Mariana Rosati3 anos antes
Sábado, 8:50Hoje era meu aniversario de 16 anos, e já acordei de mal humor, ontem tinha brigado com meu pai por causa de uma proposta de modelar na Bélgica por um mês e ele não tinha deixado pra variar e ainda me brigou horrores.
Meu pai é o tipo de pessoa que parece que esta de bem a maior parte do tempo, não é super carinhoso e nem super presente, mas as vezes até que tenta, viaja muito e deixa o Hércules de olho na gente e na casa mas se esforça, claro que principalmente por causa da minha mãe que obriga ele a varias coisas, é até engraçado ver o senhor Rosati obedecendo e cedendo aos caprichos da minha mãe, que pra constar apoia a minha carreira de modelo até porque ela também já foi uma, mas ontem nem ela conseguiu convencer ele a me deixar ir.
Eu não consigo entender, eu modelo desde os meus 10 anos mas até hoje ele ainda não aceitou, não vê a modelagem como um trabalho, eu até entendo que ele tenha ciúmes de mim, ele sempre fala isso mas eu sei que, o que pega pra essas decisões dele em relação a mim é o fato de ele ser um pouco machista ainda, mesmo com as coisas que a minha mãe ensina e impõe a ele, ela me conta o quanto meu pai era machista, mas graças a Deus ele está mudando e aprendendo, só que em relação as filhas, ele não deixa nada passar.
Deixei meus pensamentos de lado e fui tomar meu banho, me arrumei, de um jeito simples, hoje era sábado mas não iria comemorar meu aniversário. Assim que desci vi minha família toda reunida me esperando para tomar café da manhã, fui surpreendida por todos cantando parabéns e Rute vindo da cozinha com bolo enorme, Rute é moça que trabalhava em casa desde os meus cinco anos, era um amor de pessoa e todos a amávamos.
— Faz um pedido filha— minha mãe disse com os olhos brilhando.
Assim fiz, assoprei as velas e em seguida fui abraçada pelas minhas irmãs e minha mãe. Meu pai se afastou e foi até a porta me chamando.
— Seu presente— meu pai apontou.
Quase caí pra trás com a caixa enorme da Louis vuitton, saí correndo para abrir e tinha muitas coisas dentro todas de uma mesma coleção que até então, eu ainda não tinha visto, me fazendo crer que ainda estava a venda no mercado o que provavelmente custou uma fortuna. Meu Pai é bem rico e com bem rico eu quero dizer bilionário mesmo, ele conquistou tudo com muito esforço e trabalho de seu socio, o senhor Bertolini e juntos trabalham muito até hoje.
— Obrigada pai, te amo.
— Também te amo filha, muito e me desculpa tá? mas eu acho que não é a hora certa.
(...)
Horas mais tarde, meu almoço de aniversário tinha começado, minha mãe chamou alguns amigos da família, estava feliz que meus avós vieram, estava com saudades, eles moram no interior. O causador do meu estresse e da minha felicidade estava me encarando sem parar na mesa e eu só torcia pro Kaique que estava nos olhando e hora sorrindo pra não provocar porque eu não queria mais discussão com o meu pai.
— Pelo amor de Deus Pedro para de encarar a Mariana eu tô até ficando com medo já— é só falar no diabo, Kaique mesmo bem novo adora provocar, ele sabe que meu pai me proibiu de ficar com o Pedro e vive no meu pé, então o Kaique já tem a sua diversão de hoje garantida.
Meu pai só nos olhou arqueando a sobrancelha e continuou comendo e conversando.
O Kaique é um gato, as vezes é até legal, adora tirar sarro com a cara dos outros mas não aceita de jeito nenhum que tirem com a dele, mesmo novo algumas coisas nele já me assustam como o fato de ele explodir fácil e perder o controle de si mesmo sempre, da um super trabalho pra tia Lucia, já era pra ter sido expulso da escola varias vezes por brigar, mas ela vai lá e limpa a barra dele, com dinheiro, é claro. As vezes tenho uma peninha é da Agatha, sei que ela gosta dele, já até me confessou, mas ele é um babaca, brigão e problemático, sei que o Pedro fuma maconha e não concordo mas na idade do Kaique ele mal bebia e o Kaique já usa e só tem 13 anos e isso me preocupa.
