O piquenique

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Domingo, 8:30 da manhã, Residência da familía Adamastor, quarto de  Kardia...

Kardia

Acordei um tanto sobressaltado, suado e, para completar, meu amiguinho estava ereto, pois eu tive um sonho um tanto erótico com ela, a Saori. Sonhei que transávamos no meu escritório, na empresa, após o expediente.

No sonho, ela estava bem mais sexy ainda e, eu a possuía com muita força e intensidade com ela sentada em cima da minha mesa. Pelos deuses! Por que eu tive de ter um sonho desses, com uma colega de trabalho, que eu conheço a pouco mais de um mês e meio?

Kardia, Kardia... Vê se toma prumo na vida, pois isso jamais irá acontecer e nem deve...

Fui interrompido de meus pensamentos com meu celular tocando com uma certa insistência. Ao atender, fiquei muito feliz, pois se tratava de meu filho, do outro lado da linha. O mesmo desejava saber como eu estava e, ele também queria saber sobre o nosso cachorrinho que é um filhote um tanto destruidor. Ele já estragou várias coisas aqui em casa.

Meu filho e eu ficamos conversando um pouco. Depois nos despedimos um do outro e, ao olhar na tela de meu celular, o mesmo já marcava por volta das 9:20 da manhã. Por sorte minha, ficar conversando com o meu filho me distraiu, pois me esqueci do sonho intrigante e meu amiguinho voltou ao normal. Em seguida, me levantei da cama, seguindo até o banheiro para fazer minha higiene matinal e tomar um banho. Depois de alguns minutos, retornei até o meu quarto, para terminar de me enxugar e me vestir, pois dormi completamente nu...

Coloquei uma camiseta cavada e uma bermuda de tactel, penteei meus cabelos e os prendi num rabo de cavalo; passei um desodorante Spray e um pouco do meu perfume favorito. Em seguida, eu arrumei minha cama, optando por lençol e fronhas brancas e, por último, para terminar de arrumar a minha cama que é de casal, coloquei por cima do lençol uma colcha branca, com detalhes em azul céu.

Depois de tudo organizado, segui descendo as escadas até chegar à sala, aonde o nosso cachorrinho havia acabado de estragar uma das poltronas que eu tenho desde meu casamento com Sara, pois a safada não quis nada já que arrumou um amante rico que a levou para morar junto.

Ao ver a destruição do filhote, fiquei irritado. Porém, antes mesmo de tentar corrigir o cãozinho, o mesmo veio até mim me olhando com aqueles lindos olhinhos de ternura, ao mesmo tempo em que pulava em mim e abanava o rabinho.

Fui vencido por aquela carinha fofa e acabei o pegando no colo e o levando para comer sua ração de filhote. Enquanto o lindo e fofo bichinho comia ração, eu preparei o meu café da manhã, fazendo ovos mexidos com bacon e fiz o meu café do jeito que eu amo.

Depois de tudo pronto, me sentei à mesa para tomar meu café da manhã. Enquanto tomava, me perdi ao pensar na Saori, na maravilhosa noite em que tivemos ontem e no quanto nos divertimos naquela boate...

Fiquei ali, pensando em cada detalhe daquela bela mulher e o quão doce, meiga e sensível ela é.

— Pelos deuses! Será que eu estou me apaixonando pela Saori?! — eu pensava comigo mesmo, até que tive a ideia de convidá-la para fazermos um piquenique perto da Torre Eiffel. — Bom dia, Saori. Tudo bem com você? — eu dizia, parecendo um menino bobo, após ela atender o telefone.

— Bom dia, Kardia. Que surpresa boa. — ela falava animada. — Eu estou bem sim. E você? Como está? Eu estava pensando em você e na noite divertida que tivemos ontem.

— Estou bem, Saori. Sabe o que eu estava pensando? Será que você não gostaria de fazer um piquenique comigo...? — indaguei com certo receio de sua resposta ser negativa.

— Eu aceito, pois amo piqueniques. A gente se encontra aonde e em que horas? — ela me perguntou.

— Por volta das 15:00, perto da torre Eiffel. Pode deixar que eu levarei tudo, ok? A gente se vê lá então. Até mais tarde e beijos para você.

