Jeon Jungkook, um renomeado fotógrafo de olhos tempestuosos e aparência digna de um grande nome da moda, suspirar por ele era comum. Mas quando o dominador sádico acha a caça perfeita; Park Jimin, modelo em ascensão daquele ano, nada poderia mudar o...
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— Jeon? - era Taehyung.
Jimin em desespero segurou as mãos do psicótico, tentando se desvencilhar do toque. Um estalo de pensamentos o surgiu, a culpa lhe recaiu e se viu julgando a si mesmo, ao próprio comportamento estranho. Nunca imaginou que poderia passar por uma situação como aquela, flagrado em um momento tão delicado.
As poucas lágrimas rolaram, o cheiro forte do diabo não o permitia ficar desconexo daquela realidade dura, Jungkook era sua âncora.
— Eu estou atrapalhando algo? - Taehyung perguntou observando o estado de ambos. Conhecia o seu mestre, as pupilas dilatadas e o fato de estar daquela forma em um ambiente tão aberto não era de seu feito. Nunca o tinha visto assim; sempre fora um homem discreto, e mesmo em momentos mais íntimos não perdia o controle.
Estava estático, ali estava algo além de um simples fetiche, era a visão de um ser bestial prestes a fazer uma vítima.
— Você sabe que sim. - disse baixo, apertando os pulsos do ruivo para o manter quieto ali. — Então, seja breve.
O menor entre eles se encolheu, tendo mais espaço para respirar em meio os braços fortes. Precisava raciocinar rápido, sabia que fora ele quem havia ido atrás daquilo.
— Senhor Jeon, me solte.
— Não, fique quieto. - os olhos permaneceram no modelo mais alto. Jimin suspirou frustrado, a vergonha consumia cada célula do corpo pálido. Sabia que o moreno faria somente o que lhe fosse conveniente, ao menos aquela característica conhecia muito bem.
O Kim baixou a cabeça, sabia que o outro não gostava de contato visual direto, ele achava que era um ato que demonstrava rebeldia. Jungkook odiava ser desobedecido.
— Eu sempre venho neste horário. - Jimin torceu a feição, o Kim parecia ignorar completamente a própria presença. Não sabia distinguir se estava aliviado ou ofendido.
— Suba, e me espere no closet.
Como assim? Pensou o menor, sentindo as lágrimas secando na pele tênue, causando uma sensação de esticar na epiderme, o calor intenso fora sumindo aos poucos. Se sentia bem o suficiente para dar fim à situação, não sabia o que havia o levado até lá, mas não fazia diferença diante a sensação de que estava sendo usado como segunda opção na falta do Kim.
Mesmo sendo um garoto de mente fraca, o temperamento gentil que beirava a orgulhoso ainda moldava a personalidade passiva. Descobriu somente ali que ficava dissimulado na presença alheia, precisava manter distância. Era tóxico. Aquilo não era nada romântico.
