Capítulo 07 - Amor Desperdiçado

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Depois de ter jantado e lavado a louça, vou para a sala, fazer companhia para meus pais. Estava com aquele mesmo sorriso no rosto, e isso era estranho para meus pais. Mas minha mãe parecia se ligar no motivo de meu sorriso, mas eu queria pensar que não fosse aquilo que ela estava pensando.

— Você está muito sorridente, minha filha — meu pai nota, um pouco sério. Ele me encarava curioso.

— Ah... eu sempre fui assim — respondi, mexendo no cabelo, enrolando no dedo.

— Você era assim toda vez que algum "amiguinho" — ele faz sinal de aspas — conversava com você.

Será que ele havia sacado? Eu esperava que não.

— Deixe a menina em paz, querido! — pede minha mãe, dando um tapinha no ombro de meu pai.

— Que foi? Eu só estou curioso para saber quem é o sujeito que conseguiu tirar um sorriso de minha filha — ele conta.

— Pai! — exclamei, me sentindo levemente constrangida. — Eu vou sair um pouco. — me levanto do sofá e saio de casa.

Olho no celular e já eram 21:52 da noite. Será que ele ainda está na rua? E será que ele estará na rua nessa hora da noite? Eu duvido muito, mas precisava tirar saciar minha curiosidade.

Caminho até o local em que nos encontramos na noite passada, e me sento naquele mesmo banco, sem me deitar, atenta a todos os movimentos de pessoas que teria por ali.

Batia os pés freneticamente, e olhava no relógio a todo momento, esperando que ele aparecesse, o que não ocorreu.

— Quer saber? — me levanto. — Dane-se.

Volto a seguir o trilho e quando chego na calçada, ouço uma voz vinda do outro lado da rua. Um sorriso se abre em meu rosto. Mas eu não podia falar com ele, senão perderei a aposta.

"Charlotte não precisa saber que eu conversei com ele" minha mente trabalha novamente.

Ele estava parado, as mãos nos bolsos de seu casaco preto. Como não havia carro nem um passando, decidi correr até o outro lado, para encontrar ele.

— O que faz na rua nessas horas? — ele pergunta e eu penso em uma resposta convincente.

— Eu vim para poder relaxar a mente — respondo.

— Ah tá, sei — ele diz de um jeito como se duvidasse da minha palavra.

— O que é? — digo, o fuzilando com meu olhar.

— Você estava com saudade de mim, não é? — ele diz, aquele sorriso dele estampado no rosto.

"Imbecil."

— Como você é convencido — digo, caminhando mais rápido, mas meus passos pareciam de uma tartaruga, enquanto os dele parecia de uma lebre de tão rápido que ele chegava perto de mim.

— Eu não parei de pensar em você — ele comenta.

— Ah, tá — retruco. Até que eu senti bem depois de ter dito isso.

— É sério — Estávamos a poucos metros de nossas casas, quando ele parou na minha frente. Será que eu grito? Minto que estou sendo assaltada? Não poderia fazer isso. Mesmo que eu detestasse esse garoto — lindo —, ele já me ajudou bastante até o momento. — Eu estou apaixonado por você, Victoria.

Fiquei boquiaberta, sentindo meu coração bater mais depressa. Não posso acreditar no que acabei de ouvir. Eu estava sonhando? Isso era um sonho, não era? Decido então me beliscar, para poder acordar desse sonho maravilhoso.

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