Ataque Inesperado

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Com tudo que estava acontecendo, principalmente agora que Adrian está assim, cheguei à uma conclusão... Não posso deixar que os machuquem novamente, e para que eu possa cumprir meu destino tenho que ir embora de A. C. P. P.

Depois de pensar tanto no que fazer e chegar nessa conclusão que era meio que óbvia, fui a sala do diretor falar com ele. Ao chegar em frente de sua sala bato na porta e uma voz que vem de dentro pede para que eu entre. 

_ Pelo menos minha sala tem porta ainda. - Disse o diretor Cryling dando uma leve risada.

Retribuo com um sorriso de lado, e com um olhar triste vou direto ao assunto.

_ Diretor Cryling, sei o que causei a você e aos alunos desse colégio. Peço desculpas, e me vendo em grandes dificuldades assim como o senhor... Decidi ir embora de A.C.P.P. - Falei.

_ Como Viollet, não à necessidade disso. - Ele diz com um olhar triste também.

_ Não adianta fingir que está tudo bem diretor, seus pensamentos me dizem tudo. Além disso preciso ir atrás do meu irmão e de Adkins, não posso deixá-lo mais causar mal a ninguém.

_ Entendo, não posso impedi-la. Então quando  ou que horas partirá? - Ele me pergunta.

_ Partirei amanhã de manhã. Quero lhe pedir algo diretor Cryling, posso?

_ Claro que pode Viollet.

_ Quero que cuide de Adrian por mim, não posso levá-lo comigo, ainda não se recuperou e se algo acontecer novamente a ele não sei o que vou fazer.

_ Não se preocupe, cuidarei dele eu mesmo. E Viollet... Leve alguém do colégio com você, com certeza você precisará de ajuda.

_ Não posso. Não quero que ninguém se machuque por minha causa.

Ao terminar de falar isso, Arobéd abre a porta correndo e diz:

_ Não vou me machucar. E irei com você não importe o que diga, sei que precisará de ajuda e eu quero estar lá. - Diz ela olhando para mim e para o diretor ao mesmo tempo.

_ Mas... - Não tinha palavras para impedi-la que fosse comigo.

_ Não adianta dizer não, está decidido, eu vou!

_ Bom, já que tudo está decidido podem ir. -  Diz o diretor Cryling.

Ao sair da sala do diretor, Arobéd e eu seguimos para o quarto para arrumarmos as coisas que precisaríamos ao longo da viajem. Parei um pouco, fui ao quarto onde Adrian estava para me despedir dele. Pego em sua mão e nenhuma palavra sai de minha boca, a não ser...

_ Adeus Adrian, espero um dia revê-lo novamente. - Falo com meus olhos cheios de lágrimas.

Dou um beijo em sua testa e sinto as batidas do seu coração se acelerarem. Saio do quarto fecho a porta me encostando nela e me agachando, começo a chorar por me despedir dele e talvez por nunca mais voltar a vê-lo. Consigo parar de chorar, volto para o quarto tomo um banho vestindo uma blusa cinza larga de mangas longas e junto a um short. Sento na beirada da cama pensando um pouco em como farei tudo isto, como salvarei meu irmão e o mundo de Adkins. Talvez eu não devesse pensar tanto sobre isso, apenas deixar o destino "me levar". Minha cabeça começa a doer então me deito para descansar e sair bem cedo pela manhã.

Era um corredor enorme com algumas luzes apagadas e outras piscando, me vejo andando por ele e sinto algo me perseguindo. Saio correndo até entrar em uma sala totalmente escura, de repente todas as luzes se acendem. De longe avisto uma grande cápsula cheio d'agua com um garoto dentro encolhido. Sinto uma pontada no meu coração, fico fraca e Caio no chão, grito de dor e vou me arrastando até onde o garoto está. Chegando perto coloco minha mão direita no vidro da cápsula e meus olhos ficam vermelhos e uma marca em suas costas começa a brilhar também. Quando vou tirá-lo de dentro do vidro, as luzes se apagam e ainda sinto algo vindo para o meu lado, do nada, algo me agarra pelo pescoço e enfia uma faca infeitiçada em minha barriga. Grito o mais alto que posso, as luzes da sala se ascendem e o chão começa a tremer. As luzes se quebram e o chão só para de tremer depois que paro de gritar. Sussurros vindo da escuridão me dizem" Sinta medo, porque eu sou seu maior pesadelo". Meu corpo se estremece e meu olhos se arregalam....

