Meu futuro tem nome

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(Maya)


Alguns dias depois...


   Hoje eu completo exatos 6 meses de gravidez e minha barriga está linda. Inacreditável, mas falta tão pouco pra mim ser mãe, pra segurar a razão da minha vida, que até um tempo atrás era um problema... Quer dizer, passado é passado e agora meu bebê é tudo pra mim. Meu bebê que...ainda não tem nome. Caramba nem pensei nisso.

Toc, toc

- "Entra" - me ajeito na cama.

- "Bom dia" - ele entra e fecha porta.

- "Sabe o que eu estava pensando? Nosso filho ainda não tem nome, podemos escolher juntos"

- "Eu gosto do que você gosta, então concordo com o que você falar"

- "Não mesmo, você não vai me dar um desconto, só porque estou grávida, vamos escolher juntos" - me aproximo dele - "Do que você gosta?"

- "Bom, não é desconto, e segundo podemos colocar dois nomes e aí cada um escolhe um"

- "Tá" - reviro os olhos e sorrio.

- "Que tal Arthur?"

- "Caramba amor, é perfeito. Eu gosto"

- "E você que nome escolhe?"

- "Apenas Arthur, é perfeito, é simples e único"

  Nós ficamos conversando, até Tom ter que sair com os pais dele. Sozinha, decido ir até a casa dos meus pais, já que meu pai não está lá, afinal Richard disse que ele ficaria fora pelos próximos meses, e sem ele lá, tenho passe livre. Me arrumo e vou de táxi. Chego devagar e entro, encontrando apenas minha mãe na sala. Ela está de costas e nao me vê. Penso em ir embora, mas me aproximo, esperei muito por isso.

- "Mãe?" - ela se vira, assustada e surpresa e acredito que... feliz.

- "Maya" - nos abraçamos, sem dizer nada, o que nos resta é chorar.

- "Você está bem mãe?"

- "Eu estou bem. Maya eu sinto muito."

- "Não mãe, nada do que aconteceu foi culpa sua, não se culpe jamais."

- "Como está sua vida? Como está o Tom, já escolheu o nome?"

- "Calma, eu prometo te explicar tudo" - sorrio.

- "Eu vou pegar um suco pra você"

- "Ta eu vou ligar pro Tom e dizer que estou aqui" - ela concorda e sai.

  Pego meu celular e sorrio ao ver meu papel de parede. Eu e Tom...estou feliz mesmo com tudo que aconteceu. E observo minha casa... ou melhor a casa dos meus pais e penso, as coisas teriam sido diferente se eu nunca tivesse saído daqui? Expulso os pensamentos e digito o número de Tom. Toca umas duas vezes e ele atende.

- ligação on -

- "Maya? Onde você está amor?"

- "Na casa dos meus pais. Vou ficar aqui por essa noite, está tudo bem pra você?"

- "Claro que está tudo bem, amanhã eu passo aí para te buscar"

- "Okay" - desligo e sorrio.

  Converso com minha mãe, por mais ou menos 1 hora, depois subo para meu antigo quarto e me preparo para dormir. Hoje o dia foi incrível, e eu só tenho a agradecer. Obrigada Deus...Sorrio.

- "E obrigada a você Arthur" - passo a mão em minha barriga e sorrio.

  Deito na cama, e penso em milhões de coisas, desde boas até... enfim. Com isso, acabo dormindo.

  - dia seguinte...-

  - "Bom ter vocês assim, perto de mim" - sorrio e abraço Tom, em seguida minha mãe.

Meu dia está perfeito, um verdadeiro almoço em família, incluindo Tom, claro. Depois subo para meu quarto e descanso pelo resto da tarde.

  Meu celular desperta e eu vejo que passa das 17h. Ajeito meu cabelo e levanto. Nessa mesma hora, minha mãe me chama. Mas parece um chamado desesperador, "já vou" e me arrumo pra descer. Alguém bate na porta.

- "Mãe... - abro a porta - "Carol?"

- "Você precisa descer agora"

- "O que houve?" - a sigo pelas escadas.

  Fico pasma ao vê-lo ali parado me encarando como se fosse me matar. Agora entendi porque o grito da minha mãe era desesperador.

- "Pai?" - sinto meu pé deslizar e tudo fica escuro.

Eu amo você, bebê!Onde histórias criam vida. Descubra agora