Luca: como você está?_ pergunta entrando no meu quarto pela janela, já que eu me tranquei aqui. Luca se deita ao meu lado na cama, e me puxa para deitar em seu peito enquanto faz um cafuné gostoso em mim.
Alicia: não esperava que ela viesse aqui._ digo sincera. _ Desculpa.
Luca: por que está se desculpando?
Alicia: por que ela te ofendeu... ofendeu a todos na verdade. Ela sempre foi assim. _ digo me lembrando de todas as vezes que eu levava os meus "amigos" lá para casa, ela nunca tratou nenhum deles bem.
Luca: está tudo bem, pelo menos entendi por que todos a chamam de Diaba._ fala e eu solto um sorriso._adoro quando sorri.
Alicia: acho que era para eu estar arrumando as minhas malas a essa altura._ digo ficando triste, não queria ir, porém tenho que voltar com minha mãe. Querendo ou não, ela tem a minha guarda.
Luca: o que?
Alicia: vou ter que voltar para Nova York Luca._ digo e ele se afasta um pouco de mim me olhando incrédulo._ não me olhe assim, também não queria ter que ir, porém eu não tenho escolha.
Luca: óbvio que você tem escolha! Todos temos._ diz com a respiração descompensada._ Fica...
Alicia: eu adoraria ficar...
Luca: se você quer tanto ficar, por que não fica?_ Pergunto, e percebo que seu olhar tem um toque de tristeza.
Eu não posso tirara a sua razão. Abaixo a cabeça.
Alicia: Luca... querendo ou não, eu sou de menor ainda. Minha mãe é quem manda, ela é quem tem a minha guarda._ Digo ainda sem coragem de olhar para Luca.
Luca: todos temos escolha. Princesinha, se você quer ficar, diga a ela. Ela tem que respeitar a sua escolha. A vida é sua, quem a vivi é você._ diz com a voz calma.
Luca tem razão, só que eu não tenho coragem de falar com ela, eu sempre segui as suas ordens. "Tudo tem a primeira vez." Penso.
Quando eu estava prestes a olhá-lo, os gritos dos meus pais brigando me fazer pular da cama, e junto a mim, Luca. Nos entre olhamos, e saímos do meu quarto as pressas.
Desci as escadas aos tropeços, e quando cheguei na cozinha, me deparo com acena da minha mãe jogando, o que parece ser suco, na cabeça dele, e logo em seguida passar por nós pisando duro. O olhar de ódio do meu pai me da medo. Nunca o vi desse jeito.
João não diz nada, apenas bufa irritado. Luca, assim como eu e Bernardo prendem o riso. Mal percebo quando Bernardo e Rosa chegam na cozinha.
Pego um pano de prato, e estico para ele ainda perdendo a risada, a cena de um ex militar, considerado um armário, todo encharcado devido uma mulher de 1,65 é hilário.
João pega o pano e sai da cozinha, Rosa vai logo em seguida. Eles mal saem do comodo, que o riso preenche o lugar.
Bernardo: acho que nunca vi Alvez tão puto._ diz limpando suas lágrimas.
Alicia: esse é o dom da minha. Ela consegue tirar um monge do sério._ Digo já quase parando de rir.
Olho para Luca assim que eu sinto o seu olhar em mi. A imagem dele sorrindo pode melhorar o dia de muitas pessoas, inclusive o meu.
Me perco em seu olhar. É tão ... intenso.
Bernardo: ala o casal._ fala me tirando da troca de olhares._ Vocês não estão sozinhos não. O tesão entre vocês é tão grande que da para cortar com a faca._ Brinca ele me deixando sem graça, e aposto que estou corada.
Luca: cala a boca, idiota._ diz e da um soco em seu braço.
Bernardo: quanta agressividade!_ diz fingindo espanto. O que me fez rir._ Ri não, antes de você chegar ele era só amores comigo, agora esta desse jeito.
Não consigo me aguentar, e caiu na risada de novo. Ficar seria perto do Bernardo não é um opção. E mesmo que fosse não é possível.
[...]
De um lado, minha mãe, a diaba de Nova York. Do outro, João, o soldado de Canca. Ambos estão se encarando com um certo ódio.
E isso por que é apenas o café da manhã...
Alicia: então mãe... quanto tempo planeja ficar aqui?_ pergunto tentando aliviar um pouco o clima.
João: quando ela perceber que você está mis feliz aqui do que cercada cheia de riquinhos mimados lá em Nova York._ diz sendo ogro.
Andressa: impossível, uma filha precisa da mãe. E o lugar dela é comigo, em Nova York._ diz mal olhando para ele.
Luca: o lugar da Alicia é aonde ela esteja feliz._ diz chegando todo suado na cozinha. É estremamente estranho ouvir ele falando o meu nome, porém fiquei feliz por ter alguém que pensa em mim.
Minha mãe bufa irritada.
Luca vem até mim me dando um beijo no topo da cabeça. E eu sorrio, desejamos um para o outro um "bom dia".
Andressa: é da onde você é garoto?
Luca: sou de Canca mesmo._ diz pegando água na geladeira.
Andressa: aonde você mora? Cadê os seus pais? Eles não se importam com o fato de você trabalhar? Parece ser muito novo._ lota Luca de perguntas invasivas.
Alicia: mãe!
Luca: está tudo bem, Princesinha. Bem, respondendo a sua pergunta, eu moro aqui com o Alvez, meus pais estão mortos, e acho que eles não se importariam com o fato de que eu estou trabalhando e não por aí vadiando ou roubando._ diz tudo na maior paz do mundo. Queria ter esse dom.
Sinto orgulho dele. Pelo menos alguém aqui consegue responder a rainha do mal de Nova York. Ou como ela é conhecida por aqui, a Diaba de Nova York.
Andressa: oh meus pêsames.
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A vida de uma garota da cidade fora de serie
Fiksi RemajaLuca: quando vai se tocar que aqui não é Nova York, Alicia? Alicia: e você acha que eu penso que esse fim de mundo é Nova York? Luca: deveria pensare duas vezes, quando for chamar a cidade que te acolheu de braços abertos, de fim do mundo, princesi...