Capítulo 16 - Conselho de Mãe

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Charlotte e eu ficamos um bom tempo paradas no corredor. Eu queria saber sobre o que sua mãe queria falar com nós duas. Mas eu não poderia perguntar para ela, pois não quero que ela fique brava comigo.

— Vem, vamos lá — ela me chama e se apressa, indo em frente.

Eu sinceramente queria saber o motivo dela estar tão elétrica dessa maneira.

Quando eu desci as escadas, Charlotte e sua estavam conversando sobre algum assunto que eu não fazia ideia.

Sua mãe se vira em minha direção e sorri. Ela dá alguns tapinhas no assento do sofá, indicando para que eu me sentasse. Então eu fui, me sentei ao seu lado, enquanto minha amiga estava na poltrona, as mãos unidas, apoiadas ao joelho.

— O que a senhora, gostaria de conversar comigo? — Perguntei para ela, e senti que fui meio rude. Mas acho que ela percebeu, pois quando eu pretendia me desculpar ela fez um sinal para que eu não dissesse nada.

— Então, eu estava querendo conversar com as duas sobre garotos — comenta a Sra. Blake, e eu fico um pouco sem jeito. Nunca pensei que eu fosse ouvir conselhos sobre garotos da mãe de minha melhor amiga.

— Como assim, Sra. Blake? — Questionei, me fazendo de boba. Mas ela me encara, sabendo que eu não sou nada boba.

— Bem, vamos começar primeiro por minha filha, pode ser? — Ela me pergunta e eu afirmo. — Então filha, o seu pai já tinha me contado sobre esse garoto, o Carlos.

"Então por que ela ficou surpresa?" Pensei comigo.

— E eu não acho que ele seja um mau garoto. Ele até pode ser um bom garoto — ela comentou. — Mas namorar ele é algo um tanto quanto perigoso.

— Mas eu não vou desistir dele, mãe — diz Charlotte, e sua mãe levanta um dedo, pedindo silêncio, e minha amiga obedece.

— Mesmo que você não queira desistir dele, tudo bem. Mas não se envolva com a família dele — ela pede. — Pelo que seu pai me contou, os pais dele são barra pesada.

— Entendi, mãe — responde Charlotte, e um sorriso aparece em seus lábios. — Sabe mãe, ele tem um sorriso tão bonito.

— É mesmo, querida? — Ela indaga e sua filha afirma. — Que bom que você gosta dele. Ele parece ser um bom rapaz.

Agora era a minha vez. Ela se vira para mim.

— Então Victoria — ela diz meu nome. — Você sente falta do Billy, não é mesmo?

Eu não sabia o que responder, apenas afirmei em silêncio.

— Eu sinto tanta falta dele, que eu não consigo pensar em mais nada. — Comentei e ao dizer isso, me veio aquela imagem do sorriso dele, o olhar penetrante que ele me lançava. — Mas não sei o que fazer.

— É algo simples — diz a Sra. Blake, deixando eu e minha amiga curiosas com o que viria a seguir. — Apenas esqueça que ele existe.

Não posso acreditar no que eu acabei de ouvir. Ela me pediu para esquecer do Billy? Eu não quero esquecer ele.

— Mas... Mas eu não quero esquecê-lo — digo para ela. As palavras saíram com dificuldade, o choro estava entalado na garganta. — Eu... Eu... — As palavras não saiam, minha garganta estava embargada,

Vendo que eu estava segurando o choro, que eu não estava muito bem, a Sra. Blake me abraça, me confortando.

Com isso, senti que poderia soltar tudo para fora, deixar que minha alma se libertasse.

— Eu o amo, Sra. Blake — digo aos prantos, sem interromper minhas lágrimas. — Não me peça para esquecer do amor da minha vida. Isso é algo que eu não posso fazer.

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