Eu amo você, bebê!

Nada é o que parece

(Maya)

Agora fazem 4 meses que não vejo Tom. Talvez ele tenha se mudado. Talvez namorando, ou simplesmente me esqueceu. Eu não queria admitir, mas sinto falta dele, como nunca. O tempo me fez pensar. Talvez devêssemos conversar, ou eu simplesmente deixar pra lá.

Pego meu celular, acho o número dele, e quando estou prestes a ligar, desisto.
Eu não quero ser fraca. Não fui eu quem errou. Eu quero seguir minha vida, mas Tom não sai da minha cabeça.

...

Nesse momento estou no shopping com minha mãe, Carol e Richard. Minha brinca com o bebê, enquanto minha mãe pede lanches. Richard está no celular falando com a namorada. E eu...bom, estou com o pensamento longe. Só volto para realidade, quando de longe vejo Tom no shopping. Meu coração acelera, mas resolvo ignorar. Ele vai se afastando, o que me faz perceber que provavelmente, ele me esqueceu.
De repente, meu celular apita com uma mensagem da mãe do Tom, pedindo para eu encontrá -los. Eu penso algumas vezes, mas vou. Deixo o bebê com minha irmã e vou para o outro lado do shopping. Mas não encontro Tom. A mãe dele de longe me chama e começamos a conversar.

- "Maya, obrigada por vim"

- "Eu... Só vim por curiosidade." - respondo seca.

- "Bom." - ela suspira e começa. - "Provavelmente você queria desculpa do meu filho, mas eu estou aqui em nome dele" - covarde! - "As coisas não estão fáceis desde que vocês saíram de casa. Eu sinto falta de você, do meu neto. Tom ficou com raiva de você e até tentou ficar com a Agatha, mas é você quem ele ama." - Tom me ama, eu sabia. Mas não, eu não pretendo voltar atrás. - "Você nos perdoa Maya?"

- "Senhora Scott, eu amo você, sua família, porém entenda que o que o Tomas fez, é difícil de perdoar."

- "Nada vai te fazer mudar de idéia?" - Tom diz atrás de mim. Meu coração acelera.

- "Eu já vou" - digo me levantando. Tom me segura pelo braço. - "Me solta" - digo quase chorando.

- "Precisamos conversar, nada vai me tirar de perto de Você, enquanto não resolvermos as coisas"

Me solto e saio andando. Tom não desiste e vem atrás de mim. Pra mim deu, não quero mais sofrer.

- "Você não a deixou não é?" - olho pra trás com raiva.

- "Eu não pensei direito, você saiu e eu queria uma distração"

- "Os homens são todos iguais mesmo" - reviro os olhos.- "Tomas você quer perdão? Você tem meu perdão, eu não vou guardar rancor, mas me deixa em paz" - Me viro - "Se quiser ver meu filho, o faça em um momento que eu não esteja" - saio em passos firmes.

- "Maya!!!" - ele grita, mas eu ignoro.

Espero que isso signifique que eu amadureci. Porque fazer isso está doendo de uma forma que eu não sei explicar. Claro que eu quero o Tom, mas não vou dar o braço a torcer. Ele cometeu um erro. E só o tempo dirá de fato, o que deve acontecer entre nós.