Invitation to hell.

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📌| Bem-vindo de volta. :)

  Jimin considerou ter desaprendido a respirar quando as portas do elevador se encontraram, trancando-o ali com o maior, as mãos suavam involuntariamente, nervoso diante o algoz

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  Jimin considerou ter desaprendido a respirar quando as portas do elevador se encontraram, trancando-o ali com o maior, as mãos suavam involuntariamente, nervoso diante o algoz. Nove dias haviam sido o suficiente para que o garoto ingênuo, enlouquecesse com as premissas, temendo o escândalo que poderia surgir a qualquer momento, devido à cena protagonizada por ambos na boate. Nove tortuosos dias que se passaram sem que Park conseguisse ficar um segundo sequer livre dos pensamentos corrosivos, relembrando a sensação que era ter um Jeon tão maldoso o penetrando forte.

  O ruivo queria fazer tantas perguntas, mas, sabia que as coisas nunca funcionariam conforme queria, Jungkook não o permitiria. Ele era frio, imprevisível e cruel, dono de uma personalidade terrível, não tinha dúvidas.

  Saíram da caixa de metal sem trocar nenhuma palavra, Jeon já estava habituado a aquele prédio, então, seguiu despreocupado para o apartamento do garoto, tinha uma postura perfeita, Park sentia-se insignificante perto do belicoso. Mas, antes que conseguissem adentrar o homizio, uma figura desconhecida pelo moreno surgiu no corredor.

  — Jimin! Nossa cara, por que está me evitando? - um rapaz aparentemente jovem se aproximou ignorando Jeon, se tratava do vizinho e amigo de infância de seu irmão, diante toda loucura dos últimos dias, Park evitou todo e qualquer contato que não fosse obrigatoriamente, com Yoongi.

  O modelo estava diante um beco sem saída, não sabia ao certo o que fazer, sentia o olhar afiado de Jungkook pairando sobre si, analisando meticulosamente qual seria a reação do esguio. Jimin sabia bem quais seriam as consequências caso desobedece-se Jeon ao falar sem permissão, estava claro para si que não podia fazer nada sem a autorização do outro.

  — Vai me ignorar desse jeito? - Min parou a poucos centímetros, impaciente, não entendia porque o amigo havia mudado drasticamente de comportamento. — Ei cara! - segurou Jimin pelo braço. — O que você tem?

  — Jimin, responda o seu amigo. - Park pode respirar melhor após ouvir a voz do fotógrafo, porém, algo o alertava para que tomasse cuidado, já o terceiro ali presente, sentiu um arrepio ruim correr a espinha com a presença daquele individuo.

  — Min, eu não quero falar com você. Por favor, vá embora. - se sentiu orgulhoso por conseguir proferir aquilo sem gaguejar, o tom de voz entregava a tristeza que tinha ao dizer tais coisas. Mas, segundos foram necessários para que se desse conta de que o mais novo estava o tocando. Quis chorar, já sabia o rumo daquela situação, lembrava-se bem o que havia sido dito a si.

''Você não pode olhar nos olhos de ninguém sem que eu mande, assim como ninguém além de mim pode lhe tocar.''

  — Huh? Assim, do nada? - questionou desconfiado.

  Jimin não quis mais ouvir, virou-se e adentrou o apartamento, sabia que aquele também era um ato errado, mas não conseguia mais permanecer ali. Parou no centro da sala de estar do apartamento decorado predominantemente com móveis brancos, não sabia o que fazer, quais ações tomar para evitar o pior.

  Engoliu seco quando ouviu o ranger da porta, sentindo o coração pulsar na mesma sequência que os sapatos caros batiam contra o chão, se aproximando pela retaguarda. Novamente a sensação de pânico estava instalada no ruivo, tinha medo, todos os sentidos estavam aguçados.

  — De joelhos. - a voz penetrante ditou autoritária. Prontamente foi atendido. — Para você ter saído repentinamente, sabe o que fez de errado, não é?

  — S.. sim, senhor.

  — E acha que merece uma punição.. - segurou entre o polegar e o indicador, a jugular do menor, inclinando-se para escorar o maxilar no ombro alheio, o toque era propositalmente sutil, causando uma agonia absurda. Park sentia que teria a veia deslocada a qualquer momento. — Jiminissi?