— Beijos para você também Kardia e, até mais tarde. — soltou contendo extrema felicidade.

Saori

Após encerar a ligação com o Kardia, eu me sentia feito uma adolescente que se apaixonou pela primeira vez. Eu sei que eu tenho que ir com calma e manter meus pés no chão, pois eu nem sei se ele me vê como mulher ou só como uma colega de trabalho.

Querendo ou não, eu estou começando a gostar dele e, não é só atração física como eu já senti antes por outros homens. Eu sinto e tenho plena convicção que é bem mais que uma paixão repentina, mas tudo ao seu tempo. Eu terei de ir com calma...

Residência dos Tierry,  Suíte de Degel Tierry...

Degel

Acordei por volta das 10:30 da manhã e, após dar várias piscadelas, eu finalmente consegui firmar minhas vistas. Ao me virar para o lado esquerdo, me deparei com a mulher mais bela do mundo dormindo e a mesma parecia um anjo. Fiquei ali, perdido por alguns minutos, contemplando a beleza de Pandora, a minha amada.

Em seguida, me desfiz do meu transe de encantamento, ao ouvir meu celular tocando. Ao atender, vi que era o meu filho. O mesmo logo de cara começou com suas reclamações, reclamando da viagem, da comida, dos dormitórios e de um tal de Milo que estava dividindo o mesmo quarto que ele. 

Eu tentei fazer o meu filho parar de reclamar de tudo e todos, porém, Camus é difícil e intransigente. Nada consegue agradá-lo a não ser carros importados, mesadas gordas e sexo sem compromisso.

Camus ficou mais de trinta minutos reclamando do tal rapaz, até que tive de encerrar a ligação, pois ele já estava me deixando chateado e triste — como ele sempre tem o costume de fazer.

Ao encerrarmos a ligação, minha amada já havia acordado. Eu só percebi no momento que fui abraçado por ela, com a mesma me dando um beijo na face.

— Bom dia, meu amor... O que você tem? Pois me parece um pouco triste e preocupado. — ela perguntou ao me abraçar mais forte.

— Bom dia, Mon Amour. Você dormiu bem? Não é nada demais... Só o meu filho problemático reclamando da vida logo cedo. — falei sério.

Logo depois, alguém bateu na porta da minha suíte e, após sair do abraço gostoso da minha amada, segui até a porta para ver de quem se tratava. Ao abrir, Madelaine me desejou um bom dia e me avisou que o café já estava pronto e a mesa posta no jardim. Após eu lhe agradecer e responder ao seu cumprimento, eu retornei ao interior da suíte para avisar a minha amada sobre o nosso café.

Seguimos para fazermos nossa higiene e para nos trocar, tirando os pijamas e colocando roupas leves e confortáveis. Depois, fomos de mãos dadas, descendo a escada, até chegarmos à sala para assim seguirmos para o jardim.

Ao chegarmos ao mesmo, eu puxei a cadeira para minha amada se sentar e, eu me sentei de frente para ela. Madaleine nos serviu o delicioso café, nos deixando a sós em seguida.

Ficamos ali, degustando todas as delicias, conversando e ouvindo o cantar dos pássaros.

As horas passaram e depois do café fomos curtir a piscina. Almoçamos por volta das 13:45 e, depois fomos ao shopping e ao cinema.

Torre  Effel, 15:00...

Kardia

Saori e eu chegamos praticamente juntos ao lugar combinado. Ela me ajudou a arrumar tudo e, assim iniciamos o nosso piquenique, um dando morangos com creme de leite na boca do outro. Ficamos ali, comendo e conversando até que nos aproximamos mais um do outro para apreciarmos o pôr do sol. Ficamos tão encantados e, devido um clima entre nós dois, estávamos quase nos beijando, porém, meu celular tocou bem na hora.

Ao atender a ligação, o clima foi todo por água abaixo. Do outro lado da linha era meu filho, me avisando que ele já estava voltando para casa. Logo após encerrar a ligação, Saori e eu nos despedimos um tanto sem graça. Eu lhe ofereci uma carona, mas ela se recusou, dizendo que iria visitar uma amiga por ali. Então nos despedimos...

Ela seguiu indo para o lado oposto ao meu, já eu, entrei no meu carro e segui rumo a minha casa.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora