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- Quero falar com você em particular Luca.- Falou com seu incrível tom seria e profissional, antes mesmo que eu proteste alegando que não foi culpa do meu namorado, apenas levantando a mão para que eu pare.- Minha conversa agora é com o Luca, não com você Alicia.- Engulo em seco, Luca por sua vez, mesmo tenso, deixa um beijo em minha testa e vai até o escritório de minha mãe.

Solto um  longo suspiro.

-Ali, se acalma, sua mãe não vai pegar pesado com ele... Bem pelo menos ele deu uma pela porrada no Lee.

- Sei o quanto minha mãe consegue pegar pesado em relação a alguém que destroi o trabalho dela.- Digo olhando para nenhum ponto especifico.

- Calma Ali, conheço muito bem o Luca. Não vai acontecer nada de ruim.

- O problema é que é muito injusto Luca escutar esporro, em quando a culpa é toda culpa do idiota do Lee e da vadia do Jass.-Digo irritada.

- Que orgulho, minha princesinha chamou alguém de vadia.- Dizia Mary enxugando uma lagrima imaginaria, o que arranca uma risada minha.- Sua mãe me mataria se visse isso.

- Normalmente sim, mas Jass realmente é uma vadia. Não é a primeira vez que ela humilha minha filha e arrasta nosso nome para a boca do povo de forma negativa.- Gelei assim que escutei a voz da minha mãe mas assim que eu analisei suas palavras fiquei mais calma, minha mãe estava com as mãos juntas, atras de si estava Luca um tanto... timido?- Não precisa se preocupar Alicia, não arranquei nenhum pedaço do seu namorado.

- O que vai acontecer agora?- Pergunto pois sei que quando se meche com a diaba de NY, nunca se sai inteiro.

- Ah nada de mais, apenas vou garantir que não consigam um emprego no meu ramo até que meus bisnetos se aposentem. - Disse como se não fosse nada. E realmente não era nada de mais para o que minha mãe podia fazer.- No começo questionei-me muito sobre sua escolha de namorado e amigos, hoje, vejo o quão tola fui tola por duvidar de sua decisão.- Falou e logo sorri. 

Para a diaba de Nova Iorque, isso era um enorme elogio. 

- Estarei em meu aposento, não façam bagunça.- Falou e se retirou.

Assim que o som da porta do quarto que se fechou, Mary falou:

- Não acredito nisso. Acho que vai chover.-Falou Mary espantada, olhando para as janelas.

Olhei para Luca, que estava de pé, olhando para Mary com um sorriso de lado, possivelmente achando graça da minha amiga abismada. Não sei ao certo o que foi dita nessa conversa, mas fico feliz que deu tudo certo.

Luca, por sua vez, quando percebeu que eu o admirava, abriu ainda mais o sorriso. Estendeu a mão para mim, nesse momento ele não estava mais com a gravata, e os botões de cima da sua camisa estão desbotoados, e não estava mais com o terno. 

Ponho minha mão sobre a sua, e sorrio.

"Eu te amo." Sibilei sem imitir nenhum som, mas sei que Luca entendeu muito bem o recado, já que beijou minha mão.

[...] 

- Sabe, quando você me ligou, fiquei até com uma leve surpresa.- Falou Jack assim que se sentou no sofá do escritório que minha mãe me deixou usar. - Mas tinha até me esquecido que a grande Alicia Alvez Torres não ia deixar a policia fazer o trabalho dela.

- Eu deixaria a policia fazer o trabalho dela se ela realmente fizesse. Mas vocês deixaram de achar as provas para mandar aquela mulher de mau carácter.- Digo meio irritada. 

- Sabe que não foi escolha minha.

- Sabemos também que você não engoliu que a mamãe cometeu suicídio. E por isso você continuou sua própria investigação.- Falou Mary chegando com uma taça de vinho em mãos, logo atrás estava Bernardo com os petiscos que a cozinheira fez para a gente.

O irmão mais velho de minha melhor amiga fez careta.

Luca estava sentado com os pés batendo contra o piso. Impaciente. 

- Você mexeu nas minhas coisas de novo, não foi sua nanica?- Questionou o mais velho.

- Não me julgue Jackarias LaCruz Carter, ao menos eu não fiquei quieta em relação a morte da mamãe!- Falou Mary ja um tanto alterada, impaciente e num tom acusatório. 

Bernardo, assim como eu, estava atento a cada movimento do irmãos LaCruz-Carter. Luca continuava na mesma, parecia té mesmo estar questionando se a sua ultima decisão foi a correta. 

Naquele momento, minha melhor amiga e seu irmão estavam se em peitando, prontos para atacar um ao outro. Jogando fatos na cara um do outro, apontando o dedo e os animos lá nas alturas.

Como se fosse algo planejado, o que não foi, já que essa reunião não durou nem ao menos cinco minutos sem uma briga, a porta de madeira foi aberta revelando assim uma figura conhecida por mim, Luca e Bernardo.

Chamou atenção ao ponto de Mary e Jack pararem de brigar para olhar o moreno.

- Olá Luca.- Falou com um sorriso lateral.


A vida de uma garota da cidade fora de serieOnde histórias criam vida. Descubra agora