Cecília - Entre o amor e a dor (Concluído)

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Caetano



– Quero que volte para o hotel, Caetano! Não vamos gerar um desconforto com a família Bernardino só porque não aceita que Luana pertence à Bernardino.

Procurei por Luana durante todos esses anos para no final descobrir que ela havia se casado com um mestiço maldito e ainda por cima teve filhos com ele. Essa vida era para ser minha, não aceito que Luana pertença a outro, ela sempre será minha.

– Com todo respeito, senhor Saulo, não vou embora, preciso conversar com Luana, tenho que ouvi-la para entender porque fez isso.

– Caetano, vamos lá pois estão me esperando e não é educado fazer as pessoas esperarem, entenda que ela não pertence à você, a mulher se casou com outro homem tem até filhos com ele. Qual é a sua dificuldade em entender que acabou? Sabe muito bem das regras, Luana pertence à Bernardino se ficar aqui não posso garantir que ele não vá querer surrar você pela afronta de dizer que a esposa dele pertence à você. Escute com atenção o que vou lhe disser, não queremos nos indispor com o capo mais poderoso do conselho fora da Itália porque você não aceita que a empregadinha não é sua. Agora entre naquela porra de carro e suma daqui, antes que eu mesmo resolva seu problema por você. Entenda que não estou pedindo, estou mandando.

Sai daquele lugar maldito carregando dentro de mim ódio e raiva, Luana estava tão linda segurando sua filha nos braços, a filha que deveria ser minha e não daquele infeliz maldito do Bernardino. Aquele homem roubou tudo de mim enquanto fiquei anos procurando qualquer pista que me levasse até ela, Bernardino já estava vivendo a vida que deveria ser apenas minha.

Vou em direção do carro quando sinto uma presença atrás de mim quando me viro vejo Romeo Bernardino sorrindo feito um demônio sem nem sequer esperar uma reação minha, sou golpeado com um chute na barriga que me fez ficar tonto na hora seguido por uma sessão de socos e pontapés.

– Sabe porque está apanhando, estuprador de merda? Vou lhe contar os motivos.

Tentei me defender mas o homem parecia um bicho enquanto batia em mim com toda força.

– Está apanhando por ter marcado minha mulher!

Bernardino deu um soco na minha costela que com certeza deve ter quebrado, cuspo sangue pelo impacto do soco.

– Por todas as vezes que minha esposa sofreu nas suas mãos e pelas tentativas de suicídio dela provocadas por sua culpa.

Consegui dar um soco nele mas o desgraçado revidou com muito mais socos no meu rosto que me fez cair na hora no chão com o impacto dos golpes.

– Por ter estuprado uma menina de quinze anos, e transformado a vida dela num verdadeiro inferno.

Meu rosto já estava banhado de sangue mesmo assim Romeo Bernardino continuou batendo feito um louco.

– E por dizer que minha mulher é sua! Luana é minha esposa e mãe dos meus filhos para sua infelicidade ela espera mais um filho meu, seu desgraçado. Portanto fique longe dela e da minha família.

Naquela hora tentei bater nele mas fui segurado por dois seguranças que olhavam para mim com desprezo, Bernardino limpou suas mãos sujas de sangue bem como seu rosto que estava com um pequeno corte do soco que dei mas ainda assim não fez nenhum efeito já que apanhei muito mais que ele.

– Rapazes, jogue esse lixo em formato de homem dentro do carro e mande para o hotel onde ele e o Don estão hospedados. Minha família não precisa ver esse monte de merda aqui em nossa propriedade.

Bernardino se aproximou de mim feito o próprio diabo sorrindo com o estado deplorável em que me deixou.

– Vou lhe dar um aviso, e de verdade espero que seja esperto e siga! Se souber que está falando ou até pensando na minha esposa não será só uma surra que vai levar, senhor Pacino. Mas farei questão de arrancar seu pau e suas bolas pessoalmente, estamos entendidos?

Olhei para aquele maldito sentindo muito mais ódio dele do que antes, ele vai me pagar muito caro por ter roubado Luana de mim e por essa surra. Ela vai voltar à ser minha e não vou desistir de tê-la para mim jamais.

– Tirem esse estrume daqui!

Vou me vingar desse mestiço maldito, Bernardino vai me pagar por tudo que fez, nem que tenha que ir contra as ordens do Don e do seu irmão, Luana voltará à ser minha custe o que custa

Bernardino



Precisava acertar as contas com aquele maldito, deixei ele bem ciente de que se mexer comigo ou com minha família vai ter o que realmente merece, o que fiz com ele hoje é apenas um aperitivo do que quero fazer de verdade com aquele animal.

– Pelo que vejo a surra foi boa, Romeo!

– Sim, não deixei o bosta se defender, levei só um soco de leve mas o desgraçado ficou bem pior que eu.

Camilo começou a rir me seguindo até o bar onde estava Luana, mama Emília e Saulo. Ele estava abraçando mama com carinho enquanto riam de algo que Saulo falava, Luana se aproximou de mim notando o corte no meu rosto já sabendo que havia batido em Caetano, ela me levou até o corredor que dava acesso a sala de jantar para com certeza me dar um sermão mas longe de mama e Saulo, enquanto Camilo fazia companhia à eles.

– Meu bem, para quê sujar suas mãos com aquele maldito?

– Lua, sei que tem razão mas ele mereceu por tudo que fez com você mas ainda foi pouco, precisava deixar claro para aquele monte de merda que não pode fazer mal à você, fique tranquila, eu só amassei a carne dele a próxima vez não será apenas uma surra!

Minha mulher sabia que não ia levar desaforo para casa muito menos que ia permitir que Caetano tirasse a paz dela.

– Sei que fez isso por mim e agradeço, meu bem mas a próxima vez, tenho a suave impressão de que terei que enfrentar aquele homem sozinha, e não poderá evitar isso.

Minha esposa tem razão mas sei que Caetano irá se arrepender grandemente se atravessar o caminho de Luana, ela é uma assassina bem treinada e ao contrário de mim não dará avisos apenas irá executar como uma boa assassina faz.

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