privacidade a vocês. - Falei isso carregado de ódio.
Apenas peguei o meu celular que estava na cozinha e já estava saindo.
Alicia: Luca...- chamou-me.
Eu parei e olhei para ela.
Luca: precisa de mais alguma coisa senhorita? - Pergunto sendo formal, afinal, eu sou apenas um empregadinho.
Alicia: Luca...
Luca: se a senhorita não tiver mais nada para mim, irei me retirar. - E assim eu faço, saio do apartamento e vou em direção a um parque, a única coisa que eu sei a localização.
Começo a andar pelo parque e acabo por parar na frente de um play ground, muitas crianças saiam correndo uma correndo atrás de outra, brincando entre si.
As vezes, muitas vezes, sinto saudades de Canca, afinal é o meu lar, e então eu olho para aqui, Nova Yorke, e percebo o quão pequena é o meu lar. Tão simples...
Sinto falta de Alves, da Rose e do tio do Bernardo. Sinto até mesmo falta das implicações que Héctor tinha comigo. Sinto falta de trabalhar com Alves, de ir para a cidade apenas quando preciso, de ficar na calmaria.
Respiro fundo.
O ar daqui é tão diferente, lembro que na minha primeira noite aqui meu nariz quase me matou de tanto que coçava por causa do clima poluído. E olha que nem em São Paulo era assim.
Pego o meu celular e ligo para Alves, que me atendeu logo no segundo toque.
Alves: Luca? Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem?
Sorrio com a preocupação.
Luca: Não, está tudo bem. Apenas fiquei com saudades de você.
Alves: ah, mas calma, afinal vocês vão voltar daqui três meses... passa rapidinho.
Luca: está tentando convencer a mim ou a você?
Perguntei com um sorriso nos lábios.
Alves: um pouco dos dois.
Luca: e então? Como estão as coisas por aí? Alguma novidade?
Alves: bem, uma das nossas éguas pariu um lindo cavalinho ontem à tarde, o chamamos de Tron.
Luca: a Kelly?
Alves: sim, nem preciso dizer o quanto ela está ciumenta em relação ao filhote né?
Luca: eu posso imaginar... e as coisas em relação a Rose?
Alves: bem, a chamei para um jantar, ela aceitou, aconteceu na terça passada. E eu acabei caindo.
Luca: Meu. Deus. Do. Céu! Cara, como você fez isso?!
Alves: eu acabei escorregando na chuva, e ela ficou desesperada por me ajudar e eu morri de vergonha. Sinceramente, a minha sorte foi que ela tomou uma atitude de dar um beijo.
Luca: Finalmente vocês estão se acertando! Demorou o que? Cinco anos?
Alves: me respeita garoto!
Luca: as vezes.
Alves: e como estão as coisas com a minha filha?
Luca: então, né... agora está um pouquinho complicado.
Cosei a nuca meio nervoso, um hábito muito comum.
Alves: como assim?
Luca: apareceu um cara no apartamento, falando que era namorado dela, fiquei puto, e não queria brigar. O pior mesmo foi ele me chamando de empregadinho. Então sai do apartamento e vim para um parque...
Alves: desde de quando você deixa alguém pisar em você?
Luca: eu não deixei ok? Eu apenas não queria arrumar briga com ela.
Alves: garoto larga de molenga! Vai atrás da tua namorada, e se essa idiota aparecer de novo de um soco na cara dele!
Luca: ok...
Alves: estou falando sério! Luca Mantova! Corra atrás da sua garota!
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A vida de uma garota da cidade fora de serie
Teen FictionLuca: quando vai se tocar que aqui não é Nova York, Alicia? Alicia: e você acha que eu penso que esse fim de mundo é Nova York? Luca: deveria pensare duas vezes, quando for chamar a cidade que te acolheu de braços abertos, de fim do mundo, princesi...