Acordo assustada e suando como sempre, achei que eu tinha parado de ter esses pesadelos, bom eu tinha, até conhecer Adkins. Não consigo voltar a dormir, então vou terminar de arrumar as coisas para sair logo de manhã. Quando deu mais ou menos 7:00 Arobéd já estava acordada me esperando para sair, escrevi um bilhete dizendo para as meninas porque parti e para onde iria. Saímos do colégio e o motorista nos leva para uma rodoviária, porém quando descemos do carro minha mente capta algo maligno por perto. Então seguimos o meu "extinto" até pararmos em uma floresta perto de um rio. Como já estava escurecendo, decidimos procurar um lugar para dormir, encontramos uma pequena cabana no meio da floresta. Não era grande coisa mas dava para passar uma noite, nos acomodamos naquele lugar até ficar escuro e nossa barriga pedir comida.

_ Nós devíamos procurar algo para comer, não acha Llet? -  Perguntou Ro para mim.

_ Não devemos sair a noite, ainda sinto a presença de algo poderoso tentando nos atacar. - Respondi.

_ Bom, então vamos comer o que trouxemos do colégio. E para nossa segurança, um feitiço. - Diz ela pegando um livro de feitiços e indo em direção a porta.

_ Ut et per tenebras, quae secundum nos obice tueri et ab omni maium. - Pronuncia Arobéd que coloca uma barreira invisível anti Akumas e qualquer coisa maligna em toda a cabana.

Então sentamos no chão e dividimos o que tínhamos para comer naquela noite. Depois de um tempo nós duas adormecemos principalmente eu que estava com muito sono por não ter dormido bem na noite passada. Acordo assustada e levanto da cama rapidamente gritando Arobéd. Havia dois Akumas dentro da cabana nos atacando.

_ AROBÉD! AROBÉD! Levanta... -  Grito para ver se ela abre os olhos e se defenda.

Ro abre os olhos mas não consegue se mover, queria tentar ajudá-la, mas estava ocupada lutando contra um Akuma extremamente bizarro. Seu corpo parecia de uma aranha, mas seu rosto era diferente, sua boca  parecia ser rasgada, sua lingua era enorme e seus olhos, como sempre, todo preto. Naquela hora não tinha idéia de quem poderia ter quebrado o feitiço que Ro tinha colocado na cabana. Com uma de minhas mãos aponto para o Akuma que estava em cima de Ro jogando-o na parede, e continuo lutando contra o outro. De repente uma grande luz brilha dentro do que queria matá-la, e ele acaba explodindo e mandando eu e o outro Akuma para fora da cabana.

_ Morre coisa ruim! -  Diz Arobéd enquanto tentava voltar a se mover

Eu estava muito tonta para conseguir levantar, minha mente estava toda embaralhada, e meus olhos via as coisas girando. Só pude perceber que o Akuma me pega pela língua e sai correndo pela floresta, tento me soltar mas não consigo, eu via as coisas tudo embaçado.

_ Llet?? -  Ouvia Ro me chamando.

Com um pouco de dificuldade, entro na mente dela e digo que estou sendo levada pelo Akuma, para ela seguir as pegadas.

De repente ele para e me coloca no chão, abro meus olhos e vejo os pés de alguém. Olho para cima para ver o rosto de quem era, e vejo Yanna.

_ Vo... Você não desiste de nós mesmo hein. - Digo a ela com um pouco de dificuldade ao falar.

_ Não mesmo, você é o prêmio e a chave que me levará ao encontro do poder infinito. - Diz ela.

_ Da última vez você foi salva, dessa vez você não sairá viva! -  Falo com uma raiva dentro de mim.

_ É o que veremos...

VIOLLETOnde histórias criam vida. Descubra agora