My love

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Já estava de manhã, havia passado a madrugada toda dirigindo, minha barriga pedia imediatamente por um lanche. Dirigi mais um pouco até achar um restaurante de beira de estrada.

Estacionei o carro logo adentrando o local, a maioria de clientela era de viajantes ou caminhoneiros, aquele lugar fedia a testosterona minha maior necessidade naquele lugar deixou de ser a comida e se tornou uma máscara de gás.

Sentei-me em uma das cadeiras perto da atendente tirando minha jaqueta de couro e colocando-a no balcão, minha visão periférica avistou um homem ruivo gordo e barbudo me encarando descaradamente. Apenas fechei meu punho quando ele começou a se aproximar sentando ao meu lado.

-Oi, gatinha. - Gatinha? Às vezes eu realmente me pergunto se eu sou mesmo a centenária nesse mundo, parece que as pessoas não se tocam.

-O que você quer projeto de Obelix*?- Perguntei grossa vendo o mesmo me encarar como se estivesse o ofendido e eu apenas o encarei com desdém.

-Uma rapidinha seria ótimo, vadia. –O mesmo riu com escárnio, se ele queria me irritar aquela hora da manhã conseguiu.

-A única coisa rapidinha aqui vai ser minha mão indo rapidinho encontrar o seu nariz e por um acidente quebrando ele. Eu seria bem rapidinha você nem ia reparar. –Disse entredentes mantendo o contato visual com ele o tempo inteiro. Vesti minha jaqueta de couro, tinha achado minha refeição do dia- Levanta gorducho, vamo' lá fora.

O mesmo riu animado se dirigindo até a parte de fora do estabelecimento, comigo em seu encalço. O homem foi até a parte de trás do restaurante me secando de cima abaixo, tive vontade de vomitar.

-Sabe, eu tenho nojo de homens como você, até como refeição vocês não prestam, são como carne podre pra mim, fedem e apodrecem o ambiente onde estão, ninguém gosta.

-Refeição?-O homem me encara como se eu fosse uma louca de pedra e eu ri sadicamente.

-Se eu não estivesse com tanta fome te mataria só como favor as mulheres ao seu redor.

Minha mão foi de encontro à cabeça do cara o pressionando na parede fortemente. Minha boca foi até o pescoço do sujeito chupando o seu sangue violentamente até sentir sua cabeça pesar para o lado esquerdo.

Levantei limpando o canto da minha boca.

-Realmente, nem o sangue é de qualidade.

Minha repulsa pelo corpo continuou quando olhei para o mesmo sem sangue no chão. Se existir uma próxima vida, é melhor ele ser mais educado com as mulheres, ou não terei pena de ensiná-lo boas maneiras novamente.

Voltei para o carro com o amargor na minha boca, o sangue dele não era bom, mas me deixaria satisfeita até eu chegar ao meu destino.

Mais algumas horas se passaram até eu adentrar Nova Orleans, um sentimento de nostalgia e poder me invadia toda vez que eu entrava nos arredores da cidade dos Mikaelson.

O cheiro do sobrenatural invadiu minhas narinas me fazendo expirar adrenalina, meus dedos batucaram sobre o volante e dirigi até o Rousseau's em busca de matar a saudade. Estacionei na frente do bar saindo do carro com meus óculos escuros, sentindo o calor do sol aquecer minha pele me causando leves arrepios.

Olhei aos arredores e alguns olhos pairavam sobre mim, eu já era conhecida em Nova Orleans, não iria demorar até que minha vinda virasse o assunto da cidade, chamando a atenção de Marcel.

Adentrei o local onde haviam apenas poucas pessoas devido ao horário que não era o de pico. Fui até o balcão vendo uma mulher loira que veio até mim e sorriu simpática.

Deixe-me entrar - Malia HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora