📌| Cuidado para não romantizarem um relacionamento abusivo.
Jimin havia assinado um contrato com o diabo.
— Quantos anos tem?
Park piscou inerte, lembrando de que eram estranhos um para o outro. Não haviam tido uma conversa civilizada desde o primeiro contato, e aquilo causava vontade ao moreno belicoso. O interior do veículo era todo claro, já estava acostumado com a vida de luxo, não era atoa a boa fama entre os modelos revelação daquele ano, querendo ou não, a família pequena possuía um grande nome na indústria daquele país.
— Vinte e um.
O silêncio pairou novamente, o ruivo de fios alaranjados se moveu sobre o assento, estava nervoso. Jungkook era uma incógnita, a face bonita estava impassível, movia pouco os punhos conforme trafegava pela cidade, o volante era apertado com certa força.
— O que você quer?
— O que eu quero? - Jimin rebateu confuso, apertando os dedos. Acabou mordendo a carne da bochecha, criando coragem para dizer o que sentia. Queria responder a qualquer coisa que fosse perguntada a si por aquele homem, Park estava.. — Eu quero o que você quer. - desequilibrado.
Jeon pela primeira vez desde aqueles longos minutos olhou para o menor, era quente, tinha um olhar intenso, mesmo escondido por de trás da lente grossa do óculos. Jimin sentia-se bem por ter gastado alguns minutos a mais para se arrumar, vestindo o casaco de couro daquele mesmo dia, uma calça social de tom escuro que caia bem nas coxas desenhadas, combinando com o blusão de cor laranja pastel mais aberto, deixava a clavícula exposta. Os fios estavam mais claros aquele dia.
O carro parou bruscamente, assustando o garoto e o trazendo a realidade de que já estava dentro da garagem do prédio exuberante que haviam adentrado a pouco.
— Desça. - ríspido.
Jimin não pestanejou a abrir a porta do veículo e levantar, fechando para ajeitar a franja que caia sobre o rosto vez ou outra, suava frio, com medo. Novamente aquele sentimento sufocante o preencheu, intensificando-se quando notou Jeon dar a volta no automóvel rapidamente. Só teve tempo de sentir os dedos longos circulando o próprio pescoço, empurrando o corpóreo contra o carro.
A percepção roubada só o permitiu notar as paredes acinzentadas, assim como as demais máquinas estacionadas, tão caras quanto a do mais velho. Em segundos já se encontrava debruçado sobre o capô negro da Lykan HyperSport, preso entre a superfície e o caucasiano. Deveras desconfortável, mas ao mesmo tempo, reconfortante ter a atenção do fotógrafo mais uma vez só para si, sentia o baixo ventre esquentar.
— Você quer o que eu quero. - alisou o quadril estreito, apertando a carne entre os dedos. — Está certo, mas vai além disso.. - apertou os pulsos presos pela mão grande sobre a lombar do avermelhado, lhe deixando imóvel. — Você é meu. - puxou os fios sedosos, deixando a nuca vulnerável para morder forte, o pequeno só pode murmuriar baixo pela dor aguda. — Sua dor é minha. - beijou o local, respirando próximo do lóbulo preenchido por argolas. Jimin suspirou, sentindo o quadril encostar-lhe bruto, os pelos estavam eletrizados. Sentia um misto de coisas. — Seu prazer é meu. - a circulação sanguínea das pernas ficou lenta, sentiu que poderia derreter.
— Sua tristeza também.
O diabo tomou distância, vendo um Jimin frágil fervendo sobre a lataria.
— Senhor Jeon. - a voz melodiosa era baixa, manhosa. Tentou apoiar as mãos, levantando o tronco para olhar para trás com a face rubra. Um sorriso mínimo era adornado nos lábios grossos.
Jungkook alisou o canto da boca com a língua, fechando os punhos, nunca fora de perder o controle das próprias ações, tudo era meticulosamente pensado. O de fios mais claros ali consigo estava tão instigante, o casaco em conjunto do blusão amarrotado para cima permitiam a visão da cintura esguia, a pele parecia tão limpa e lisa, queria tocar.
E assim o fez.
— Céus. - disse ao ter o corpóreo agarrado e amassado contra o mais forte e alto, sentia perfeitamente a silhueta alheia, o órgão dentro da caixa torácica parecia quase explodir em uma bombeada de sangue forte, direcionada diretamente a parte pélvica.
Os lábios de Jungkook pareciam famintos, o transmitia isso todas as vezes que selava tais pela curvatura do pescoço, chupando e aumentando o adstrito ainda mais. O medo não deixava de correr pelas veias ao imaginar que o comportamento poderia mudar drasticamente em segundos, porém, parecia lenha diante o fogo interno acesso no ruivo desde que conhecera o outro.
As palmas apalpavam a carne adiposa das coxas, o moreno fazia questão de morder Jimin toda vez que o sentia mole entre vossos braços, apertava o âmago das pernas com vontade.
— Seu corpo sabe que é meu desde a primeira vez que o vi. - disse baixo, com a voz grave que surgia toda vez que a personalidade diferente o assumia. — Por isso ele me obedece tão bem, sente como ele se encaixa perfeitamente?
— S.. Sim. - esforçou-se para responder coerentemente, mordendo o inferior para conter os possíveis barulhos embaraçosos que sabia que soltaria a qualquer momento. Até então só respirava com dificuldade, o fervor dos dedos era intenso.
— Pois então, quero violar cada pedaço do que é meu. - disse esfregando a ereção formada a pouco no menor, sentindo a glande latejar contra o traseiro farto.
O avermelhado não teve como conter o gemido preso a garganta, era vergonhoso, aquele som era tão obsceno em sua cabeça. Se sentiu sujo pela primeira vez e acabou embolando os sentimentos. Queria correr. Estava assustado, nunca tivera um relacionamento, nem mesmo havia pensado ter um justamente com alguém do mesmo sexo. A confusão interna o impediu de mover sequer um músculo, sentia o membro que até então pensava que para si não havia muito utilidade, latejar.
— Eu..
— Jeon? - uma voz diferente chamou, causando um pânico evidente no ruivo, reconhecia o tom grave, era Taehyung.
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CLICK, RED SCARLET.
Hayran KurguJeon Jungkook, um renomeado fotógrafo de olhos tempestuosos e aparência digna de um grande nome da moda, suspirar por ele era comum. Mas quando o dominador sádico acha a caça perfeita; Park Jimin, modelo em ascensão daquele ano, nada poderia mudar o...