Capítulo 7.5

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Na tarde de terça-feira, treinos de quadribol estavam agendados. Às 16h20 alunos do terceiro ao sétimo ano da Corvinal se encontram no campo da escola e discutem estratégias de treino, supervisionados por Tau, professor de Voo com Vassouras.

Convencida por Duda, Liv decide dar uma chance ao esporte, mas o combinado entre as duas é que ela apenas assistiria ao treino e se achasse interessante Duda poderia conversar com o capitão do time para que a amiga participe de alguns dos treinos, só pela experiência. Liv dar uma chance era por si só um milagre, já que a corvina odiava voar na vassoura, vivia com medo de perder o equilíbrio ou o controle.

As duas ficam lado a lado no campo, Duda carregando sua Firebolt Supreme e Liv, sem saber muito bem porquê, portando sua Varápidos - vassoura que ela adquiriu em homenagem ao time brasileiro de quadribol de 2014.

- Muito bem - Rodrigo, capitão corvino, se dirige aos colegas em campo -, nosso treino hoje é visando melhorar a agilidade e o equilíbrio antes da temporada de jogos começar.

- Eu acho que deveria ir sentar na arquibancada junto dos outros alunos que vão só assistir. - Liv sussurra para a menina ao seu lado.

- Espera. - Duda sussurra de volta com um sorriso travesso, fazendo um arrepio subir pela espinha da amiga.

- É sempre bom dar as boas-vindas a novos membros da equipe, como Alessandra e Júnior, do terceiro ano. Também fico feliz de receber alunos curiosos querendo treinar conosco. - O capitão do time abre um sorriso. - A Duda me disse que você pediu para se juntar ao treino hoje, Liv.

- O quê? Eu não-

- Ela é tímida, mas pediu sim. - A corvina mente na cara dura e Liv se sente constrangida demais com a atenção dos colegas para negar.

- É isso aí! - Um colega mais velho diz numa tentativa de motivá-la.

- Você vai adorar! - Duda sorri para a amiga e lhe dá um tapa no ombro.

- Bom, o exercício de hoje, já que passamos um tempo sem treinar, é um aquecimento em forma de brincadeira, uma espécie de "pique-pega", como os trouxas diriam.

- Adoro esse jogo. - A aluna do terceiro ano e novata na equipe soa animada.

- Ótimo! Como somos 12 pessoas treinando hoje, vamos formar duas equipes de 6 alunos, ok? Metade tem que tentar pegar os colegas e a outra metade tem que tentar se manter "salva" por 10 minutos cronometrados. Ao fim de cada 10 minutos as equipes vão ser invertidas.

- O que vale? - Uma aluna do quinto ano da Corvinal pergunta, erguendo a sobrancelha.

- A Giulia fez a pergunta que todo mundo queria fazer: o que vale?  Vale acrobacia, pirueta? Se pegou na roupa conta ou não? - Henrique, do sétimo ano, complementa.

- Vale acrobacia, pirueta e o que mais vocês quiserem. - Os alunos sorriem com a resposta de Rodrigo. - Peço apenas que tomem cuidado. Ah, e se pegar só na roupa não conta, tem que pelo menos segurar.

- É por isso que você é o capitão! - Duda afirma e os colegas riem em acordo.

- Os alunos que vão pegar na primeira rodada são: eu, Leo, Alessandra, Marcelo, Giulia e Duda. Os alunos que vão (ou não) ser pegos na primeira rodada são: Henrique, Maria, Júnior, Miguel, Théo e Liv. Para ser justo cada pessoa deve perseguir apenas um oponente, tentem seguir a ordem dos nomes que eu falei.

- Maravilha. - Liv solta baixinho depois de ouvir seu nome, enquanto prende seu cabelo num coque. - Vou ter que treinar e ainda com a Duda atrás de mim.

- Achei que vocês fossem amigas. - Giulia diz, se aproximando da colega enquanto lança um olhar para Duda, que estava se aquecendo a poucos metros de distância.

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