Magnus deu as costas para Alec e fechou as cortinas da varanda. Suas pernas pareciam gelatinas de tão moles, seu coração socava seu peito fortemente, suas mãos estavam trêmulas. Ele tinha acabado de se declarar para o rapaz e não sabia como ainda estava de pé.
Podia parecer cedo demais, mas Magnus sabia o que sentia, então não iria esconder do outro e nem de si mesmo aquele sentimento lindo e permanente que se acomodou dentro de seu coração.
Ele seguiu para o banheiro e tomou uma chuveirada rápida. Ainda tinha o maldito jantar com Imasu.
De volta ao quarto, ele pegou seu celular no criado mudo, se sentou na beira da cama e discou o número do pai.
Ele atendeu no quinto toque.
- Oi pai, como o senhor está?
- Bem, meu filho. Eu e sua mãe estamos morrendo de saudades.
O moreno riu.
- Esse é o primeiro fim de semana que não vou para casa. Quanto drama, seu Asmodeus.
O pai também riu.
- Onde está a mamãe? – Ele queria fazer o pedido aos dois.
- Está saindo do banheiro, vou colocar no viva voz.
- Meu amor! Como você está? E o Imasu? Está tudo bem com os meus meninos? – a mãe era pura empolgação.
Magnus reprimiu a vontade de rolar os olhos.
- Está tudo bem, mãe. Eu liguei para pedir... algo.
- Ah! Finalmente! Essa sua mania de nunca querer nada da gente é muito frustrante, meu filho – a mulher lamentou.
- É verdade, Magnus. Você é nosso único filho e até hoje só o que aceitou de mais caro foi seu Porsche – o pai falou.
Magnus queria bufar alto de irritação, mas no momento não podia demonstrar seu descontentamento com a extravagância dos pais.
- Que a propósito já deveria ter sido substituído. Você já tem ele há dois anos! – Mary exclamou, como se fosse um horror alguém tão rico como Magnus não trocar de carro de mês em mês como ela fazia.
- Eu estou muito bem com meu carro, obrigado.
Ele ouviu a mãe soltar um suspiro lamentoso.
- Então diga, o que você quer? Uma casa de praia? Um iate? Uma ilha particular? – o pai perguntou animado.
- AH JÁ SEI! UM PEDAÇO DA SUÍÇA! – a mãe de Magnus gritou e se ele não estivesse tão exasperado com os exageros de sempre de seus pais, teria rido.
- Eu sei que vocês são donos da metade dos hospitais da Califórnia, mas esse excesso de vocês ultrapassam todos os limites.
Mary soltou um ofego.
- Meu bebê, o império que seu pai e eu construímos foi apenas pensando em você. E um dia será todo seu, você querendo ou não.
Magnus resolveu ficar calado. Não queria discutir aquele assunto pela milésima vez.
- O que eu quero na verdade não é diretamente para mim. – falou indo direto ao assunto – Mas vocês irão ajudar uma família descente.
- Diga, meu filho – disse Mary.
- Eu quero que vocês coloquem Maxwell Lightwood na lista de prioridade de transplante de coração. Eu me informei e ele é atendido em uma das filiais de Santa Maria.
Seus pais ficaram em silêncio.
- Eu ainda preciso falar com... a família sobre o custo, mas peço que deixem eles pagarem aos poucos.
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Radar (Malec)
Fanfiction"Quando você anda, quando você fala, eu tenho formigamentos, eu quero te conhecer. Estou tentando te fazer entender que você está no meu radar." Fanfic inspirada na música Radar da Britney Spears.