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                         Pedro Bertolini

                                    21/04, Sábado, 17:10

Eu realmente tô ansioso pelo meu aniversario, quero beber até cair, minha mãe tá organizando a festa e chamou vários amigos meus, isso foi o que ela disse mas pela lista que eu vi de relance eu provavelmente conheço só metade daquele povo.

Ainda é de tarde mas eu resolvi começar a beber desde já, junto com dois amigos do fut que já estavam aqui, mais Felipe, Kaique e o meu pai, que já tava no úisquezinho dele no canto da área, só a minha mãe ficava andando pra lá e pra cá com um pessoal, pra dar uma organizada na área da piscina pra hora da festa e o som já tava ligado.

A Mariana me ligou hoje cedo pra me desejar feliz aniversario e depois sumiu do mapa. Mandei mensagem pra ela várias vezes depois disso, mas ela não respondeu nenhuma e ninguém sabe dela, a mãe dela só me disse que ela tava com a Luanda.

(...)

Já estava bebendo a um tempinho mas tava com uma vontade enorme me fumar e não era o único mas a minha mãe não aceita de jeito nenhum principalmente perto dela, isso porque ela acha que é cigarro comum. Mas é serio eu precisava relaxar, subi para o meu quarto e fui direto na minha mochila pegar um cigarro de maconha e meu isqueiro.

Tava na brisa da maconha e dá cachaça quando o Felipe passa pela porta quase arrombado ela.

— Caralho, não sabe bater ?— ele adora me irritar na moral.

— Qual é vacilão não ia dividir a maconha com os amigos— falou tentando pegar da minha mão— um cigarrinho de maconha não se nega a ninguém não, meu filho.

— Ah meu caralho, eu não posso nem relaxar mais? é meu aniversario porra— falei voltando a ficar irritado.

— Essa irritação tem nome e sobrenome— falou debochado— ela tá só dando uma volta, você precisa ficar suave.

— Que mané volta, foda se, não custa dizer onde está— falei ascendendo mais um cigarro e dando outro pra ele.

— Com quem está, o que tá fazendo, que horas vai voltar...— falou conferindo nos dedos— para de tentar controlar ela, o namoro mal começou, você sempre foi assim mesmo quando não namoravam e ela sempre deixou bem claro que não curte isso.

—Tá, tá— falei sem dar muita importância pro que ele tinha dito e voltando a focar no meu cigarro.

(...)

Era 23:30 e a casa já tava lotada, eu já tava um pouco alterado, bebendo e zoando com meus amigos, só que agora já tinha parado com a maconha tava só sentado usando o narguile, e nada da Mariana aparecer, a Agatha, irmã dela tava aqui com a minha irmã e dando trabalho pro meu irmão, a Luanda também, mas nem sinal dela e eu tava puto com ela já.

Tempinho depois um amigo meu, Johnny, veio dizer que tinha cocaína, a principio não quis, fazia tempo que eu não usava essa merda, a maconha me fazia relaxar mais geral me dizia que eu ficava violento com o pó e eu acredito, meu irmão começou a usar recentemente e quem tem que ficar de olho sou eu, se não dá merda. Depois de muito lutar contra mim pra não usar cocaína, acabei cedendo, indo para um canto afastado e fazendo duas carreiras em cima do cartão de credito e enrolando com dificuldade uma nota de dinheiro que achei no meu bolso, assim que suguei as carreiras, fui para onde estava com os meninos e me joguei na cadeira ainda sem sentir o efeito da droga.

— Felipe tu não vui se a Mariana já chegou por aí?— perguntei segundos depois de sentar.

— Ela chegou já faz quase uma hora com as meninas,mas tá lá dentro com a tua mãe cara— porra ela não veio nem me dar um beijo de aniversario pô, puta que pariu viu, não demonstra nem se importar comigo

Obra do destino Onde histórias criam vida. Descubra agora