Burning.

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📌| Olá. Perdoem a demora, cá estou eu novamente. Não fiz a revisão, boa leitura.

  Estava entregando de vez sua alma ao diabo

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Estava entregando de vez sua alma ao diabo.

O modelo observava a paisagem da cidade pela janela, conforme a Mercedes prateada se locomovia com velocidade, mas, não estava realmente concentrado onde os olhos miravam. A mente só tinha espaço para cena que havia vivenciado alguns minutos atrás, de um Kim Taehyung morto. Não conseguia digerir bem o que estava acontecendo, as emoções tão distintas o deixavam sem reação. No banco da frente, Jeon dirigia o carro como se nada houvesse acorrido.

  Ele não demonstrava sequer remorso ou preocupação.

  Park não conseguia olhar para cima, com medo de encontrar pelo reflexo do retrovisor, os olhos frios do seu dono. Desde o acontecimento no desfile, não haviam trocado uma palavra se quer. Tiveram dificuldade para sair do local devido o tumulto, o garoto estava atordoado, de forma que, ainda conseguia ouvir o barulho ensurdecedor das sirenes e vozes altas. Se perguntava o que havia motivado o fotógrafo a fazer aquilo, com a premissa de que possuía culpa. Se julgava por não ter controlado a curiosidade, não deveria ter ido de encontro ao Kim e, talvez, desta forma ele não estivesse morto. Cada lágrima que escorria pela pele, refletia como uma facada no coração sôfrego.

  Já era madrugada quando voltou a atenção para o trajeto que faziam, não conseguindo identificar onde estavam. Nem se quer sabia para onde iam. Não tinha mais escolhas, havia desperdiçado toda e qualquer chance de escapar daquele fim. Sentia-se errado, pois, deveria repugnar qualquer contato com Jeon, mas era fraco, o corpo ardia clamando por aquelas mãos possessivas. Assustou-se quando a Mercedes parou abruptamente, vendo o homem abrir a porta do passageiro. Ele sentou-se ao lado de Jimin.

  — Como se sente? - o ar pareceu ficar denso ao sentir o calor do fotógrafo, perto demais.

  — O que o senhor vai fazer comigo? - indagou com a voz embargada, estava com medo. O corpo rígido demonstrava o nervosismo. Sabia que queimaria no inferno por desejar o próprio diabo, sentado ao seu lado, com o sorriso mais traiçoeiro que ele já havia exibido até o momento. Parecia feliz, satisfeito.

  — Agora? - Jimin sentiu a ponta do nariz alheio escorregar pela curvatura do pescoço parcialmente coberto, uma corrente elétrica percorreu pelo sangue, aumentando os batimentos cardíacos no mesmo instante. Fechou os olhos, tentando manter o raciocínio, mas não conseguiu. Ao sentir os dentes morderem a epiderme sensível, grunhiu apertando os próprios joelhos. — O que eu quiser, porque você me pertence. - puxou a gola do blusão, rasgando a costura lateral para enrolar o tecido solto na palma da mão, sufocando Jimin. — Não é mesmo?

— Sim, senhor. - como um feitiço, todas as premissas foram embora, deixando uma cabeça vazia para trás, focada unicamente no caucasiano. Sabia que estava nas mãos de um psicopata sadico e, mesmo assim, não conseguia evitar o efeito magnético.

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