Amor Entre Primos

The end

POV David

Ajudo Liza a entrar no carro. Ela está segurando a barriga o tempo todo e uma careta de dor está estampada em seu rosto. Dou a volta no carro e me sento no banco do motorista, mesmo sabendo que eu não deveria dirigir com o coração quase parando.

- Liza, você está bem? - pergunto dando partida no carro e o colocando em movimento.

- Estou... es-estou ótima... - ela responde fazendo uma careta de dor. - Acelera essa porra.

- Não fala palavrão amor, o bebê pode ouvir. - brinco pra descontrair mas posso sentir seu olhar me fuzilando.

- Vai... Vai se fu-fuder... David Luiz! - ela grita fazendo uma cara de dor que devo confessar que me assusta pra porra.

Decido ficar calado pra que Liza não me arranque a Cabeça fora.

Eu estou sentindo tantas coisas agora que nem sei identificar exatamente o que são.

Dirijo rápido mas tomando o maior cuidado do mundo para não acabar causando um acidente.

A cada dez segundos olho Liza pelo retrovisor e vejo sua cara de ansiedade e ao mesmo tempo dor.

Quando estaciono em frente ao hospital saio do meu carro com pressa, rodeio ele e abro a porta de trás pegando Liza em seguida.

Ela agora parece mais calma e agradeço a Deus por isso, do contrário eu já estaria chorando desesperado.

- Vai ficar tudo bem amor. - falo quando a coloco em uma macá com o auxílio de uma enfermeira.

- Nós vamos preparar sua mulher, o senhor vai querer assistir ao parto? - Ela pergunta enquanto o médico chega já arrastando a macá para longe.

- Sim, claro.

- Então fale com a recepcionista, ela vai te auxiliar. Boa sorte.

- Obrigado.

Estou tão feliz que nem consigo disfarçar, a recepcionista até ri de mim quando eu peço para ela me ajudar. A moça me auxilia a todo instante, depois me leva até uma sala onde tenho que me preparar, mas antes mando uma mensagem pra minha família dizendo que estou no hospital e que meu filho vai nascer.

Então me visto com as roupas necessárias e sou encaminhado até a sala de cirurgia onde minha namorada linda já está.

Ela me direciona um olhar de preocupação, sei que está com medo porque ela comentou sobre isso comigo algumas semanas atrás.

O médico conversa com Luiza calmamente sobre o que fazer e como ela deve dar a luz ao nosso filhão.

A primeira contração vem com tudo e Luiza faz força, empurra como o médico pediu. Ela aperta a minha mão e seus gritos para empurrar o bebê doem minha alma, mas eu sei que é porque ela está fazendo uma coisa maravilhosa, a coisa que vai mudar nossas vidas para sempre.

- Vamos lá Luíza, está quase. - o médico diz a incentivando. - Você consegue.

- Não... não dou-doutor... Eu não... vou... conseguir. Aí! - ela grita chorando.

- Amor. - chamo ela mas a mesma está tão distraída que não me escuta. - Amor, por favor, olha pra mim. - peço e assim minha linda faz, me olha com medo e ao mesmo tempo carinho. - Você consegue, eu estou aqui com você. Seja forte meu bem, nosso filho está a caminho.

- Tá bom. - Ela assente arfando.

Então ela dá o seu melhor, faz com amor pelo filho, ela quer tê-lo nos braços tanto quanto eu.