Eu acho perfeito,zagueiro.

49 4 0
                                    


POV Luiza 

-Amor? - David pergunta ainda em transe, parece não acreditar no que está vendo. - É você mesmo? 

- Sou eu amor, sua Luiza.- falo sorrindo, ele me olha confuso, passa as mãos nos cabelos e suspira, olha para o vestiário onde só tem nós dois agora. 

- É mais um sonho.- ele diz agoniado, realmente não está acreditando. - É uma alucinação, ela não está aqui. 

- Eu estou David, sou eu amor.- falo me aproximando mais, ele passa os olhos por mim ainda sem acreditar. 

Minhas mãos tocam com delicadeza em seu rosto, ele suspira trêmulo, faço um carinho afetuoso e os olhos de David lacrimejam de imediato. 

- Sente isso?- pergunto ainda fazendo carinho nele.- Sou eu aqui e agora, com você, pra você. - ele parece finalmente acreditar, começa a chorar e me abraça como se o mundo dependesse disso. 

- Você voltou pra mim.- ele diz com a voz embargada, escondo meu rosto na curva de seu pescoço e me permito chorar também. 

Choramos pela falta que sentimos um do outro, pelo medo de nunca conseguirmos nos ver e por todo o resto. 

- Eu te amo.- ele diz me apertando mais. 

- Eu amo você.- respondo beijando o pescoço dele logo depois. 

David se afasta o suficiente apenas para me olhar e sorrimos por entre as lágrimas. 

- Como?- ele pergunta.- Como você veio parar aqui? 

- Eu disse que iria melhorar não disse? - o puxo para sentarmos no banco, ficamos um de frente para o outro. 

- Quer dizer então que você conseguiu um doador? 

- Sim, vou te contar tudo.- sorrio pra ele. 

- Então conta.- ele diz curioso. 

- Bom, eu vou resumir, o Dunga me deu apenas alguns minutinhos.- falo e ele assente. - Quando você saiu do hospital eu juro que achei que seria a última vez que eu te veria, comecei a chorar tanto, orei e orei, pedi pra Deus me mandar uma salvação, pedi pra ele me salvar porque eu não podia ficar sem você. - beijo as mãos dele e ele repete o gesto. - Algumas horas depois de você sair daquele quarto, o doutor Anderson entrou no quarto e disse que tinha um boa notícia para me dar, perguntei o que era e ele com o maior sorriso disse que conseguiu um doador de medula compatível. Na hora fiquei sem reação, não sabia o que fazer, se sorria ou se chorava de emoção. - David sorri largamente emocionado. - Fizeram o transplante de medula óssea em mim, eu fiquei pensando como seria sua reação ao saber que eu estou bem, então tive uma idéia. Disse ao doutor que queria alta, ele logo não autorizou, falou que eu precisava ao menos de cinco dias para uma recuperação razoável, fiquei uma fera, chorei, esperniei mas no final tive que aceitar. - suspiro e ele sorri.- Fiquei os cinco dias, depois mais alguns dias em casa para tomar umas medicações, Maggie e Valery sempre me ajudando, mesmo eu estando uma chata. Então a Maggie se enjoou de me ver rabugenta e me ajudou a convencer os médicos, eles disseram que tudo bem que eu viajasse, desde que eu tomasse os devidos cuidados. - ele ri quando eu reviro os olhos. - Cheguei ontem no final da tarde.

- E deixa eu adivinhar, Oscar, Thiago e Neymar te ajudaram? - ele pergunta e eu assinto. - Ótimo, agora tenho que agradecer aqueles babacas.- David brinca me puxando para seu colo, sorrio boba com este momento. 

Nos encaramos, ficamos perdidos o olhar um do outro, lembrando dos momentos de dor e dos momentos juntos, das brigas e das reconciliações, nas nossas noites fazendo amor. Toco o rosto dele, acaricio a pele, subo as mãos para os cabelos de cachos que tanto amo, encostamos nossas testas um na outra, ele desliza o nariz dele no meu de um modo tão carinhoso que me deixa emocionada. 

Amor Entre Primos Onde histórias criam vida. Descubra agora