Injustiça

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Paris, França,  treça-feira, por volta das 21:00...

Milo

Após ser dispensado da universidade e, o filho da puta do injusto do reitor me dar suspensão de três dias, cheguei em casa extremamente furioso, entrando no quintal de casa já derrubando a minha bicicleta. Em seguida, a levantei, a colocando estacionada na área.

Adentrei em casa, vendo meu pai dormindo no sofá e a TV de LCD de 52 polegadas, ligada, passando um filme de ação pela Netflix. Eu peguei o controle remoto para desligar tudo e, em seguida chamei meu pai para ir dormir na cama. O mesmo resmungou e virou de costas para mim, se encolhendo no sofá. Vendo que eu não conseguiria acordá-lo, fui até seu quarto para pegar um lençol e um travesseiro para ele poder dormir melhor.

Porém, eu tenho certeza absoluta que amanhã, ele acordará cheio de dores por todo o seu corpo.

Após apagar as luzes da sala, segui para o meu quarto, para tomar um banho e tentar dormir um pouco. Mas antes, tomei uma dose de vodca para ver se dava uma relaxada e esquecia o que aqueles dois desgraçados fizeram contra Shoko e eu...

Camus

Após ser dispensado pelo reitor, para ir para casa mais cedo e, ao não obter êxito na minha tentativa de tentar ficar por cima do Milo, mesmo após a surra que ele me deu, segui dirigindo e ouvindo uma música romântica e triste, fato que fez minhas lágrimas rolarem ainda mais. Tudo o que ele me disse, doeu bem mais que a surra que ele me deu...

Fui dirigindo em alta velocidade, batendo na traseira de um outro carro. Sorte que não foi um acidente grave e com vítimas, pois só viemos a ter danos materiais. Eu bati no carro de um bacana de Paris e, ao descer do meu carro e constatar que não tinha ninguém ferido no carro da frente, fiquei mais aliviado. Para minha surpresa, o carro era de um velho conhecido do meu pai.

Eu ofereci para pagar o estrago de seu carro, mas o senhor Aycon me disse que estava tudo bem e, que o seguro cobriria os pequenos estragos que houve nele. O mesmo se mostrou bastante preocupado comigo ao ver minha cara toda quebrada. Ele me pediu para ir ao hospital. Ele ficou me especulando sobre o porquê de eu estar machucado da maneira que eu estava. Lógico que eu inventei uma desculpa e, para tranquilizá-lo lhe disse que já estava indo até o hospital.

Em seguida, cada um de nós adentrou em nossos carros, seguindo rumo aos nossos destinos.

Fui direto para a minha casa, pois não iria à droga do hospital, lugar que não faço questão de estar.

Após alguns minutos, cheguei em casa, abrindo os portões no controle remoto que carrego comigo. Ao passar pelos portões, segui pelo o imenso caminho de um dos principais jardins, seguindo rumo ao estacionamento onde ficam nossos carros, moto e caminhonetes como Amarok e Hilux. Ao descer do meu carro, percebi que o mesmo sofreu estragos também. A pintura do carro estava arranhada e uma das lanternas estava quebrada. Precisarei levar no mecânico para arrumar.

Tenho certeza que quando meu pai descobrir, o mesmo vai me encher o saco. Mas quer saber? Foda-se! Eu já estou acostumado com as reclamações dele.

Logo após sair do estacionamento, passei pelo jardim que estava com poucas luminárias acesas, chegando perto de um coqueiro aonde me encostei ao mesmo e novamente voltei a chorar. Porém, cessei as lágrimas ao escutar passos vindo em minha direção e a voz chata de Madalaine...

— Boa noite, senhor Camus. Aconteceu alguma coisa para o senhor sair mais cedo da faculdade? — ela me perguntava docemente.

— Não aconteceu nada que seja da sua conta, sua enxerida! — respondi ríspido, caminhando para longe da mesma.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora