Capítulo - XXXIX

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    Então meus xuxus,vim nesse começo cabeçalho para avisar vocês que: este  é o penúltimo capítulo da fic.
    Sim,sim,aguenta coração. Não me matem pelo final desse capítulo.
    E como eu sou uma pessoa com muito amor no coração o último capítulo sai no domingo só pra vocês ficarem curiosos e ansiosos pelo desfecho dessa nossa história (já vou me esconder aqui pra não apanhar).
    Enfim. Desfrutem dessa leitura com carinho. Amo vocês <3.


  Estávamos em um boteco, sim, trouxemos a Camila para um boteco e devo ressaltar que essa ideia foi da louca da minha mãe. Ele convidou latina e obviamente a minha namorada não ia negar nada a sogra,e cá estamos nós:
   —THIS IS BRAZIL!.- mamães exclamou já meio alta.
  Cobri o rosto escutando Camila rir ao meu lado:
   —Eu amo a sua família.
  Sorri:
   —É,apesar de tudo eu amo eles também.
  Entrelacei meus dedos aos dela em cima da mesa,o bom de locais em que o pessoal está bêbado é que ninguém reconhece os famosos presentes,um ótima vantagem.
   Bebia mais um gole da minha bebida quando uma vontade absurda de fazer xixi tomou conta de mim:
   —Cariño,preciso ir ao banheiro já volto.- biquei seus lábios e saí correndo dali.
  Esbarrei em algumas pessoas antes de finalmente conseguir me aliviar no banheiro,apertei a descarga saindo da cabine logo após:
   —De volta ao Brasil então?.
  Pelo espelho encontrei a figura da loira,sorri:
   —Férias.- enxuguei as mãos me virando para a mulher -E você? Achei que estivesse morando na Inglaterra depois do intercâmbio.
  Deu de ombros se aproximando:
   —Na Inglaterra não tinha você.- riu me empurrando delicada -O tempo te fez bem,hum?.
   —O tempo fez bem pra todo mundo,Mari.
  A loira mordeu os lábios me fitando de cima a baixo. Ok,eu preciso sair desse banheiro,agora:
   —Principalmente para você.- sorriu maliciosa -Eu devia ter ficado mais tempo antes de ir fazer o intercâmbio,podia ter aproveitado mais você.
  Mari foi a garota que me tirou do armário,não que gostassemos amorosamente uma da outra,foi mais algo de curtição. E agora eu estou aqui,nessa situação extremamente constrangedora:
   —É…- desviei o olhar -Bom,eu vou indo,foi bom te ver,tchau tchau.
  Mas antes que eu pudesse sair,a mesma segurou meu pulso me puxando contra si,nossos corpos se chocaram e eu prendi o ar quase morrendo de desespero. Céus,o que eu faço agora?.
  Mari sorriu aproximando seu rosto do meu:
   —Eu namoro.- soltei tentando me desvincular da loira.
   —E daí?.- se aproximou mais.
   —Eu amo a minha namorada.- tentei de novo falhando miserávelmente,a desgraçada tinha força.
  Quando sua boca se abriu,uma voz conhecida por mim se fez presente:
   —Babe,você estava demorando então eu…
   —Camila?.
  Fitei a imagem estática da cubana,empurrei Mariana me afastando da mesma:
   —O que
   —Amor,não isso-
  Negou com os olhos marejados. Não,não,não:
   —Eu vou embora.
   —Camila!.
  A latina saiu correndo:
   —Me solta,garota!.- exclamei irritada para a loira que segurava meu pulso.
  Ela sorriu divertida antes de me soltar. Babaca. Saí a passos rápidos em busca de Camila,numa mesma mais afastada encontrei mamãe me olhando confusa junta do resto da família:
   —Onde está Camila?!.
   —Ela passou correndo por nós,querida,o que-
  Peguei a chave do carro e deixei o grupo para trás. Camila não iria tão longe sem saber falar português. Já dentro do carro tentava a todo custo ligar para a mesma mas a todo instante caía na merda da caixa postal. Meu coração parecia quebrar todos os ossos do meu peito em pura agonia,a respiração acelerada e as lágrimas de medo que insistiam em descer dificultavam a minha visão,um caos.
  Ao virar uma esquina já na área praiana,encontrei uma figura solitária sentada próxima ao mar. Estacionei o carro de qualquer jeito e corri até a mesma:
   —Camila!.
  A mulher virou seu rosto brevemente,os olhos doloridos:
   —O que você quer,S/n?.
  Arfei com o tom usado. Ela nunca havia pronunciado meu nome desse jeito…com nojo:
   —E-eu…Me desculpe.
  Riu com escárnio:
   —É claro que você vai se desculpar.- negou -Você é igual a eles.
  Me sentei a sua frente,tentei segurar sua mão mas a mesma desviou do toque:
   —Babe…
   —Não me chama assim,não depois do que você fez.
   —E o que eu fiz?!.
  Desviou o olhar:
   —Você estava beijando ela.
  Neguei rapidamente:
   —Não,não,não. Isso não aconteceu. Ela não me beijou,eu estava tentando me soltar dela quando você chegou. Eu não queria estar ali,Camila,eu-
   —E você acha que eu acredito nisso?.
  Franzi o cenho:
   —Eu sou sua namorada,você devia no mínimo ter confiança em mim.- a raiva tomando lugar dos outros sentimentos.
   —Eu sei o que eu vi,Hawley.- trincou o maxilar -Não sou burra. Bom…eu fui de acreditar que você seria diferente.
  Abri a boca em descrença,irritada:
   —Foi por isso que eles te deixaram.- me levantei -Você sempre fica como coitadinha da história porque não tem coragem de admitir que errou também.
   —Você é uma idiota,S/s!.- exclamou com a voz embargada.
   —Quer saber,Camila?! Já que sou igual a eles.- peguei a aliança e joguei na areia -Você não precisa de mim.
  Saí dali sem olhar para trás,eu havia explodido e qualquer um que atravessasse meu caminho agora poderia morrer. Quem ela acha que eu sou para me comparar com as outras pessoas que namorou? Eu jamais a trairia,ou faria qualquer coisa que a prejudicasse. Camila perdeu a cabeça e acabou por me perder também. A coisa que eu mais valorizo em um relacionamento é a confiança,e ela não teve isso em mim.
  Arranquei com o carro para longe,eu sentia o meu rosto molhado pelas lágrimas. Não,eu não vou chorar por ela,não vou chorar por mais ninguém.
  Meu celular começou a tocar em cima do banco do carona,atendi o mesmo ao ver o nome de mamãe na tela:
   —Filha…A vovó saiu da UTI,ela tá acordada e querendo falar com você.

destined - (Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora