Capítulo 20 - Rebeldia

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Duas semanas depois, eu decidi tentar algo com o Tony — coisa que eu prometi para a minha amiga — mesmo que fosse difícil, eu precisava dar o espaço que o Billy queria. Já que ele queria tanto manter a distância entre nós dois, eu não podia fazer nada, senão aceitar isso... infelizmente.

Na semana passada — dia 3, para ser mais exato — eu meio que tentei conversar com o Tony, mas eu não conseguia me aproximar dele. Era como se eu não quisesse me aproximar dele— o que era verdade.

Charlote até me perguntou se eu estava bem, só porque eu não estava conseguindo avançar na minha promessa.

— Calma que eu vou dar um jeito nisso — ela diz, e lança uma piscadela para mim.

Ela se levanta e vai até a nossa amiga, Belle, e parece ter uma conversa com ela. Eu só queria saber sobre o que elas estavam falando.

De repente, Belle começa a se distanciar e vai na direção de Tony e minha amiga volta para perto de mim, com um pequeno sorriso no rosto, e eu tenho uma leve certeza de que ela tinha pedido ajuda da Belle para ir falar com ele.

— Você não fez isso, não é? — Pergunto e ela abafa um risinho com a mão.

— Amiga, se você não for até ele, nós damos um jeito de trazê-lo até você, amiga — ela fala e eu reviro os olhos.

— Você é louca, amiga — digo sorrindo, mas ele logo some quando eu vejo o Tony se aproximando de mim.

— E aí, gatinha — Ele chega, aquele sorrisinho de galã dele.

"Ninguém merece" penso comigo, revirando os olhos.

— Oi, Tony — digo, forçando um sorriso.

— Então, sua amiga me disse que você está querendo trocar uma ideia comigo — ele aponta para a Belle. — É verdade?

Olho boquiaberta para Belle, como se te dissesse : sério?

— Bem... é sim — respondo e sorrio novamente.

— Bem, se você quiser, podemos sair essa semana — ele me convida e eu começo a estranhar essa atitude tão repentina dele.

Nós mal trocamos palavras e ele já quer me levar para sair? Ele é muito apressado.

— Bem eu vou pensar, está certo? — Respondo e ele me segura pelo braço.

Se o Billy estivesse ali, ele não teria permitido que Tony fizesse isso.

— Toma, vou te passar o meu número de telefone — ele anote seu número em uma folha. — A gente se tromba, gata. — Ele diz, saindo dali e piscando para mim.

— Não vai estudar? — Questiono e ele ri.

— Estudar? Para quê? — Diz ele. — Eu quero ser jogador e ganhar milhões.

— Mas...

— Depois a gente se vê, Victoria — ele fala em um tom um pouco grosso, me deixando um pouco assustada. Com a palma da mão aberta, ele lança um beijinho pelo ar para mim, e eu estranhei esse jeito dele.

Mas logo entrei para a sala de aula.

Depois daquele dia, eu não o vi na escola. Ele certamente estava matando aula e seus pais nem faziam ideia de que ele faltava às aulas.

Liguei para ele, para ver se poderíamos marcar de sair, para podermos nos conhecer melhor — para ver se eu conseguia descobrir os seus pontos fracos — mas ele não me atendeu, em nenhuma das ocasiões. Mas eu não desisti e hoje, dia 7 de Abril, decidi abrir o jogo com ele.

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