Paris, França, sexta-feira á tarde, Empresa Tierry, Sala do senhor Degel...
Degel
Eu estava em pé, de frente para a imensa janela de vidro, enquanto bebia uma xícara de café não muito doce e, nem amargo demais — exatamente no ponto como eu gosto. Eu apreciava o por do sol, olhando para o lado da torre Effel, pois minha empresa se situa bem em frente da mesma.
Eu estava perdido em meus devaneios, ao pensar em Pandora e no almoço agradável que tivemos hoje.
Além de ser uma mulher tão bela, ela é culta, inteligente, educada e extremamente sexy — sabe conversar sobre todos os tipos de assunto e, sinceramente, cada vez mais vem me deixando fascinado por ela.
— Degel, vai com calma... Vocês se conhecem há pouco tempo e você nem sabe se ela sente algo por você, além de amizade... — eu dizia a mim mesmo, em pensamento.
De repente, senti meu celular vibrando no bolso da minha calça social e, ao pegar o mesmo, para olhar se era alguma mensagem do meu filho, levei uma imensa e agradável surpresa, pois a mensagem que eu havia recebido era justamente dela, da Pandora.
Ela estava me agradecendo pela companhia no almoço de hoje e, pelo buquê de rosas.
Mensagem On
Degel, muito obrigada pelo maravilhoso almoço de hoje. Eu amei sua companhia. Muito obrigada pelo buquê. As rosas são lindas e, são minhas flores favoritas! Beijos e, até breve, querido!
Mensagem Off
Ao acabar de ler, senti meu coração disparar; algo que já não ocorria há anos por mulher alguma, após a morte de Natassia.
De repente, fui despertado de meus pensamentos com alguém batendo a porta da minha sala e, após eu autorizar sua entrada, meu funcionário Kardia adentrou a mesma, logo após pedir licença.
— Boa tarde, senhor Degel! Como eu havia prometido, aqui estão os relatórios dos balancetes dos últimos meses. — o funcionário dizia a mim, enquanto esperava por minha resposta.
E eu o respondi, pedindo para o mesmo colocar a papelada sobre minha mesa. E, claro, o agradeci pelo seu trabalho... Assim, ele fez e, após me pedir permissão para se retirar, logo após liberá-lo, o vi saindo de minha sala.
As horas voaram e, ao olhar para o relógio de ouro em meu pulso, notei que já passaram das 18:10 da noite. Quase todos os funcionários já havia indo embora para suas casas, só permanecendo ainda, no imenso prédio, meu sócio Pierre, as moças da limpeza e eu.
Pierre veio até a minha sala, para me dar uns documentos para assinar, pois se tratavam de valiosos contratos fechados com outros países.
Meu sócio me avisou também que uma moça vinda do Japão, chegaria à França, nesse final de semana, pois a senhorita com seu currículo excelente viria trabalhar na nossa empresa, na parte dos recursos humanos.
Essa mulher é amiga da sua esposa Melissa...
***
Proximidades, Arco do Triunfo...
Pandora
Já passam dás 18:40. Eu segui dirigindo pelas ruas movimentadas de Paris, seguindo rumo ao edifício que moro. De repente, fui obrigada a parar e encostar meu carro para atender uma ligação. Ao ver de quem se tratava, notei que, quem estava do outro lado da linha, era ele, o Degel.
Ao ouvir a voz grave e sexy do mesmo, meu coração quase veio sair pela boca. Mesmo que nós nos conhecemos há pouco tempo, a cada dia sinto um carinho e, até mais que isso por ele...
Sinceramente, acho que estou me apaixonando por esse belo, culto, gentil e atraente homem — ele parece mais um príncipe de contos de fadas.
Ai, Pandora... Se aquiete, pois você e ele são só amigos e, você nem sequer sabe se ele sente o mesmo por você.
Após encerrar a ligação com o Degel, me senti triste, pois ele estava me convidando para jantar, mais tive de recusar já que, além de estar cheia de trabalhos para fazer em casa, não desejo ficar criando expectativa.
Já basta o que eu sofri com meu ex-marido, o Radamanthys, que para a minha alegria já estou divorciada há anos...
Mais Degel é muito diferente do meu ex-marido, que era um crápula, folgado, ciumento e um traste. O vagabundo me traía direto com a minha vizinha, que se dizia ser minha amiga. E, após nosso divórcio, fui transferida para cá.
— Ufa! — soltei aliviada. — Finalmente cheguei em casa. Eu vou para meu apartamento, tomar um bom banho, comer qualquer coisa e trabalhar...
***
Universidade de Paris, 19:30, Auditório do campus...
Camus
— Puta que pariu! Mais uma aula chata pra cacete! Esse professor Poul já deveria ter se aposentado. — eu pensava comigo mesmo. Não vejo a hora dessa porcaria de aula acabar, pois realmente está um porre. — Saga, você não acha que esta aula está muito chata...? — perguntei a ele, com tédio.
— Camus, pra você toda aula é chata, nada te agrada... Como você deseja se formar então?! — respondeu com sua atenção voltada pra aula do senhor Poul. Nem sei como perco meu tempo perguntando isso a um chato como ele.
— Credo, Saga! Você está parecendo um velhote de 100 anos. — eu resmungava com certa irritação. — Você está tão chato quanto meu pai!
Logo depois, ergui minha mão direita para chamar a atenção do velhote. Decidi pedir ao mesmo para ir ao banheiro. Sorte minha que ele deixou e, eu saí da merda do auditório.
Fui seguindo rumo aos corredores da universidade até chegar à quadra esportiva. Lá, as meninas estavam jogando volibol, com aqueles uniformes bem curtos e apertados, que valorizavam suas curvas.
A namorada gostosa do meu amigo estava lá. Só de vê-la jogando, toda suada e com seus seios fartos balançando a cada jogada, eu já começava a ficar excitado, sendo obrigado a sair dali, seguindo rumo para o banheiro.
Ao entrar no mesmo e, após me aliviar, limpei minha mão.
Fiquei enrolando até dar a hora do intervalo, pois hoje iríamos sair mais cedo.
Saga e eu ficamos sentados, numa das mesas para comermos um salgado e tomar Coca-Cola. Ficamos conversando um pouco até o Milo chamar pelo meu amigo, com ele indo dar atenção ao mesmo.
Como eu sinto raiva desse carinha... Eu acho que vou brincar um pouco com ele, pois sinto que aquele beijo que eu dei nele mexeu com ele.
***
Ufa! Finalmente a hora de voltar pra casa chegou. Amanhã será o baile de inverno e só é uma pena que eu não poderei ir...
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Coração bandido
FanfictionCamus Tyerri é um típico jovem francês que está cursando medicina, numa renomada universidade de Paris. Ele nasceu em berço de ouro, tendo tudo o que sempre desejou. Porém, mesmo com toda sua riqueza, boa educação e tudo do bom e melhor, cresceu se...