(...)
Quando a noite caiu meus amigos também vieram para minha casa, pra zuar e comer. Os meus amigos estavam brincando na piscina e o louco do Pedro resolveu me jogar nala e eu tava de roupa então fui subir pra colocar um biquíni de vez.
Assim que entrei no meu quarto o Pedro me abraçou por trás me fazendo pegar um susto
— Caralho Pedro— falei com o susto me virando pra ele
— Tá devendo? por que chamou o João pra cá? por que não me disse da proposta?— Perguntou de uma vez sem soltar minha cintura e andando até a parede mais próxima do quarto.
— Oi Mari, feliz aniversario desculpa não falar o dia todo com você no dia do seu próprio aniversario.— disse indignada.
— Não me enrola beleza, não tô com graça— disse me largando bruscamente e cruzando os braços, caraca ele fica tão gostoso com essa cara de mau e esses músculos se apertando, é por isso que as mulheres mais velhas sempre dão em cima dele, é mó gostosão e nem parece que só tem 18 anos recente feitos.
Esse é um dos motivos do meu pai não me deixar ficar com ele pra valer, é que ele é um puto e pega mulher como ninguém, então não vai querer ficar só nos beijos comigo e meu pai tá ciente disso, eu tô ciente disso o problema é que as vezes eu é que quero dar pra ele mas tenho que me segurar se não quem vai sofrer sou eu, que na verdade já sofro.
Fiquei admirando ele e perdi até o foco, que que tá acontecendo mesmo?
— Eai filhona, tô esperando tu me falar por que não me disse nada, e se teu pai deixasse tu ir? ia embora e nem ia me explicar nada?
— Acontece que eu não tenho que te explicar nada, porque a gente não tem nada porra, e além do mais ele não deixou então fica tranquilo— falei saindo de perto dele— quanto ao João ele é meu amigo por que eu não o chamaria?
— Ele quer é te comer, isso sim— disse com raiva se deitando na cama, molhado porque ele se jogou na piscina logo depois de ter me jogado, vendo agora acho até que foi de proposito pra nos ficarmos sozinhos.
— Normal, alguns querem e não vai ser por isso que eu não vou chamar ele ué— dei um sorriso e voltei a procurar o biquini.
— Espera, ta pensando em ficar com ele por acaso?— perguntou sentando na cama.
— Não sei, talvez, quem sabe, depende ué— respondi calma mas a verdade é que eu não tenho a menor vontade de ficar com ele, nem vi direito quando o pedro levantou fechando a porta em um soco a trancando em seguida
— Você tá louca? você não pode ficar com ele!— falou me puxando rápido pra perto
— Por que?— perguntei pra ver se pela primeira vez ele poderia demonstrar algo além do fato de querer me ter disponível a todo momento pra ele, enquanto ele fica com varias por aí.
— Porque a gente se gosta e... e eu não posso deixar você ficar com esses caras não— falou meio que gaguejando
— Como assim? o que você quer dizer? cara não consigo te entender, serio. — perguntei encarando bem ele, é óbvio que eu entendi mas queria ouvir ele falar de novo, explicar o que sente realmente por mim.
— Eu gosto de você de verdade não é papo pra te pegar, vamo ficar de boa o Carlos é foda mas a gente tenta se esconder dele beleza— ele nem esperou eu dar uma resposta e me lascou um beijão de tirar o folego, simplesmente o beijo dele é o melhor de todos, eu tento ficar com outras pessoas mas quando não é o Tito um dos seguranças da família, me atrapalhando a mando do meu pai é o Pedro dando um jeito de fazer dar errado e acaba que eu quase não pego ninguém, mas de todos os que consegui pegar ele é o melhor sem duvida alguma.
A pegada que ele tá me dando agora tá me dando vontade de abrir logo as pernas e deixar ele fazer o que quiser comigo mas eu não posso, eu sinto que ainda não tô pronta e ele ainda não é confiável, o grande problema é que eu tenho a carne fraca demais.
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Obra do destino
Teen FictionQuando as coisas estão destinadas a acontecer, não importa mais nada, não importam nossos pensamentos, nossas atitudes, nossas mudanças, o tempo que passe, no fim, o destino se concretiza, então por que tentar enganar o destino? Pedro Henrique e Ma...