21. Cassian

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Durante três semanas, mal tive tempo para descansar quando tanto Hybern quanto os rebeldes illyrianos pareceram coincidir suas ações no mesmo momento para que fosse difícil lidar com duas ameaças ao mesmo tempo. Skylar passava o dia nas terras illyrianas, comandando as tropas contra os ataques dos rebeldes para impedir que chegassem às suas terras.

Para ser sincero, ela estava tendo mais progresso do que eu. Hybern já tinha destruído alguns templos de Prythian e tinha atacado algumas vilas humanas. Finalmente o novo Rei mostrava que falava sério nas mensagens que tinha mandado, querendo causar pânico no mundo humano, para que lembrassem que não podiam ter paz. Nunca chegávamos a tempo. As tropas de Hybern agiam rápido, iniciando um incêndio nas cidadelas mais pobres perto da muralha que ainda queimava por horas depois que tentávamos salvar alguma coisa, mas aquele fogo não era comum. Ninguém sabia porque concentrava boa parte de suas forças na parte humana do território, mas os motivos por trás de toda a vingança de Hybern eram pessoais, e talvez só tivéssemos uma resposta quando encontrássemos o Rei em pessoa. Os sobreviventes nos contavam todo tipo de história sobre como os feéricos haviam atacado, aparentemente mudando a estratégia a cada cidade que passavam, talvez para que não pudéssemos prever seus próximos passos. O que tínhamos certeza, no entanto, era que perguntavam demais antes de queimar tudo. Estavam procurando por algo, mas ninguém sabia dizer o quê.

Me incomodava nunca poder impedir que um novo ataque acontecesse, e Tamlin só se dignava a mandar nos chamar quando nada mais poderia ser feito, quando não conseguia apagar o fogo ele mesmo. O Grão-Senhor da Primaveril estava afundado em solidão e melancolia, e já tinha entendido que era melhor não esperar sua ajuda para nada. Já ignorava a mansão no meio da clareira quando voava com Rhysand, Azriel e Feyre para a fronteira durante esses ataques, e não podia ajudar muito enquanto Feyre usava sua magia para apagar o fogo. Ficava pensando que com a magia de ventos e gelo de Skylar, ela poderia ser muito útil aqui também, mas entendia que pelo menos um de nós tinha que lidar com a rebelião illyriana, enquanto toda a Corte Noturna estava preocupada com outras coisas.

Estava dormindo na Casa do Vento com ela agora, e para mim era como se estivéssemos morando juntos, por menos que nos víssemos. Toda noite, no entanto, quando tínhamos um tempo juntos, ela me abraçava e contava sobre seu dia, o que tinha feito enquanto estávamos longe um do outro. Na primeira vez que vi uma cidade humana destruída por um fogo que não podia ser apagado e sabia que era tarde demais para fazer alguma coisa, soube que essa guerra seria diferente. Foi só quando contei o que vi para Skylar naquela noite que a ficha caiu, e ela me abraçou forte e escovou meus cabelos com seus dedos enquanto eu chorava, sem me preocupar que ela pudesse me julgar. Skylar havia sussurrado que estávamos juntos nessa e me beijado até que eu me acalmasse e me deitasse na cama com ela, logo depois ela já estava em cima de mim, nossas roupas rapidamente arrancadas quando ela dobrou as pernas sobre mim, movendo-se lentamente, aquela expressão de êxtase em seu rosto quando fechou os olhos. A puxei para se deitar sobre mim quando senti que estava perto, e nos virei na cama para aumentar a velocidade conforme a sentia ficar mais fraca. Skylar gemeu no meu ouvido quando atingiu o ápice e manteve as mãos nas minhas costas até eu também me desfazer, apertando suas coxas ao redor do meu quadril. Ainda me derramava dentro dela quando me puxou para um beijo apaixonado, segurando meu rosto com suas mãos e sugando meu lábio inferior entre seus dentes, os caninos afiados arranhando minha pele.

Era cedo quando Skylar me acordou de um sono tranquilo ao seu lado. Mal tive tempo de aproveitar que estávamos acordando juntos depois de semanas vivendo em horários diferentes quando ela me avisou que devíamos encontrar os outros na casa da cidade. Aparentemente, Morrighan estava de volta e precisava falar com todos nós.

Nos reunimos na biblioteca da nova casa do Grão-Senhor, uma fêmea feérica de pele escura estava em frente à janela quando chegamos, as mãos nos bolsos com o olhar focado no Sidra. Aquele cômodo havia se tornado algum tipo de sala de reuniões, obviamente. 

Corte de Ventos e MagiaOnde histórias criam vida. Descubra agora