Capítulo 05 - Confusão

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No dia seguinte, eu acordo de madrugada, por volta das 03:30 da manhã. Meu sono havia sido interrompido por causa de um sonho que eu tive. Minha mãe diria que havia sido um pesadelo. Eu vou contar mais ou menos como havia sido esse pesadelo.

Eu estava andando em uma floresta, com minhas calças jeans escuras e com o casaco preto que eu logo reconheci ser do Billy. Eu não entendia como eu havia chegado ali, ou como eu estava usando aquele casaco.

Noto bem à frente, um Billy virado de costas, distante, observando o nascer do sol sobre um barranco gramado. Ele estava lindo, e os ventos batendo em seus cabelos castanhos se mexendo pouco.

Eu me aproximo dele e ele se vira, me encarando. Um grande sorriso se abre em seu rosto, e ele abre seus braços. Hesito um instante, mas ele logo me pede:

Vem cá, me dá um abraço — ele pede, ainda sorrindo. Olhei para os lados, esperando ser uma pegadinha. Mas não parecia que iria sair alguém de trás de alguma arvore ou algo assim. — Por favor. Me abraça.

Está bem — respondo e dou um abraço nele. Sinto que ele estava quente, e isso era tão reconfortante.

Os ventos sopravam suavemente, levando consigo algumas folhas de árvores para longe.

Obrigado por ter feito parte de minha vida — ele diz, apoiando sua testa na minha. Eu me solto de seu abraço, e o encaro.

O que quer dizer com isso. Billy? — pergunto e ele aponta para baixo, e eu noto varias pessoas sentadas em cadeira, todas de preto. — Billy... o que isso quer dizer?

Me viro para encarar ele, e quando percebo, ele já não estava ali comigo.

Obrigado por tudo, Victoria! Nunca vou te esquecer meu amor.

Me viro novamente, seguindo sua voz que parecia vir de um caixão que estava abaixo, descendo aquele barranco. Foi então que notei túmulos em todo canto, e a floresta aonde eu estava, era na verdade um cemitério.

Foi então que eu acordei, suada e com os olhos lacrimosos. Mas não podia desistir da aposta que fizera com Charlotte.

Fiquei acordada até o horário de ir para a escola. Tomei um banho para me manter desperta, um café forte — mesmo que eu detestasse — me troquei de roupa.

Naveguei um pouco em minha rede social e esperei até dar o horário para ir pegar o ônibus.

— Veja se não vai perder o horário, filha — minha mãe aparece na sala, me da um beijo na testa.

— Hoje eu estou esperta, mãe — respondi, sorrindo para ela.

— Bom dia, querida! — meu pai aparece, arrumando a gravata, sua mala na mão. Ele dá um selinho nela e eu desvio o olhar para meu celular. — Não se sinta constrangida, filha. — meu pai fala, notando que eu desviara minha visão daquela cena. — É algo supernormal um casal demonstrar afeto um pelo outro.

— É, mas não na frente dos filhos — comento e ele ri. Eu apenas mostro um simples sorriso.

Noto que já eram quase 06:40, e decido pegar minha mochila e me despeço de meus pais.

Corro até o ponto e espero até o ônibus chegar, enquanto escutava um bom som. Essa música é uma das melhores, um outro clássico dos anos 80.

Eu sempre fui chegada em músicas antigas — caso eu já tenha comentado. Mas os rocks de antigamente eram muito bons. Não sou muito chegada em alguns rocks da atualidade. Mas algumas dessas bandas têm músicas muito bacanas. Opa! Ele chegou.

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