Amor mal resolvido

28 5 0
                                    

(Maya)


Faz uma semana que Agatha está aqui. E se os planos dela era me enlouquecer, ela tá conseguindo! Ela fica em cima do meu bebê a todo momento, sem contar as vezes que ela flerta com meu namorado. Eu disse que confio no Tom, mas eu estou num verdadeiro conflito interno. Agora, me tranquei no quarto, para não ter que dar de cara com aquela garota. Não estou sendo imatura, só que...o ciúmes as vezes deixa a pessoa cega...e estressada!


- "Maya?!" - Tom bate na porta algumas vezes.

- "Entra" - abro a porta e vou para o outro lado do quarto.

- "Isso não é ciúmes né?" - ele se aproxima e eu me afasto.

- "Me deixa, se não o bebê vai acordar" - digo, me afastando e mudando de assunto.

- "Eu...vim falar sobre a viagem...Programei para o dia 1 de janeiro...

- "Ainda quer viajar?" - reviro os olhos.

- "Maya, já disse que não tem razão para estar brava...E sim, eu ainda quero viajar... Com o amor da minha vida" - eu sorrio de lado, mas fico séria em seguida.

- "Por mim tudo bem. Já pode ir"

- "Eu só queria dizer... Que o bebê vai ter que ficar... - ele passa a mão na cabeça. - "Preciso de um momento só nós dois..."

- "Devia ter pensado antes de fazer! Ele precisa de mim, como quer que eu fique fora, sem cuidar dele, sem amamentar..."

- "É só por uns 5 dias..." - Ele exita antes de continuar, mas ainda fala - "Minha mãe vai cuidar bem dele.

- "Eu vou pensar, agora vai"

- "Com licença..." - a mãe de Tom bate na porta e entra. - "Tô organizando uns comes e bebes lá embaixo, vamos lá gente? Tá calor, liberei até a piscina" - ela ri e sai.

- "Te encontro lá embaixo" - digo a Tom e ele sai.




Troco de roupa e troco o bebê também. Desço e encontro apenas Agatha a beira da piscina. Talvez seja a hora de trocar alguma palavra com ela.


- "Agatha?" - me aproximo. Ela me olha de cima a baixo.

- "Ah você" - ela da de ombros.

- "Acho que deveríamos conversar, você tá aqui em casa já faz uns dias e mal trocamos 2 palavras..."

- "Eu definitivamente não tenho nada pra falar com você, sua ladra"

- "O que?"

- "Eu passei anos sem vim nessa casa. Planejei por muito tempo meu casamento com Tom, porque ele foi prometido a mim! mas aí depois de anos, chego aqui e ele tá namorando, tem um filho e o pior com uma asinha como você."

- "Eu não sou obrigada a ouvir seus insultos" - me afasto dela até ela gritar.

- "Pelo menos consegui um beijo dele" - me viro furiosa. - "E foi muito bom"





Mesmo com Arthur no colo, vou até ela e dou um tapa em seu rosto. Meu ciúmes não foram a toa. Tom me traiu! Nesse momento só consigo sentir raiva dessa garota, mas a hora do Tom vai chegar. Sinto alguém me tocar no ombro, mas nem olho, só saio furiosa. Subo as escadas correndo, e começo a arrumar as malas, até que Tom vem atrás.




- "Não fala nada" - digo enquanto jogo as roupas na mala.

- "Maya precisamos conversar"

- "Vocês se beijaram?" - ele fica calado, mas a cara dele entrega o quanto ele é culpado. - "Vocês se beijaram?!" - ele exita e acaba assentindo.- "Então, não fala mais nada, eu vou embora e você não vai me impedir."

- "Me perdoa!!" - ele se joga no chão de joelhos.

- "Foi uma traição, eu não sou obrigada a aceitar e fingir que nada aconteceu."

- "Eu mando ela embora daqui agora."

- "Eu preciso de um tempo pra pensar" - pego a mala, e saio.





Tom não veio me impedir. Mas acho que isso foi o melhor, eu não queria ser fraca.
Eu ligo pra minha mãe, que me busca e me leva pra casa. O lugar que eu devia estar desde o começo. Talvez eu não devesse ter vindo morar com Tom. Embora eu estava sem saída. Ah meu Deus que reviravolta. Eu preciso de uma resposta e com certeza só o tempo vai me dar...

Eu amo você, bebê!Onde histórias criam vida. Descubra agora