  Era tão inocente, não havia notado o tom de escárnio presente na voz sorrateira, por conta disso, tentou respirar melhor para não transparecer como ficava afetado, o estômago parecia estar vibrando, causando uma sensação quente no corpóreo.

  — Eu mereço o que o senhor decidir. - agradável, demasiadamente satisfatório para o mais velho escutar aquela voz doce proferindo aquelas palavras, Jimin era viciante. Apertou o pescoço incólume com ambas as palmas, fazendo força para que sentisse as veias frágeis, pulsantes contra os dedos longos, suplicando para que pudessem fazer sua função normalmente. O garoto não conseguia respirar, não tinha forças nem para que tentasse impedir Jeon de o estrangular, não compreendia porque ele estava fazendo aquilo consigo. Havia feito algo tão errado assim?

  Mal sabia ele que o diabo estava em um surto particular, excitado por literalmente ter a vida do garoto entre as mãos. Jimin tinha o rosto vermelho, já não respirava direito e ao contrário do que deveria fazer, não se debatia e nem lutava contra aquilo, somente deixou que o corpo caísse sobre o do maior, já não sentindo nem mesmo a própria pulsação. Estava morrendo.

Você é meu. - desfez o aperto quando o rapaz estava prestes a perder a consciência, sentando-se no chão com Jimin entre suas pernas. Park suava, uma sensação de enjoo e fraqueza lhe surgiu conforme respirava desesperadamente, as lágrimas caíam sem pudor, estava tão vermelho quanto os próprios fios. — Nunca tente lutar contra isso. - alisou a testa do pálido, afastando os cabelos da face angelical para analisá-lo melhor, o membro pulsava contra as costas do modelo, a respiração pesada batia contra a cerviz sensível. — Caso contrário, irei matar você. - beijou-lhe a curvatura do pescoço, sorrindo logo em seguida, psicótico. — E tenha certeza, você irá definhar em dor até que possa encontrar o fim dessa sua vida miserável.

  O pequeno tinha uma expressão de terror, sentia o ar molhar a pele, a respiração ofegante denunciava que ainda estava em estado de choque.

  Jeon não tinha limites.

  — Se você for um bom garoto, irei cuidar de você. - aqueles cílios negros pareciam dar intensidade aos olhos sem vida do fotógrafo. Não tinha mais esperanças de pedir ajuda a alguém, sentia em seu âmago que seria perseguido e morto, caso tentasse tal ato. Jungkook não estava para brincadeiras, não havia um fetiche ali, ele era simplesmente um homem mau, egocêntrico e sádico.

  O caucasiano levantou com o garoto, sentando com o mesmo no sofá mais próximo. Jimin parecia um boneco nas mãos grandes, em poucos segundos estava sentado sobre a pélvis alheia, mas, não ousaria olhar para o bestial. Park, mesmo que pudesse, não conseguiria manter contato visual com as orbes famintas. Mesmo desnorteado, não deixava de sentir o sangue circular forte na região baixa, sufocando o esguio pela excitação.

  — Eu sei tudo sobre você. - subiu as palmas pela cintura, esfregando a bunda farta com força no próprio colo. A voz arrastada entregava o desejo do maior. — Foi feito especialmente para mim. - a língua encontrou-se com a superfície da pele alva, arrastando o músculo pela extensão do pescoço. Park, automaticamente reagiu através da pouca penugem de seu corpo, que se eriçou, fazendo Jeon sorrir soprado. — Tens minha permissão para falar.

  Jimin sentiu o coração disparar. O avermelhado não havia notado que estava totalmente submisso, de forma que seguisse suas ordens inconscientemente, era instintivo ser assim com o dominador, como se o interior reconhece-se Jungkook como seu dono. Tinha o rubor forte nas maças, queria perguntar tantas coisas.

  — Me perdoe, por favor. - estava sendo sincero, tinha a noção distorcida, não via que não merecia em momento algum qualquer tipo de agressão.

  — Eu lhe dou meu perdão, mas.. - o calor era denso, a atração dos corpos era evidente. — O preço é caro. Você está disposto a pagar? - parecia um convite ao inferno, se sentia tentado.

Sim, senhor.

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