Psɪᴄᴏᴅᴇ́ʟɪᴄᴀ | 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐃𝐞𝐚𝐝

7°

... "Deixei Stella e corri para fora da boate, sabe se lá o que Daryl estava fazendo, mas tenho certeza que não faria na frente de todos."

...

E lá estava o homem, o que me ofendeu, e o que estava me defendendo. Um socando o outro até a morte, e o outro apanhando até não poder respirar.

- DARYL - Gritei e o homem que eu já não conseguia reconhecer se virou com olhos arregalados enquanto soltava o homem.

Meus olhos apurados foram na direção do homem caído no chão, ensanguentado. Com o nariz quebrado e olhos roxos. Daryl voltou os olhos para o homem, parecia que estava arrependido. Nem ele estava acreditando que havía feito tal ato.

Stella, apareceu ao lado de minha sombra. Ela correu para Daryl com um pano, amarrou na mão ensanguentada de Daryl. Aquela melação toda veio junto com ela.

Eu saí dali o mais rápido possível. Quase cuspi meu almoço com essas duas cenas passando pela minha cabeça.

Subi as escadas planejando ir até meu quarto, me trancar tomar um banho e beber alguma coisa.

- Onde vai com tanta pressa? - Uma voz rouca subiu minhas costas, me virei e vi que era a senhora qual a tempo não vi. Achei que Daryl tinha cuidado dela.

- Posso ir para o meu quarto? - Digo ainda mantendo a calma, a senhora percorreu os olhos pelas minhas vestes e logo arregalou os olhos. Droga

- É, eu sabia desde o início que você era mais uma...

- Olha... Eu não sou quem a senhora pensa que sou, tudo que estou fazendo é pra conseguir dinheiro e sumir desta cidade... - Digo tudo, meus olhos lacrimejando e a senhora parecia espantada. Acho que finalmente ela entendeu.

Em dois segundos. Daryl surgiu das sombras, não tinha notado sua presença ali desde então. A senhora correu para casa e trancou a porta me deixando sozinha com o Dixon.

Entrei na casa sem olhar Daryl, antes que eu pudesse chegar ao corredor para entrar no quarto escuto meu nome ser chamado.
- Então é isso. Você vai deixar sua mãe aqui.

- Claro que não... Mas não posso viver desse jeito. Olha o que você fez com aquele homem, Daryl, você não sabe resolver as coisas no diálogo? - Proferi ainda calma.

- Você não é a primeira que ele faz isso. Já mandei avisarem a ele para não fazer mais isso, não na minha boate, parece que agora eu deixei bem claro pra ele.

- Você mandou o cara pro hospital Daryl...

- Ótimo, duas semanas sem ver o nariz torto dele aqui. - Ele disse ironicamente, por um lado eu o entendia, mas nunca fui a favor da violência.

Daryl foi até a geladeira pegou uma garrafa de algum líquido branco e bebeu um gole enquanto olhava pra mim. Aquele olhar sedutor e maníaco ao mesmo tempo.

Não quis insistir numa briga idiota, ele fez o que achou que era certo e ponto.

Caminhei lentamente até meu quarto esperando por meu nome ser chamado de novo. Mas não. Ainda bem.

Tranquei a porta e me encostei na mesma, quando me vi já estava no chão.

Depois de alguns minutos escutei passos e uma porta se fechando, Daryl tinha entrada no quarto. E eu não sei por mais quanto tempo aguentarei isso. Eu podia largar tudo e me mudar pra longe.

Mas como? O dinheiro que tenho guardado não vou poder ir muito longe, e sem um emprego fixo. Eu estava presa aqui agora, se eu continuar trabalhando na boate dentro de duas semanas já tenho dinheiro suficiente para ir embora.