Luz no fim do túnel

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(Maya)



  Faço toda força possível, mas estou no meu limite. Nunca senti tanta dor na minha vida, os médicos me auxiliam, Isabella e Tom estão lá, e isso me dá força. Tom segura minha mão e eu aperto descontando toda minha dor, ele não reclama. Eu grito e faço toda força possível até ouvir um chorinho. Eu penso que está tudo bem, até uma enfermeira dizer que eu tive uma forte hemorragia. Não ouço mais nada.

....

  Abro os olhos lentamente e sinto uma forte dor na barriga, Tom vem até mim.

- "Como você está?"

- "Com muita dor" - digo entre dentes.

- "Vou chamar a enfermeira" - ele sai e volta rápido - "ela tá vindo."

   A enfermeira entra e me dá uma anestesia, em poucos minutos a dor vai indo embora, mas ainda sinto uma coisa ruim no meu corpo.

- "E o Arthur?" - digo me ajeitando na cama, embora posição nenhuma me deixa confortável.

- "Ele tá na incubadora, nada demais"

- "Por que não trouxeram ele pra mim? Tenho que amamentar não é?"

- "Você teve problemas depois do parto, precisou fazer um longo procedimento."

- "Desde quando?"

- "Desde ontem. Mas logo irão trazer nosso bebê"

- "Você viu ele Tom? Como ele é?"

- "Eu vi" - ele faz carinho em meu cabelo - "Ele tem seus olhos, por isso é lindo." - ele sorri.- "Agora descansa, prometo que quando você acordar, ele vai estar aqui."

- "Eu não quero dormir"

- "Maya, você tomou umas 4 anestesias desde ontem, seu corpo quer descansar" - ele ri, beija minha testa e sai.

  Eu me viro e fecho os olhos, imagino como meu bebê é, e durmo sorrindo.

- no dia seguinte-

   Acordo e olho ao redor, há varias flores, sorrio. Isabella entra no quarto, arruma a cama, me fazendo sentar, e é aí que Tom entra com um anjinho nos braços, Arthur! Um bebê lindo e delicado. Sorrio e choro ao vê- los. Tom se aproxima e com todo cuidado o coloca em meus braços, eu estou segurando meu filho. MEU FILHO. O que eu faço primeiro? O beijo? Dou de mamar? A emoção é tanta que me perco em seu olhar pequeno e curioso. Tom ri e diz que preciso alimentar nosso bebê. Percebo que não sei como fazer isso. Isabella me auxilia rindo.

Em seguida, minha mãe, Carol e Richard entram no quarto. Minha mãe pega Arthur no colo, em seguida Carol, enquanto Richard segura minha mão.

- "Como está se sentindo?" - minha mãe diz, enquanto admira seu netinho.

- "Agora eu tô bem. Aliás finalmente bem, passei por tanta coisa"

- "Gente acabou o horário de visita" - Isabella diz, pegando Arthur - "Somente um acompanhante." - ela sai e somente minha mãe fica comigo.

  Conversamos um pouco, até ela ter que sair. Tom volta a ser meu acompanhante.

- "Sabe meu amor, eu estive pensando, nós podíamos viajar, o que acha?"

- "O que?! Quando?"

- "Em três meses mais ou menos, você vai estar recuperada, e janeiro é especial, porque é seu aniversário, o meu, e também o mês em que nos conhecemos."

- "Mas, pra onde iríamos?"

- "Eu aceito qualquer sugestão sua"

- "Ah sei lá...um lugar romântico..."

- "Tipo Paris?"

- "Ou podemos ir pra praia, é romântico"

- "Havaí?"

- "Ou Bahamas"

- "Se você quiser, nós vamos"

- "Eu quero. Lá parece lindo e romântico"

- "Então é isso, janeiro, vamos comemorar a nossa felicidade"




(Tom)



   Maya tenta dormir e eu saio. Vou até onde Arthur está. Através do vidro observo o ser tão pequenino que trouxe toda minha felicidade.
  

  Imagino a viagem e como vou pedir a Maya em casamento. O momento tem que ser perfeito.

  Por mim, pela Maya, e pela nossa família.






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