17 - O PEDIDO

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Nenhum mortal será capaz de lhe impor medo, pois ela aprenderá a não temer aos homens, pois todos eles são, no fundo, tão fracos quando a vitalidade que correm em suas essências mortais❞.

—𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔𝖘 𝖉𝖔𝖘 𝕽𝖊𝖌𝖎𝖘𝖙𝖗𝖔𝖘 𝕯𝖗𝖚𝖎𝖉𝖆𝖘,

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Estou dançando sobre o caos

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Estou dançando sobre o caos. Estou fazendo da ruína de minha vida, o elixir que me mantém viva para apreciar os terríveis dias que antecedem a minha partida. Finjo todos os dias que estou bem, mas não estou. Nunca estive. Encontrar a morte será como encontrar a paz. Estarei livre finalmente. Esse foi meu último pensamento ao adentrar na casa a qual Ragad havia me presenteado. Não consegui evitar que o peso do mundo e de minhas ações recaíssem sobre os meus ombros. Estava tão cansada. Mas ainda assim, tinha forças dentro de mim para continuar minha luta até que meu coração deixasse de bater.

Olhei para Sumoko. A mulher permanecia paralisada no meio da minha cozinha. Seus únicos movimentos que esboçava eram o piscar de olhos, assim como o subir e descer de seu peito, evidenciando sua respiração frenética.

— Essa conversa será breve, pois creio que logo virão atrás de mim. — Esperei qualquer reação de Sumoko, no entanto ela permaneceu calada na mesma posição que se encontrava desde que havíamos chegado.

— Vou ser direta e preciso que confirme que compreendeu tudo que vou lhe falar... — Aproximei nossos rostos de modo a ficar cara a cara com a mulher que começou a tremer apavorada. — Sei que anda dormindo com Ragad, o maldito precisou de uma nova escrava para me substituir em sua cama. Sendo assim, creio que só você poderá extrair dele a informação que preciso. — Dessa vez Sumoko lançou-me um olhar confuso, por isso eu completei: — O Jarl esconde um homem que é importante para mim e ninguém além dele sabe o local do esconderijo. Preciso que o encontre! — Fixei meu olhar nos belos olhos negros da mulher a minha frente — O viking que procuro é alto, de porte esguio e forte. Seus cabelos de um tom louro acobreado chegam a altura dos ombros. A barba tem a mesma tonalidade do cabelo. Os olhos são de um verde intenso e os lábios são finos, porém bem desenhados. Ele é o viking mais bonito que já vi. Vai saber que é o homem certo assim que colocar os olhos nele. — Encarei-a com mais intensidade. — Preciso que o encontre em menos de três dias. Nada menos que isso. Você entendeu?

Sumoko arregalou os olhos antes de responder temorosa:

— Por que eu faria isso? — Sua voz oscilou por conta do medo que a espreitava.

Sem mediar minhas ações, invoquei a magia que corria em meu sangue e lancei a mulher contra a parede, mantendo a presa ao meu domínio. Seus braços e pernas abertos que foram imprensados junto as pedras, ela não era capaz de mover um músculo sequer.

Movimentei minhas mãos, instantaneamente as chamas começaram a subir pelos pés de Sumoko e se estender, vagarosamente, em direção a suas pernas. O fogo não estava tão quente ao ponto de queimá-la, mas ainda assim era amedrontador.

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