Sábado, 14:02 PM
Veneza, ItáliaMeu pé batia freneticamente no chão enquanto os peritos analisavam a cena do crime. Desde que Richard DeVito saiu do poder, coisas estranhas vêm acontecendo por aqui.
O corpo de uma das nossas melhores arqueiras foi encontrado com sinais de envenenamento. Antes disso, houve também uma bomba prestes a detonar que enviaram até o nosso esconderijo.
O caos se instalou na RB e não parece querer nos abandonar tão cedo. Está claro que alguém quer nos sabotar. E eu realmente não sei até quando os ataques poderão ser contornados antes que uma tragédia maior nos atinja.
Tenho que me fortalecer. E isso significa encontrar aliados que me apoiem e sejam igualmente fortes, caso um combate seja necessário.
Por isso, tomei uma decisão.
— Ei, Blancherd! Preciso falar com você. — chamei na ala de treinamento, fazendo um sinal para que ele me acompanhasse.
Colin fora uma excelente aquisição. Ele é ágil, inteligente, perspicaz e fala muitos idiomas.
A única coisa que eu não entendo é o porquê dele estar sem uma equipe antes de eu o trazer para a RB, se ele é tão bom em campo.
Eu cheguei a pesquisar algumas coisas, mas ninguém tinha nada de ruim para falar daquele homem. Todos os lugares em que ele já trabalhou deram ótimas referências, meio exageradas para o meu gosto, mas positivas.
Ainda não eliminei todas as suspeitas, mas também não posso acusar ninguém sem uma prova concreta de que existe algo errado. Seria um tiro no meu próprio pé fazer isso.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou de forma casual.
— Ainda não, mas vai. Preciso que me traga relatórios sobre as máfias... Não poupe esforços e muito menos seja seletivo. Me traga tudo o que você conseguir encontrar.
— Para que você quer esses relatórios? — indagou com curiosidade.
— Isso ainda é confidencial... Mas em breve você saberá! — respondi firme, tomando cuidado para não soar grosseira. Um bom tom é fundamental para o trabalho em equipe.
— Entendo! — disse ele, parecendo... o quê? Desolado? Furioso? Desapontado? Eu realmente não sei, mas sei que não gostei do que vi.
Enquanto batia no saco de pancadas com golpes rápidos e fortes, pensava que talvez o mundo estivesse errado, que a raiva é o maior combustível que alguém pode ter, e não o amor, como todos dizem. O amor te deixa lenta e tapa seus olhos, já a raiva te deixa mais ágil, forte, e determinada a conseguir o que quer.
Eu precisava dessa substância nas minhas veias para encontrar o culpado pela morte do meu pai. Precisava dela para saber quem estava por trás do bilhete anônimo naquela noite. Eu precisava desesperadamente dela, para encontrar respostas.
Os golpes se intensificaram.
Minha pele brilhava de suor, minhas roupas clamavam por socorro, e meu pulmão implorava por fôlego. Decidi parar.
Tomei um grande gole d'água para estabilizar meu corpo e logo comecei a sentir os efeitos da prática.
— Está aqui, tudo que consegui encontrar. — Colin disse, pegando-me de surpresa.
— Oi pra você também.
— Ah, oi. E os documentos estão aqui! — disse, entregando os papéis em ordem alfabética.
Ele certamente é meticuloso.
— Obrigada por ser tão rápido nas pesquisas e por me trazer até aqui.
— De nada. Imaginei que estivesse com pressa. — falou ele.
— Você acertou, estou mesmo. — comentei enquanto analisava os documentos. — Pode ir para casa, Colin, todo o pessoal já foi embora. Obrigada mais uma vez por ser rápido.
Ao ver que eu ainda estava concentrada nos documentos, ele murmurou apenas um "uhum" e foi embora, deixando-me sozinha com meus pensamentos.
Depois de um longo banho para expulsar o suor, decidi voltar ao trabalho. A seleção das máfias precisava ser feita o quanto antes. A Rosa Branca dependia disso para sobreviver aos tempos sombrios que se aproximavam.
Depois de me acomodar na cadeira do escritório, comecei a ler minuciosamente os papéis. Separei tudo em três pilhas: sim, não, e talvez. Esta seria a primeira peneira para conseguir os melhores aliados.
Conforme avançava nas pesquisas, as pilhas diminuíam até se tornar uma fina camada de papéis sobre a mesa. Quando os primeiros raios de sol invadiram o meu escritório, eu já tinha meu veredito. Já sabia quais máfias estariam ao meu lado na batalha que se aproximava.
Quem quer que estivesse por trás de tudo isso iria se arrepender amargamente.
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We come. We rave. We love. (NOVA VERSÃO)
ChickLitAtenção : Em revisão ( os capítulos voltarão gradativamente conforme revisados) O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de loteria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é v...