Saindo da sala de aula, fui direto para a diretoria, mas não para esperar pelo meu professor por lá. Fui porque eu não estava aguentando ficar na escola nesse dia. Depois do que houve hoje, eu só queria sumir dali, queria poder brigar com Charlotte por ter colocado em minha cabeça essa doideira de tentar algo com o Tony, só para tentar esquecer o...
— Bi... Billy. — Digo para mim mesma, sentindo um nó criar em minha garganta.
Engoli em seco, tentando me controlar para não chorar.
— Respira, Victoria — repito baixinho para mim mesma, parada em frente da sala da Srª. Morales.
— Victoria? O que a traz aqui? — Ela pergunta, um grande sorriso em seus lábios.
— Meu professor me expulsou da sala — respondo e ela fica perplexa.
— Mas por que te expulsou? — Ela indaga. — Você fez algo de errado, querida?
— É que eu tinha mudado de lugar — contei. — Não estou me sentindo muito bem.
— Primeiro, por que mudou de assunto, Victoria? — Ela me pergunta, e quando eu estava prestes a responder, sou interrompida pela porta que é aberta.
— Com licença, Diretora Morales — pede o professor.
— Professor Robert, por que mandou sua aluna para fora da sala de aula? —Pergunta ela, apontando para mim.
— Bem, porque ela estava fora de seu lugar — responde ele e eu reviro os olhos.
— É, ela me contou que tinha mudado de lugar — diz a Srª. Morales. — O Senhor está substituindo algum professor, se não me engano!?
— Sim, o Professor Philip — ele conta.
— Então sendo o seu primeiro dia, o Senhor não acha meio errado expulsar um aluno para fora, sem ao menos perguntar aos alunos seus lugares?
— Bem, é que...
— Estavam todos fora de seus lugares quando ele entrou — menti, e lancei um sorriso.
— Isso é verdade, Professor Robert? — Pergunta a Diretora Morales.
— Bem... Não, Senhora...
— Estavam sim, Srª. Morales! — Tento afirmar. — Minhas amigas podem concordar. Elas eram as únicas sentadas em seus lugares.
— Poderia chamar elas, por favor? — Ela pede ao professor Robert.
Após termos tipo uma conversa com a diretora, voltei para a sala com minhas duas amigas, que me ajudaram e me encobertar. Mas eu só estava voltando enquanto meu pai não vinha me buscar, para me levar para casa.
Não, eu não menti sobre não estar bem. Eu não estava bem. Queria poder me deitar agora, dormir por um ano e não acordar até que ele retornasse.
Quando me pai chegou na entrada, a Diretora me chamou na sala de aula. Ela me avisa que meu pai havia assinado a autorização para me liberarem. Então eu fui, acompanhei ela até a sua sala e encontrei meu pai ali, com uma camiseta cinza.
— Você está bem, querida? — Ele me pergunta, me dando um abraço.
— Não muito, pai — respondo e me desvencilho de seu abraço. — Vamos para casa?
— Sim, vamos sim, querida — diz ele e caminhamos até o seu carro que estava estacionado do outro lado da rua.
Quando chego em casa com meu pai, pego minha bolsa e saio do carro. Abro a porta da entrada e minha mãe vem correndo em minha direção e me dá um abraço.
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Sorte no Amor
RomanceJá pensou como seria se apaixonar por uma pessoa que você diz odiar, e mesmo assim você não para de pensar nela? Victoria Beckham é uma garota que está no ensino médio, e está passando por isso. Está apaixonada pela pessoa que ela mais detestava, at...