Eu sempre venço

45 4 0
                                    


POV David Luiz 

Minha cabeça não para de pensar, estou a cada minuto mais preocupado com a saúde da Luiza e com o seu comportamento, ela ta toda amiguinha daquele Françua nojento e nem quer saber dos pais, isso é de cortar o coração. 

- Oi Doutor.- eu digo assim que esbarro com o médico no corredor do hospital, meus pais e meus tios a meu lado.- Conseguiram um doador para medula? 

- Olá senhor Luiz. - ele responde.- Infelizmente não, achar um doador compatível é bem difícil, mas não é impossível. 

- Mas Doutor, os pais biológicos dela podem ser doadores? - meu tio pergunta contra gosto. 

- Não podem. Como o pai passa metade da herança genética e a mãe outra metade, eles são o que se chama de haploidênticos, pois têm apenas metade da informação genética do filho, ou seja não serão doadores. - meu coração se apertar, olho para minha família e vejo minha tia chorando. 

- E quanto a transfusão de sangue, está ocorrendo Tudo bem? - meu pai se pronuncia. 

- Ainda não sei muito bem.- ele diz me causando mais preocupação. - Sua namorada passou mal durante a transfusão, estou esperando até que a transfusão de hoje se acabe, então farei testes e só assim posso confirmar alguma coisa. 

- Ah meu Deus só faltava essa.- reclamo.- Obrigado Doutor. 

- Por nada, qualquer coisa é só chamar. - Então se afasta e eu olho para meus tios. 

-Ela vai ficar bem.- tento transmitir confiança. 

- Eu quero vê-la.- minha tia pede. 

- Olha tia, você sabe a opinião dela, deixa eu ir até lá, se ela aceita ver vocês, eu venho aqui e os chamo, pode ser? - pergunto e eles assentem. - Já volto. 

Ando em direção ao quarto e a cada passo que dou me sinto mais triste e angústiado, mais fraco e incapaz de fazer algo. Abro a porta do quarto lentamente, Luiza olha pra mim com aquele olhar abatido que já virou rotina. 

- Oi amor.- ela diz forçando um sorriso. 

- Oi vida, como se sente? - pergunto depois de dar um selinho nela. 

- Não parece, mas estou bem.- ela mente descaradamente. 

- Não foi o que eu fiquei sabendo. - comento e ela me olha confusa.- O médico me contou que você passou mal. 

- Mas que droga, tentei esconder isso de você pra não te deixar mais preocupado e esse bocudo fala.- ela reclama um pouco nervosa, nem consigo ficar bravo, apenas dou um selinho nela. 

- Já te falei pra parar de tentar esconder coisas de mim sua malandra.- brinco e ela sorri. 

- Quero ir embora. - ela diz do nada. 

- Eu sei meu amor, também quero isso.- falo e ela suspira. 

- Estou com saudades de dormir agarradinha em você. - sorrio concordando. 

- Em breve isso poderá acontecer de novo. 

- Espero que sim, isso aqui ta chato demais. 

- Amor, meus tios estão ai e eles...- ela me interrompe. 

- Não adianta David, eu não quero vê-los!- ela diz séria. 

- Mas amor, tenta se reconciliar com eles.- peço e ela nega com um movimento de cabeça. 

Amor Entre Primos Onde histórias criam vida. Descubra agora