Psɪᴄᴏᴅᴇ́ʟɪᴄᴀ | 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐃𝐞𝐚𝐝

13°

- BROOKLYN CORRA

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Merle dirigiu o carro até chegar em um chalé, a essa altura, ja estávamos bem longe de Atlanta e ninguém disse para onde estávamos indo.

Merle opinou por passarmos a noite aqui, já que segundo ele, aqui parecia ser seguro, bom eu vou te dizer uma coisa, em nenhum lugar é seguro.

Era um chalé no meio da floresta, não estou botando fé nisso. Pelo que parecia não tinha ninguém na casa, Merle e Daryl entraram depois de bater na porta, ainda temos humanidade.

Esperei ao lado de fora junto com Ellie, ela estava com a faca na mão pronta para tudo. Um galho caiu ao nosso lado e ela gritou de susto, corri e coloquei a minha mão na sua boca e a abracei, ela estava muito assustada.
- O que aconteceu? - Daryl apareceu com os olhos arregalados e a besta na mão.

- Nada, ela só se assustou. - Digo passando a mão no braço de Ellie que se desculpou em seguida, ela estava um gelo.

- Entrem, e não façam barulho. - Merle ordenou. Passamos pelo Daryl e logo a porta foi trancada.

Estávamos na sala, Merle estava colocando lenha na lareira que logo se ascendeu, levei Ellie até o sofá e a ajudei a sentar, ela tremia pelo acontecido, fui passando os cômodos da casa até achar a cozinha.

Peguei um copo do armário e o enchi com água de uma garrafinha. O chalé era de dois andares, Daryl estava no segundo fazendo uma vistoria.

Levei o copo para Ellie e a deixei ali com Merle, subi as escadas atrás de Daryl.
Caminhei pelos cômodos, parece que tudo estava em ordem naquela casa, os quartos estavam intactos, finalmente achei o par de asas parado no meio de um dos quartos.
Entrei devagar tentando ver o que Daryl tinha encontrado.

Um corpo

Uma garotinha, caída na cama com um tiro na cabeça, o seu braço estava com uma mordida e cheio de sangue. De acordo com os meus livros a circulação sanguínea dela já havía parado, sei disso pelo seu corpo que estava em tons brancos e roxos. Isso significa que ela foi morta a algumas horas atrás.

Daryl olhava a garotinha e pela primeira vez vi ele assustado, toquei em seu ombro anunciando que eu estava ali pra ele.
Passou se alguns minutos enquanto nos estávamos em silêncio, sentindo o luto pela garota.
- Vamos enterrá-la. - Sugiro calmamente, Daryl assentiu.

Ele a enrolou na coberta da cama e a levou para fora, enquanto isso, procurei alguma coisa importante para ela, um ursinho, uma boneca, qualquer coisa que simbolizava que o que estava enterrado alí era uma criança.

Achei um ursinho cor de rosa em sua prateleira, estava meio acabadinho e sujo, passei a mão em seus pelos macios tirando um pouco da poeira, desci até o jardim do chalé onde Daryl a enterraria.
Ele estava cavando a cova, Ellie estava ao seu lado, olhando o corpo da garota.

As crianças serão as mais prejudicadas com esse novo mundo, tão inocentes, pelo que parece, essa garotinha estava sozinha. Dei uma vasculhada na garagem enquanto Daryl ainda cavava, havía marcas de pneus no chão, meu palpite era que os pais da garotinha saíram e não voltaram mais.

Ela estava sozinha, num mundo completamente diferente do que ela conhecia, sem saber o que são essas pessoas diferentes, chegamos tarde demais.

Mas uma coisa que ainda não entendi, ela tinha um tiro na cabeça, e não encontrei nenhuma arma no quarto, e segundo Merle, não tem mais ninguém na casa.

Seria os próprios pais que atiraram nela depois fugiram?

Daryl colocou o corpo da garota no buraco cavado e logo o cobriu, assim que Daryl terminou coloquei o ursinho no meio da cova, não sabíamos nem o nome dela para colocar em uma madeira indicando que alguém estava enterrado ali. O que esse mundo virou...
- Tem uma coisa que quero falar com vocês... - Digo sentando no sofá, esperei que todos entrassem para continuar a falar, Ellie sentou ao meu lado e Daryl na poltrona. - Ela tinha um tiro na testa, o corpo estava começando a decomposição, alguém a matou um pouco antes de chegarmos aqui. - Digo tudo, Ellie colocou a mão na cabeça e começou a se abanar, Daryl, neutro.