Recomeço

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Guillaume

"Não consigo imaginar um mundo em que você se foi." - Hold on.

Ontem ocorreu tudo bem no trabalho, foi só um pouco mais cansativo do que os outros dias. Agora estou aqui deitado na minha cama tentando dormir e já são três e meia da manhã. A saudade de você é uma visita constante em minha vida e agora estou revendo umas fotos suas no meu notebook e não tem como não chorar sinto tanta saudades sua e do seu cheiro. Tenho saudades da gente. Tirando isso o seu cheiro já está sumindo daqui de casa e das suas roupas. A sua voz está sumindo e está tão calada fala um pouco comigo. Tudo o que sinto neste momento é dor misturado com um vazio grande no meu peito.

Dói pra caramba!

Como é que está aí?

Você deve está agora comovendo os anjos com a sua risada.

O vazio está ocupando todo o espaço dentro de mim e a cada dia ele cresce mais e toma mais força, a minha vida está se tornando uma escuridão. A vontade que me dá é de morrer para poder revê-la e está a seu lado para sempre como prometemos um para o outro no dia do nosso casamento que nunca deixaríamos um ao outro.

Eu te amo tanto Alêxiá!

Os meus olhos já estão inchados de tanto chorar. Preciso tanto de você amor e o nosso filho também, a cada dia que passa ele se parece mais e mais com você, está tão esperto. Eu só queria um pouco de paz, no entanto sei qe por agora não será possível. Ouço uma batida na porta.

- Pode entrar. - Falo enxugando as lágrimas.

- Bonjour, frère (irmão). O que houve? Porque estava chorando?

- Não aconteceu nada e não estava chorando é só uma pequena irritação nos olhos.

- Claro uma pequena irritação nos olhos misturada com tristeza no olhar.

- Vai pro inferno. O que você veio fazer aqui no meu quarto? Se veio para me irritar já conseguiu, então já pode sair.

- Deixa de ser mau humorado só vim te avisar que o père daqui a pouco estará aqui.

- Tudo bem, agora que já deu o seu recado pode sair do meu quarto.

- Não precisa ser tão rude. Tenho certeza que você saindo um pouco daqui irá se sentir melhor e irá seguir com a sua vida.

- Sai. - Grito jogando um travesseiro nele já que não tinha algo mais pesado para jogar.

- Como você está tão nervosinho e agressivo, mas ainda contínuo te amando frère. - Fala rindo da minha cara.

- Idiot.

- Un idiot qui veut votre bien. - Falo antes de fechar a porta do quarto de Guillaume.

Levanto-me da cama e ando até o banheiro. Término de tomar banho enrolo uma toalha na cintura e vou até o meu closet pego o meu terno cinza que combina exatamente com o meu humor de hoje, uma camisa social branca e uma cueca vermelha, me visto rapidamente, fecho a minha mala que está no sofá, guardo o meu notebook em sua capa protetora e desço até a sala deixando a minha mala e o notebook.

Caminho até a cozinha me sirvo de uma xícara de café e algumas torradas. Quando término olho para o meu irmão que está levantando-se da mesa antes que ele saísse lhe faço uma pergunta.

- O nosso père irá chegar de que horas?

- Já era para ter chegado. Irei ligar para ele lá da sala.

Guillaume - Série Máfia Gaillard vol.3Onde histórias criam vida. Descubra agora