capítulo 22

9.2K 798 176
                                    

—Não é justo, eu te massacro a partida toda e quando você está quase morto, você usa esse treco aí que me parte no meio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

—Não é justo, eu te massacro a partida toda e quando você está quase morto, você usa esse treco aí que me parte no meio. - Eva diz se referindo ao jogo, totalmente frustrada por não ganhar uma vez sequer.

—Estratégia é tudo, gata. - Falo convencido, me divertindo com a cara de derrota dela.

Ela deu um meio sorriso enquanto balança a cabeça negativamente, começamos outra partida, mas acabo me distraindo com ela.

Ela morde os labios concentrada demais pra notar que eu a observava, ela sorria toda vez que me acertava um golpe e fazia uma mini dancinha de felicidade quando descobriu como me partir ao meio também.

—Quero ver você me vencer agora, vou fazer você beijar o chão. - Ela diz eufórica, finalmente notando que eu estava prestando mais atenção nos movimentos dela, do que no jogo.

—Sorte de principiante. - Falo dando de ombros, a olhando fixamente.

—Seria mais admirável se você admitisse minha vitória, e não seja-mos modestos, que bela Vitoria. - ela ajeita a postura e me olha de maneira superior.

Gargalho baixo e deixo o controle de lado.

—É, talvez você tenha sido aceitável. -O sorriso falso no rosto dela vacila pela risada que ela estava segurando.

— Extremamente prepotente. - ela diz, olhando pra porta semi-aberta. —Talvez esteja na hora de eu voltar pra realidade.

Ela diz enquanto apoia a cabeça na cama que era do meu irmão, estamos do mesmo jeito de quando nos beijamos.

—Mas não precisa ser agora.

Falo sem querer que ela vá, ela apenas da de ombros e olha para um porta retrato que está na cômoda na nossa frente.

O encaro também, meu irmão tinha acabado de fazer o primeiro jogo de basquete dele, eu e ele estávamos comemorando na quadra.

—Ele era um garoto legal. - Ela diz ainda olhando pra foto. —Toda vez que eu voltava do colégio, eu o encontrava indo, ele sempre falava algo aleatório.

Ela sorri e me olha.

—Uma vez ele falou que você fica horrível de aparelho só porque estava com raiva de você.- Ela diz rindo.

—Eu só usei aparelho até meu 15 anos, ele só tinha uns 5, pensei que ele nem lembrava mais. -Falo sentindo a armagura de não ter passado mais tempo com ele, ou conhecido mais dele.

—Como você realmente está? - Ela pergunta, me olhando de um modo tão sincero e profundo, que é como se ela soubesse o que se passava dentro de mim.

—Eu não sei exatamente. - Falo sentando ao lado dela no chão, me escorando na cama. —Eu só não quero que você vá embora, porque toda vez que eu estou aqui. - Falo olhando em volta. —Eu fico imaginando o que aconteceria se fosse diferente, me crussificando por não ter sido um bom irmão e um bom filho, eu queria que pelo menos eles Morressem felizes.

Sem Razão Onde histórias criam vida. Descubra agora