Capítulo 12 - Jantar a Dois

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Já em meu quarto, troquei de roupa e esperei minha mãe aparecer em meu quarto. Me deito um pouco na cama e pego um livro para ler. Decidi pegar um livro bem interessante que eu até o momento não tinha aberto, mas que fiquei curiosa. O titulo era : "Um Doce Aroma de Morte", do autor Guillermo Arriaga.

Ouço alguém bater na porta de meu quarto e eu permito a sua entrada. Era minha mãe, como esperado.

Eu me sento, e ela faz o mesmo, senta-se ao meu lado.

- Sobre o que queria conversar, minha querida? - ela me questiona, e eu espero alguns minutos antes de começar a falar.

- O que a senhora faria, caso a senhora se apaixonasse por alguém que você detestasse? - perguntei para ela, e eu esperava uma resposta diferente da que minha amiga me deu.

- Olha filha, eu não sei como responder essa pergunta - ela responde, dando uma pausa antes de continuar. - mas eu não sei se daria uma chance para ele.

- Por que a senhora não daria uma chance, mãe? - indaguei. - E se ele fosse apaixonado pela senhora?

- Resumindo : você está apaixonada, não está? - ela me questiona, me deixando um pouco corada. - Estou certa, não estou?

- O que...? N-Não, mãe... - neguei e por instinto, eu virei o rosto para o outro lado, procurando algum lugar para manter minha atenção até sumir de meu rosto aquele tom vermelho, mesmo que esteja fraco.

- Você quer contar para sua mãe aqui ou para o seu pai?

- Está falando sério? - perguntei à minha mãe, que confirmou positivamente.

- Está apaixonada, não está?

- Eu estou - respondi, meus olhos fixos no chão. Não queria encarar minha mãe nos olhos. - Eu estou com um pouco de vergonha, mãe.

- Vergonha? Por que vergonha, querida?

- Sabe, não é bem vergonha - penso na palavra certa, mas minha mente estava embaralhada.

- Nervosa?

- Isso! - afirmei.

- Não vejo motivo para estar nervosa. Ele gosta de você? - faço que sim com a cabeça. - Então me diga você. Por que você não tenta dar uma chance para ele?

- Eu tenho medo de dar errado, mãe - disse para ela, um pouco nervosa com isso.

- Como você sabe que dará errado se você nem tentou? - ela se levanta e abre a porta do quarto para poder sair. - Pense nisso, está bem?

Quando ela saiu do quarto, eu fiquei ali, folheando meu livro, sem vontade de lê-lo. Me deito olhando para o teto, e me esforço para não pegar no sono, o que não estava adiantando muito, já que eu tive um dia corrido.

- Acho que dormir um pouco não me fará mal algum - murmurei para mim mesma, e coloquei meu celular para despertar quando forem cinco horas da tarde.

Começo a ter um sonho, e percebo detalhes nele que pareciam ser bem realistas. Mas o que eu mais achei estranho era que eu estava entrando em uma igreja, usando um vestido branco. Meu pai estava comigo, seu braço direito cruzado com o meu esquerdo.

Eu estava realmente linda, e Billy... ele estava excepcionalmente belo, com um sorriso em seu rosto, vestido um terno preto e olhei para o lado, chegando perto do primeiro banco da frente, minha mãe estava com um lencinho, enxugando suas lagrimas com ele. Ela estava feliz por me ver casando.

- Você está linda - diz Billy, e eu não me controlo e dou um sorriso.

Quando eu acordo, o alarme do celular estava tocando, e eu fico decepcionada por não ter continuado aquele sonho. Eu preciso falar com minha mãe, preciso pedir sua permissão.

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