Acordamos as 6:00 e sol ainda estava aparecendo entre as nuvens, todos estavam de pé e quase prontos para sair.
_ Ro você sabe algum feitiço de tele transporte? - Perguntei a ela imaginando que seria mais fácil nos tele transportar do que viajar - mos de avião.
_ Sim eu sei, mas infelizmente ainda não consigo fazer o feitiço completo, sempre da errado. Só consigo tele transportar duas pessoas no máximo.
_ Bom, então o jeito é irmos de avião mesmo. - Diz Ery esticando seus braços para cima como quem se espreguiça.
Me aproximo de Milly que estava arrumando seus equipamentos.
_ Você está bem? Parece tão pálida. - Pergunto a ela.
_ Hã? Ah... Eu estou bem. - Ela responde sem graça e com um sorriso.
Depois que todos estavam prontos saímos em direção a um aeroporto já que Ro não tinha aprendido a fazer o feitiço completo de tele transporte. Andamos por umas duas horas naquela floresta imensa, e pelo que eu podia perceber a saída ainda estava um pouco longe.
_ Maninha estou com fome. - Diz Keron a Milly.
_ É nós já andamos muito. Pegue come isto por enquanto. - Milly entrega uma barra de cereal para ela, que parece ter dificuldades em come-la.
_ Vamos em frente não podemos parar, o quanto antes conseguimos sair daqui mais rápido chegaremos. - Ro parecia estar preocupada em sair logo daquela floresta.
Andamos mais um pouco e Keron sentiu vontade de aliviar um pouco a barriga.
_ Eu levo ela, podem seguir em frente nos alcançamos vocês depois. - Diz Milly.
_ Nada disso vamos esperar vocês duas aqui, é muito perigoso deixa-las sozinhas num lugar desses. - Respondo.
Ficamos esperando as duas voltarem, eu e Ery encostado em uma árvore e Ro sentada no chão meditando.
_ Elas estão demorando demais. - Conclui Ery.
Minha mente capta algo estranho na floresta que não estava muito longe de nós. Ro abre os olhos e sai de sua postura de meditação e diz:
_ Sentiram isso também?
_ Sim. - Eu e Ery respondemos em conjunto.
_ Ro você fica de olho nas nossas coisas e caso algo aconteça... Você já sabe o que fazer.
_ Okay.
_ Ery vamos atrás das meninas e ver o que de estranho apareceu aqui.
Nós dois Saímos correndo procurando elas. Paramos depois de ouvir um barulho e sentir algo vindo em nossa direção.
_ Pode vim! - Dizia Ery todo empolgado sacando duas armas e ficando em posição de ataque para matar o que estavam vindo em nossa direção.
Podia sentir a coisa cada vez mais perto de nós.
_ Espere! Não atire, são as meninas! - Grito para Ery não atirar.
_ O que vocês estão fazendo? - Pergunta Milly sem saber o que estava acontecendo ali.
_ Você não sentiu uma presença estranha? - Pergunto.
_ Nã... Não. - Ela responde meio que tropeçando na palavra.
_ Hum... - Fiquei desconfiada, percebi que a roupa de Keron estava um pouco suja de sangue juntamente com a mão de Milly que estava borrada de leve com sangue.
_Vocês demoraram demais, pensamos que algo tinha acontecido. - Falava Ery preocupado com elas.
_ Não, estamos bem não se preocupem. - Fala Milly segurando na mão de Keron.
Voltamos para onde estávamos, Ro como sempre atenta, quase que nos acerta com um feitiço.
_ Que bom que vocês estão bem! - Diz Ro correndo em direção a Keron e a pegando no colo. _ Onde estavam?
_ Hã... Fomos procurar um lugar seguro para ela conseguir aliviar a barriga. - Responde Milly pegando suas coisas e andando na frente.
_ Bom, então vamos indo.
Eu sabia, sabia que Milly estava mentindo sobre ter ido procurar um lugar seguro para Keron aliviar a barriga, afinal, mesmo tendo feito isso não demoraria tanto. E mentir para alguém telepata, é a mesma coisa de estar mentindo só para si mesmo, ou melhor, nem mentira seria.
