Nós fomos até o carro de Kevin, um Focus prata, que parecia ser bonito. Mas me lembrei do carro do Billy, e aquele parecia ser menos belo...
Balancei a cabeça e minha amiga me pergunta :
— Você está bem, amiga?
Digo que sim com a cabeça.
No que eu estava pensando? Eu não sou interesseira e nunca seria.
— Você sabe do meu irmão? — Kevin me pergunta e eu respondo que não. — Entendi.
Eu queria perguntar se ele sabia onde Billy estava alojado, se ele estava em algum hotel ou casa de amigo. Mas não sei se ele conseguiria me responder com precisão, e eu precisava encontrar ele. Estava morrendo de saudades dele. Queria poder pedir perdão para ele, dizer que eu errei em tentar beijá-lo na noite anterior.
Charlotte me olhava como se quisesse me fazer alguma pergunta, mas que a coragem lhe faltava. Eu queria não ter feito aquela besteira de tentar beijar ele após o jantar.
— Eu queria poder conversar com ele — digo para o Kevin, olhando para as casas e locais de venda que passavam ao lado. — Você não saberia me dizer se ele está em algum hotel?
Kevin olhou para o retrovisor, como se estivesse checando a altura. Mas eu sabia que ele estava tentando fugir do assunto.
— Eu estou trabalhando lá no shopping tem pouco tempo. — ele responde. — Billy e eu não nos falamos faz muito tempo.
Eu não tinha certeza se ele estava falando a verdade ou se estava mentindo para mim. Seu olhar estava na estrada, mas também olhava a todo momento pelo retrovisor.
— Amiga, nós podemos ir para a sua casa? — perguntei, enquanto paramos nos sinal vermelho.
— Mas... você não avisou o seu pai, Vick! — ela diz.
— Eu posso ligar para ele de lá da sua casa — digo a ela, mas vejo ela parecia estar um pouco tensa.
— Não sei não, Vick — ela responde.
Eu queria poder ir para um lugar longe dali, queria poder me isolar deles. Principalmente — e infelizmente — da minha amiga, que eu achava que me ajudaria, me acolheria com seu amor de amiga. Mas será que eu estava enganada? Não sei.
— Acho que seria uma boa ideia ela ir para a sua casa — concorda Kevin.
Ouço minha amiga dar um longo suspiro, seguindo de um silêncio que durou menos de um minuto.
— Está bem, amiga — responde ela, que sorri para mim. Mas senti como se aquele sorriso tivesse sido um pouco forçado. — Desculpa, eu também não estou me sentindo muito bem.
— Isso é bom — diz ele, e minha amiga lança um "Como é?" em sua direção. Fiquei surpresa, pois normalmente, quem teria dito algo assim seria eu. Mas eu ultimamente estou me sentindo diferente de antes, pois após o Billy entrar na minha vida, me senti mais... feminina.
— E por que isso seria bom? — questionei.
— Uma pode acolher a outra — ele explica.
Ele parecia estar certo. Charlotte poderia me acolher, assim nós duas poderemos desabafar.
Charlotte o guiou até sua casa — que não estava longe — e ele seguiu.
Quando chegamos na casa dela, nós duas descemos e nos despedimos dele. Ela abre a porta e nós duas entramos. Dona Lucy estava na cozinha, e parecia preparar o almoço.
— Mãe! Chegamos. — Charlotte grita e sua mãe vem nos cumprimentar, enxugando as mãos com um pano de prato.
— Olá, Victoria! — ela dá um beijinho em meu rosto. — Como você está?
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Sorte no Amor
RomanceJá pensou como seria se apaixonar por uma pessoa que você diz odiar, e mesmo assim você não para de pensar nela? Victoria Beckham é uma garota que está no ensino médio, e está passando por isso. Está apaixonada pela pessoa que ela mais detestava, at...