Capítulo 12 - A Verdade

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AVISO: o capítulo contém cenas de violência. Fiquem à vontade para entrar em contato comigo caso precisem interromper a leitura e queiram saber do que se trata. Meu twitter é @lilahaoki.

Meus amores! Chegamos ao capítulo crucial da fanfic, aquele onde vocês poderão me odiar para todo o sempre ou não. Boa leitura!

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Changkyun tremeu de frio e resmungou enquanto movia-se o mínimo possível. Quando enfim despertou por completo foi inundado por dores terríveis em cada parte de seu corpo e sua cabeça praticamente explodiu cada vez que ele tentou abrir os olhos. Ergueu o corpo apenas o suficiente para virar-se e deixar-se cair novamente no chão úmido de terra, dessa vez de barriga para cima, respirando fundo para tentar entender o que estava acontecendo.

Lembrou-se da voz de Kihyun como sendo a última coisa que ouviu e abriu os olhos, assustado, tentando enxergar alguma coisa no breu em que se encontrava. Sua visão demorou a se acostumar com a pouca luz, provinda de uma única vela acesa numa mesa perto da porta e, assim que conseguiu adaptar-se, começou a procurar por seus irmãos, imensamente preocupado. Apoiou ambas as mãos no chão e com esforço ergueu o tronco, a tontura arrancando uma nova exclamação de sua garganta; era um lugar pequeno e com paredes de madeira, móveis velhos e cortinas rasgadas, além de um cheiro terrível que só não lhe causou náuseas porque a dor já fazia isso por ela mesma. Tapando o nariz com a manga da blusa que usava - e que não estava tão em melhor estado, mas era suficiente para bloquear a primeira impressão dos odores -, o garoto se virou para averiguar a outra metade do que parecia ser uma cabana e encontrou uma figura familiar sentada sobre uma cadeira.

- Hyungwon hyung! - ele exclamou, tirando forças sabe-se-lá de onde para levantar-se e andar depressa até o rapaz, agachando-se e apoiando as mãos nos joelhos dele, notando que o mais velho estava com as mãos amarradas nas costas junto a uma pilastra. Hyungwon ergueu apenas um pouco a cabeça, tentando fitar Changkyun, mas não conseguiu manter-se nessa posição por estar extremamente fraco e ferido. Só o que fez foi murmurar qualquer frase que o mais novo não compreendeu e Changkyun imediatamente aproximou-se. - Eu vou soltá-lo, hyung.

Ele se impulsionou para frente, passando os braços ao redor de Hyungwon e encontrando o nó principal das amarras. Sentiu seu hyung apoiando o queixo em seu ombro enquanto tateava a corda para descobrir uma forma de desatá-la. Conseguiu puxar uma das pontas e isso lhe causou uma faísca de esperança no peito, mas Hyungwon chamou por seu nome num sussurro diferente e Changkyun foi arrancado desse contato e lançado com força para trás. Caiu no chão torcendo o pulso esquerdo quando tentou conter a queda e urrou de dor, escutando o som de uma risada cortando-lhe a atenção. Era óbvio que aquele monstro também estava ali e Changkyun teve certeza de que tinha sido arrastado por ele de alguma forma depois de ter desmaiado. O garoto tentou afastar-se, mas Hosung o segurou por uma das pernas e o arrastou para perto, finalizando o ato com um chute em sua coxa, o que fez Changkyun soltar um novo grito.

- Você é mesmo muito resistente ou muito sortudo - o senhor Shin disse e agachou-se, segurando Changkyun pelos cabelos. O menino até pensou em tentar desvencilhar-se, mas notou que havia algo na outra mão do homem: um canivete grande. - Vocês devem ser mesmo dois demônios como todos disseram.

- O único demônio aqui é você - a voz de Jooheon ecoou pelo cômodo assustando Hosung. Changkyun não conseguiu visualizá-lo porque não podia virar o rosto, mas enxergou quando Hosung empunhou o canivete na direção do rapaz, que estava bem próximo de Hyungwon e os encarava com a face muito séria. - Deixe eles em paz.

- Você é quem tem que me deixar em paz! - Hosung gritou e puxou Changkyun para si, encostando a lâmina fria no pescoço do garoto. - Não é ele quem você tanto quer proteger? Pois vou acabar com ele na sua frente!

Pomegranate Seeds | JooKyunOnde histórias criam vida. Descubra agora