Capitulo 2: Fica longe dele.

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João: ALICIA SE VOCÊ NÃO DESCER EM MINUTO EU VOU TE DEIXAR AQUI SOZINHA!_ gritou, enquanto eu já descia as escadas.

Os quartos ficavam no andar superior.

Alicia: precisava realmente gritar?_ perguntei calma.

João: você demorou mais de uma hora só para por essa roupa?_ me olhei, eu estava linda com essa roupinha.

João: você demorou mais de uma hora só para por essa roupa?_ me olhei, eu estava linda com essa roupinha

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Essa era uma das minhas roupas mais básicas que eu trouxe.

João: aonde está o restante da sua roupa?

Alicia: muito engraçado, pronto. Eu já to pronta, então, vamos._ falei com o meu celular na mão.

João revirou os olhos e foi. Pude ver pelo canto do olho o tal Luca sorrir de canto.

João foi no banco do motorista, Luca no do passageiro e eu atrás.

João: Alicia, eu vou ter que resolver um problema, Luca vai te mostrando a cidade e vai te apresentar a algumas pessoas._ falou tudo olhando pelo retrovisor para ver a minha reação.

Alicia: tudo bem por mim.

E o silêncio tomou conta do lugar, deixamos João numa lojinha e Luca tomou o volante eu para o seu antigo lugar. Liguei o rádio para não ficar um silêncio chato, o que não adiantou em nada porque o guri fez questão de desligar logo em seguida.

Alicia: você mora aonde?_ perguntei só para puxar assunto.

Luca: eu moro junto com o Alvez._ Opa, então esse delicinha vai morar na mesma casa que eu?

Alicia: e os seus pais? Não se importam com você morando com um homem/armário?_ perguntei, Luca travou o maxilar e não respondeu.

Luca: isso não te interessa._ falou rude. Pelo visto, toquei num assunto proibido.

Resolvi calar a boca, as mãos do Luca estão apertando o volante. E as veias do seu pescoço estavam em destaque.

Luca parou o carro e desceu, fiquei no carro esperando que ele se tocasse de que era para abrir a porta para mim.

Luca: ta esperando o que?_ perguntou, e eu olhei para a porta._ Vamos logo princesinha.

Bufei irritada, sai do carro, tendo eu mesma que abrir a minha porta. Luca trancou o carro, e então fomos para uma loja que parecia ser um mercadinho.

- Luca! Como é bom te ver garoto!_ disse o homem que estava atrás do balcão. Luca sorriu para ele, acho que é a primeira vez que eu o vejo sorrindo. Ele de fato deveria fazer isso mais vezes, nunca vi um sorriso tão lindo.

Luca: oi Rodrigo, é bom ver o senhor também._ o cumprimentou. Fiquei parada para não atrapalhar a conversa.

Rodrigo: e essa garota aí? Ela com certeza não é daqui._ falou me medindo dos pés à cabeça.

Luca: essa é a Alicia, filha da diaba do Alvez._ falou e logo o homem acenou com a cabeça.

Rodrigo: nossa, são iguais...

Alicia: pelo visto falar da pessoa como se ela não estivesse aqui é algo normal em Canca._ falei começando a olhar os produtos da prateleira.

Luca: e o mesmo humor._ e novamente o vendedor confirmou. Revirei os olhos.

Não sei porque todos desse lugar chamam minha mãe de diaba. Ela não é tão má assim.

Rodrigo: e como está o Alvez?

Luca: está, foi resolver um problema na lojinha da Rose._ fui olhando os produtos e escutando a conversa. Peguei uma barrinha de chocolate com pimenta, e fui no caixa. Luca olhou para a barrinha na minha mão.

Alicia: vou querer crédito._ falei pegando a minha carteira, porém, Luca foi mais rápido.

Luca: aqui não passa cartão, princesinha._ falou tirando uma nota de cinco da sua carteira._ Não quero o troco, e pode deixar que eu falo para o Alvez que você quer falar com ele.

E então saímos da lojinha. Já na rua, ele pegou a barrinha e me entregou.

Alicia: não precisa pagar para mim, eu não tenho só cartão..._ falei quebrando o chocolate e dando um pedaço a ele.

Luca: isso se chama educação princesinha. Não se tem lá de onde você veio, mas aqui, todo mundo é gentil com o outro._ falou olhando para as pessoas da rua.

Alicia: você nem sabe de onde eu vim. Então para de me tratar com uma mimadinha!_ ele deu risada, e parou na calçada, me fazendo parar também.

Luca: e como você quer que eu te trate? Você é minada, Alvez contou como você é.

Alicia: nem ele me conhece! Ele não viu eu me tornar como eu sou hoje.

Luca: e como você é? Por que, desde de que você chegou aqui, eu só te vi agindo como uma mimadinha de cidade grande._ falou. Eu já estava pronta para meter a mão na cara dele, quando um grupo de garotos com jaqueta de couro preta passaram pela gente.

Luca agarrou o meu pulso e me puxou para ele.

O garoto que estava com uma bandana preta amarrada ao braço direito trocou um olhar nada amigável com Luca, que devolveu o olhar. E depois o garoto olhou para mim dos pés à cabeça, fazendo sentir um frio na minha coluna.

Assim que todos passaram, Luca me arrastou até o carro, em silêncio.

Alicia: quem era aquele garoto? Aquele que você trocou fuzilamento e que estava com uma bandana._ perguntei, pois não aguentava mais a curiosidade.

Luca: Hector Alencar. Fica longe dele Alicia._ o tom de voz dele foi sombrio, o que me deixou levemente com medo. Foi a primeira vez em que Luca me chamou pelo nome.

A vida de uma garota da cidade fora de serieOnde histórias criam vida. Descubra agora