Seja mas criativo.

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POV Luiza 

Depois de ouvir a conversa dos meus pais, fui para meu quarto na ponta dos pés, afinal eu não teria o que fazer naquele momento. Eu não podia simplesmente invadir o quarto deles perguntando sobre meu passado, eles no minimo fugiriam do assunto e me evitariam mais ainda. 
Fiquei me mexendo de um lado para o outro na cama, não estava com sono e só o que conseguia era pensar sobre a conversa de meus pais. Todas aquelas palavras confusas rodeando pela minha mente, aumentando minha preocupação e meu medo. Será que tudo que eu sei sobre mim não passa de uma grande mentira? Será que meu passado tem algo de obscuro ou algo do tipo? Será que tudo que eu vivi foi uma farça? Como eu fui adotada? 
Muitas perguntas, nenhuma resposta. 

Quando acordei pela manhã, fui direto para meu banheiro tomar um banho bem relaxante, hoje vou sair com David e estou feliz, só ele é capaz de me fazer feliz de uma hora para outra. Eu tenho que achar uma maneira para descobrir sobre meu passado, sobre meus pais biológicos e sobre todo o resto que eu também não sei. 

Depois do banho me enrolei em uma toalha e procurei uma roupa no guarda-roupas, escolhi e me vesti um pouco apressada (1), acabei me atrasando durante o banho e David vai ficar reclamando sem parar. 

***** 

- Que demora!- David reclama assim que me vê sair pelo portão de casa, reviro os olhos e vou até ele que está encostado no carro.- Quase desisti de te esperar. 

- Quanto drama.- falo antes de lhe dar um selinho demorado. 

- Pensei que você não viesse mais.- ele diz enquanto entramos no carro. 

- Para de chatices amor.- peço revirando os olhos. 

- Ah, meu pai e a Isabelle vão também, aliás eles já foram, não aguentaram esperar a Cinderela aqui arrumar.- ele aponta pra mim.- Vamos nos encontrar lá. 

- Vai ser legal.- falo antes de me virar pra janela e ficar observando a paisagem passar. 

A cada segundo parece que minha angústia só aumenta, queria tanto descobrir sobre mim, sobre meus pais biológicos, sobre quem eles eram e o mais importante, sobre como fui adotada. Será que eram boas pessoas? Será que eram solidários como meu pai Marcos e minha mãe Roberta? 

Durante o caminho fomos em silêncio, na verdade eu que evitei ficar conversando, queria aproveitar o mundo pra organizar minha cabeça e tudo que está me deixando de cabelos em pé. David ficou me olhando preocupado, fazia carinho em mim enquanto dirigia e me deu ate vontade de chorar, grudar no pescoço dele e desabafar. 

- Chegamos!- David diz me despertando de meus pensamentos, olho pra ele e forço um sorriso.- Está bem? 

- Estou otima!- minto, dou um selinho nele e saio do carro. 

- Sei que não está, mas não vou insistir, ou a gente vai acabar brigando como sempre! - ele fala enquanto coloca sua mochila nas costas e eu faço o mesmo com a minha. 

- Amor depois eu te conto, dessa vez preciso de sua ajuda.- falo triste, ele toca meu rosto e suspira. 

- Ótimo, eu só quero te ajudar.- sorrio e o puxo para um abraço. 

- Amo tanto você.- sussurro o apertando. 

- Eu te amo também minha vida.- David beija o topo de minha cabeça, me afasto lembrando que algum fofoqueiro de plantão pode nos ver. 

- Temos que ser mais cuidadosos ou nosso namoro vai acabar na boca da mídia. - ele faz um piquinho e me controlo pra não beija-lo. 

- Não me importo, quero que todos saibam que eu sou louco por você. - Sorrio com suas palavras. 

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