Paris, França, dias atuais...Camus Tierry
Acordei com uma certa dificuldade e, após bater minha mão direita na porcaria do despertador, vim puxar o lençol de algodão de cor branca na intenção de me cobrir. Logo depois, me virei para o lado da parede para novamente dormir.
Pouco tempo depois, escutei alguém batendo na porta do meu quarto — a tal pessoa chata batia de forma contendo insistência, me deixando irritado. Após me despertar de meu breve cochilo, levantei e me sentei na cama.
— Que droga! — eu resolvi dar um basta nisso após novamente escutar as terríveis e chatas batidas. — Quem é?! E o que quer?! Poxa, que saco... — eu já ia me levantando da cama, na intenção de expulsar a pessoa indecente, até que escutei do lado de fora do quarto uma voz feminina.
— Bom dia, senhor Tierry! Que bom que o senhor já acordou. Seu pai o espera para o café da manhã.
— Avise meu pai que eu já estou descendo. — respondi, após ouvir a voz da empregadinha chata. — Só vou me vestir e, fazer minha higiene. Logo estarei lá.
Madelane
Após ouvir as ordens do jovem senhor Tierry, resolvi retornar até a copa para poder avisar o senhor Degel, que logo seu filho estaria junto dele para o café da manhã.
Confesso que me senti triste pelo fato do senhor Camus nem sequer me agradecer, mas fazer o que, né...? Ele é assim mesmo e, boba sou eu de estar interessada nele, pois ele jamais terá olhos para mim.
Enquanto isso na copa...
Degel
Estou sentado à mesa a espera do irresponsável do meu filho Camus, lendo meu jornal.
Eu estava tão compenetrado na minha leitura, que nem percebi a entrada de Madeleine, até a mesma me chamar, tirando a minha atenção do jornal para avisar que meu filho logo estaria aqui, para tomar café da manhã comigo. Eu a agradeci e, logo depois retornei a minha leitura.
Camus
— Bom dia, pai! O senhor está bem? — perguntei após eu adentrar a copa e dar de cara com ele, sentado à mesa, com o jornal colado em seu rosto.
Degel
— Você não tem mesmo vergonha nessa sua cara deslavada. Não é, Camus...? — eu comecei após abaixar o jornal para olhar nos olhos do meu filho. — Como você pode avançar o sinal, levar multas e bater o meu carro importado, que eu gastei milhões para comprá-lo...? — eu dizia contendo raiva no meu tom de voz.
Camus
— Pai, eu fiz tudo isso para fugir de uma vagabunda barata que estava me seguindo. — eu olhei para meu pai. — Eu não tinha a intenção de avançar o sinal, nem levar multas e, muito menos bater o seu carro. Por favor, me desculpe.
— Camus, não me diga que você arrumou outra prostituta para sair e, depois a deixou para trás? Você está muito difícil, meu filho. Além de se portar feito um cafajeste.
Eu estou com tanta raiva do meu pai ficar me cobrando, só que eu tenho que tentar me manter calmo, pois o senhor Degel é uma Íngua e, se eu responder a ele a altura, ele descobrirá que eu não estava com uma vadiazinha de quinta e, sim que eu estava com um cara. Eu sou bissexual, saio tanto com garotas e garotos, só que pelo meu pai ser um homem tradicional, machista e preconceituoso, eu tenho que fingir que só curto mulheres.
Eu nunca me apaixonei de verdade, pelo contrário, eu amo curtir e, meus relacionamentos — quero dizer, minhas ficadas. — não duram mais que alguns dias, pois me canso fácil das pessoas.
Fiquei pensando na transa boa que tive ontem, até meu pai me chamar...
— Camus... Camus Tierry, você está me ouvindo? — ele me chamava de forma contendo insistência. — Esse final de semana, eu vou viajar para a Alemanha a negócios e, você, por favor, se comporte. Ok, Camus...?
— Claro, pai! Pode deixar! Eu vou me comportar feito um lorde francês. Mas quando o senhor vai viajar?
— Vou agora cedo, após o café, pois tenho urgência em chegar logo lá, meu filho. — eu fiquei olhando meu pai se retirando da mesa para assim seguir rumo a sua viagem.
Algumas horas após meu pai sair rumo a sua viagem, eu resolvi sair para dar uma volta pelo parque e, depois ir à torre Eiffel. No parque, acabei encontrando Saga, meu melhor amigo, que estava acompanhado de uma bela loira. Ao avistá-los, fui lhes cumprimentar e, logo de cara percebi os olhares da loira gostosa para mim. Lógico que eu me fiz de desentendido, fingindo nada notar.
Porém, o Saga se afastou um pouco de onde estávamos, para ele atender uma ligação que depois percebemos que se tratava ser algo urgente, pois o mesmo se despediu de mim e da loira, me pedindo para levá-la pra casa, pois ele não poderia o fazer.
Eu e June conversarmos um pouco em ir à torre. Ela pediu o favor de deixá-la em sua casa, pois já estava ficando tarde. E eu já estava com segundas intenções de levá-la até a minha, porém meus planos caíram por água a baixo, pois minha moto furou o pneu e, eu já havia solicitado um taxi para nós dois, só que uma amiga dela surgiu e lhe deu uma carona.
Após a loira se despedir de mim, a vi ir embora com a outra.
O taxista ficou me esperando entrar no seu carro e, após virem buscar minha moto, eu entrei no taxi que seguiu até a minha casa.
Já se passava das 18:30 e, eu fiquei tempo demais na rua.
— Ah! Eu não vou à faculdade hoje não... Eu vou ficar é de boa em casa. — eu pensava comigo mesmo, seguindo logo depois para meu quarto, para tomar um bom banho e, ver se descolo alguém pra passar a noite hoje.
Após meu demorado banho, liguei numa casa noturna para pedir a companhia de uma vagabunda qualquer. Só que a garota que eu realmente queria, hoje não estava trabalhando.
Puta que pariu! Hoje não é o meu dia mesmo... Eu só posso ter acordado com meu pé esquerdo!
O que me resta é encher a cara...
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Coração bandido
FanfictionCamus Tyerri é um típico jovem francês que está cursando medicina, numa renomada universidade de Paris. Ele nasceu em berço de ouro, tendo tudo o que sempre desejou. Porém, mesmo com toda sua riqueza, boa educação e tudo do bom e melhor, cresceu se...