_ Milly? - A chamo.
_ Sim? Me chamou? - Ela vem em minha direção.
_ Por que fez isso? - Pergunto.
_ Como assim? Fiz o que?
_ Eu sei que você mentiu, não sei se você sabe, mas consigo ler a mente das pessoas. - Falo para ela.
_ Ah isso... - Ela responde sem graça.
_ O que aconteceu enquanto vocês saíram da nossa visão? Porque eu sei que a roupa da Keron não se sujaria de sangue sozinha, nem mesmo suas mãos.
_ Er... Não sei se você sabe também, mas nos Akumas precisamos nos alimentar de carne humana para crescermos, desenvolver e ficarmos fortes.
Não podia acreditar no que ela disse, por um instante fiquei surpresa ao ouvir aquilo. E sem mais palavras a dizer, somente Perguntei:
_ Então você matou alguém naquela hora para satisfazer a fome da Keron? Ou melhor, quantas pessoas você já matou para satisfazer a fome dela e a sua até agora?! - Pergunto indignada com aquilo.
_ Não, não. Não entenda mal, nunca machuquei nem matei alguém para satisfazer nosso apetite. Pelo o contrário, Keron se alimenta do corpo de pessoas mortas já, ou pelos menos as vezes. Na maioria das vezes eu tento fazer com que ela tenha força com carne de animais, é difícil para nós Akumas digerir os alimentos dos humanos, nos ficamos fracos sem forças e pálidos quanto não comemos a carne humana. Mas eu tento pelos menos deixar Keron forte para que ela não passe fome, eu já estou acostumada em comer alimentos que os humanos fazem, mas mesmo assim me sinto muito fraca.
Era muito coisa para minha mente captar, mesmo depois de ter acontecido várias coisas estranhas comigo depois que meus pais adotivos morreram, ainda não parava de surgir mais coisas totalmente diferentes para mim. Mas eu tinha que me acostumar já que eu também não sou normal... Infelizmente.
Porém agora eu entendi o porque dela estar tão pálida aquela hora... Sem querer mais dar continuidade aquele assunto preferi dizer a ela que entendia e que esperava mesmo que ela não faça mal nenhum aos humanos.
Já estava ficando muito tarde, isso porque saímos cedo para chegarmos antes do anoitecer, mas estava difícil. Depois de andar mais um pouco conseguimos encontrar a saída daquele floresta enorme.
_ Galera encontrei a saída! - Gritou Ro que estava mais a frente de nós com Keron em suas costas.
Milly e Ery saem correndo juntamente com Ro. Fiquei parada por um instante observando a felicidade deles e como eu e Ro mudamos, eu mudei depois de conhecer as meninas e Ro mudou após eu descobrir sobre seu passado e entender o que ela passou. Pensando nisso me senti feliz por estar com eles, mesmo não estando juntos daqueles que realmente me fizeram mudar para melhor, eu estava feliz agora. Comecei a sorrir e sai correndo em direção a saída também, chegando perto deles percebo que Ro olha ficçadamente para frente sem nem sequer mover um músculo.
_ Ro o que foi? - Pergunto ainda sorrindo.
E quando me aproximo mais perto dela não acredito no que eu estava vendo. O sorriso que estava em meu rosto some, fico imóvel também sem consegui falar nenhuma palavra.
_ E aí meninas, quanto tempo hein... Sentiram nossa falta?
Sem conseguir falar nada ainda, escuto a voz de alguém muito conhecido... e me fez dar calafrios.
_ Não acredito que você ia me deixar Viollet...
Sim era ele e eram elas, não todas elas mas estavam lá na minha frente... Adrian, Nick, Baby e Kristhin.
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VIOLLET
ParanormaleEste livro irá contar a história de viollet, uma garota com poderes telepáticos. Ela não sabe o porque de ter nascido assim, portanto irá acontecer coisas estranhas com ela, descobrindo tudo sobre sua vida desde que nasceu.