Capítulo 33

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Eu odeio com todas as minhas forças educação física, ser obrigada a usar essa roupa ridícula e verde

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Eu odeio com todas as minhas forças educação física, ser obrigada a usar essa roupa ridícula e verde.

—Você também tem que se alongar. -a professora de educação física diz parando ao meu lado.

Suspiro enquanto observo as outras garotas no meio da quadra, mas não demorou muito pra que eu esteja no chão, cai de barriga pra baixo sem saber o que me atingiu, só sei que também é molhado e gelado, muito gelado.

—Meu Deus, Eva, me perdoa eu estava distraída. -ouço me virando pra ficar de barriga pra cima, vendo a Cassandra e outras alunas me encarem.

—Se machucou? -a professora pergunta se agachando do meu lado.

Balanço a cabeça negativamente e me levantando, me sentindo toda melada pelo que ela derramou em mim.

—Desculpa, era vitamina de beterraba com banana. -ela aponta pra garrafinha no chão, olho pra minas pernas e roupas todas sujas de vermelho, olho pra isso com uma careta de nojo.

—Eu vou tomar banho. -é a única coisa que falo antes de sair correndo em direção o vestiário feminino, indo até o meu armário.

Eu provavelmente esqueci de fechar ele, porque está todo aberto.

—O dia já começou bem. -zombo de mim mesmo, pegando a roupa e uma toalha, indo até o chuveiro e graças a Deus, não é tudo aberto que nem no masculino.

Aqui tinha cabines separadas pra tomar banho, pelo menos a água é quente.

Fico uns 3 minutos esfregando minha perna, mas continua melada, quantas toneladas de açúcar ela usou pra vitamina "saudável dela"?

Depois de amenizar a situação, coloco a roupa dentro da cabine mesmo, o risco que alguém entrar do nada é muito grande.

Pelo menos me livrei da educação física, penso enquanto saio da cabine, mas paraliso vendo uma cena que conseguiu quebrar meu coração em milhões de pedaços.

Ele a beijava com tanto desejo que nem sequer notou que tinha outra pessoa aqui, e eu fico, olhando cada movimento e cada palavra dita sendo quebradas.

Seco as lágrimas que caiam e saio daqui correndo, sem me importar com o celular que eu deixei de lado, muito menos o meu material.

Eu corri e chorei até a porra da minha casa, ignorei até o inspetor que correu atrás de mim até a entrada do colégio.

Bato a porta com força, fazendo o barulho ecoar por cada cômodo dessa casa.

Eu sou tão burra, meu Deus, Como eu posso ser tão burra? Ser tão fácil? Eles estavam me usando?

Soco a porta mais me arrependo logo em seguida sentindo uma dor aguda e ver sangue escorrendo por ela.

Subo correndo até meu quarto sem me importar com a minha mão. Eu nunca pensei que essas coisas doíam tanto, agora eu posso entender 1% da dor da minha mãe.

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