O primeiro dia de trabalho

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Apartamento de Saga Demétrius

Saga

Eu estava em meu apartamento, sentado na varanda, lendo um bom livro de mitologia grega. Eu estava pensando na discussão boba que June e eu tivemos. Isso ocorreu há dez dias. Eu liguei para ela várias vezes e lhe enviei várias mensagens. Porém, ela não me atendeu, muito menos respondeu as minhas inúmeras mensagens... Nem na universidade a mesma fala comigo. Eu preciso fazer algo para que ela venha me desculpar.

— E agora? O que eu devo fazer? — eu pensava comigo mesmo, até que meu celular tocou. Ao atendê-lo, vi que era Kanon, meu irmão gêmeo que está cursando direito numa ótima universidade da Inglaterra. — Oi, Kan. Quanto tempo, hein? — perguntei animado.

— Saga, eu estou com saudades de você, meu irmão. — ele disse alegremente.

— Eu também estou com saudades de você. — eu comentei me sentindo feliz por falar com meu irmão. Porém, ao mesmo tempo me sentia triste pela minha loira, até que Kan tocou no assunto sobre minha namorada e eu. — A June e eu discutimos. Faz dez dias que ela sequer fala comigo ou atende as minhas ligações. Nem sequer responde as minhas inúmeras mensagens. — relatei tudo com uma profunda tristeza.

— Mas, Saga. Por que vocês discutiram dessa vez? — indagou de forma direta.

— Kanon, é uma longa história... — fato que me fez lhe explicar o ocorrido entre Camus e eu, com tristeza e pesar.

— Só podia ter sido por causa desse francês chato e arrogante mesmo. Eu só não consigo compreender você por ter amizade com um cara desses. — dizia de forma direta e taxativa, até que o mesmo se despediu de mim, pois ele precisou encerrar a ligação, para atender alguém que estava atrás do mesmo.

Enquanto isso,  na residência dos Tierry...

Camus

Eu acordei por volta das 6:00 da manhã, com meu pai já adentrando a minha suíte...

— Bom dia, Camus. Vamos, meu filho! Já está na hora de você acordar. Afinal, hoje será seu primeiro dia de trabalho.— ele dizia animado.

— Bom dia, pai. Mas já tenho que acordar? Afinal, ontem eu dormi tarde e ainda estou com sono. — lhe falei após bocejar e coçar os olhos.

— Camus, eu sinto muito, mas agora você tem responsabilidades e você sabia que teria de acordar cedo. Nem eu, muito menos seus futuros patrões, temos culpa de sua irresponsabilidade. Agora, vamos logo, pois você tem horário para entrar. Vista-se logo, faça sua higiene e desça para tomar um bom e reforçado café. Afinal, você irá precisar. — o senhor Degel me entregou o uniforme brega da tal lanchonete. Em seguida, vi o mesmo saindo da minha suíte.

— Puta que pariu! Era só o que me faltava! Justo eu, Camus Tierry, ter que submeter a um papel desses. — pensei comigo mesmo, enquanto tirava o pijama e vestia o uniforme brega que continha uma blusa vermelha e uma calça preta. Após colocar o tênis da marca Nike, segui para fazer minha higiene, para assim descer e tomar meu café da manhã. E, após eu estar completamente pronto, segui para tomar o café junto de meu pai, que não se continha de alegria devido a minha desgraça... Após o término do nosso café da manhã, meu pai me ofereceu uma carona, pois meu carro estava no mecânico. Em 40 minutos, chegamos na merda da lanchonete, e antes de eu me despedir do meu pai lhe perguntei se o mesmo viria me buscar ou se mandaria o motorista. Porém, ele me deu dinheiro pra voltar pra casa de ônibus, fato que me deixou furioso, querendo iniciar uma discussão com ele. Mas ele me deixou falando sozinho e seguiu para a sua empresa. E eu não tendo outra escolha, adentrei a lanchonete pela a parte de funcionários, dando de cara logo com o Adamastor e dona Helena. — Era só o que me faltava! Eu vir trabalhar na mesma espelunca que esse carinha petulante! — soltei em pensamentos.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora