Capitulo 24

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Não tinha o que se dizer, não tinha pra onde correr, não tinha mais como eu negar pra mim mesmo que não é real o que eu sinto, não posso mais fingir que não me importo, não posso inventar uma desculpa para o motivo de eu não conseguir afasta-la de...

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Não tinha o que se dizer, não tinha pra onde correr, não tinha mais como eu negar pra mim mesmo que não é real o que eu sinto, não posso mais fingir que não me importo, não posso inventar uma desculpa para o motivo de eu não conseguir afasta-la de vez.

Quando eu achei que tinha conseguido, ela começou a ir na minha porta, no começo eu tive uma Eva zangava, nos primeiros cinco dias foi ela espancando minha porta e ameaçado chamar a polícia caso eu não desse sinal de vida, lembro-me bem de ter mandando uma mensagem pra ela dizendo que estava bem e que precisava Ficar sozinho.

Ela com certeza não respeitou isso e eu nem queria que ela respeitasse, por algum motivo ela continuou indo até minha porta pra falar sobre o dia dela, sobre a vida dela, ou só ficou lá sentada.

E eu a esperava todo o dia, eu gostava de ver a sombra dela por debaixo da porta, eu gostava quando não tinha mais o que dizer, ficávamos em silêncio, mas eu sabia que ela ainda estava lá.

Eu demorei pra perceber que não precisava me isolar das pessoas que me faziam bem, depois do dia que ela não foi, eu jurei a mim mesmo que eu precisava me permitir a viver, que eu iria sofrer a cada segundo da minha vida, quando ela não foi, eu pensei que eu tinha perdido o pouco que eu tinha, eu sabia que eu estava sozinho, eu não tinha meus pais, eu não tinha o meu melhor amigo, eu sabia disso, mas naquele dia eu senti o medo real de estar sozinho.

Mas a cada momento eu tentei me segurar, tentei não olhar pra boca dela enquanto ela sorria, porque quando eu olhava, eu lembrava do beijo e de como tudo em mim queria beijar ela de novo.

Tentei não fazer de tudo pra fazê-la sorri, porque quando ela sorri, todo o rosto dela se iluminava e seria difícil não olhar mais pra ela.

Tentei não chegar tão perto dela, porque eu não saberia se conseguiria me afastar quando fosse preciso.

Eu estava certo, hoje eu fiz o meu melhor pra ela não ficar mais triste do que já estava, quando eu fui ao banheiro e passei pelo quarto do meu irmão, eu lembrei de como ele sempre insistia pra gente ir no parte.

A chamei logo em seguida, foi a melhor coisa que fiz, mas foi quase impossível não olhar sempre pra ela, ela sorria de maneira tão livre enquanto brincava, foi nesse momento que consegui enxergar só a paz, mesmo com a dor constante.

Quando eu desabafei com ela no parque e observei ela me olhando com aquele típico olhar de pena, eu simplesmente quase não consegui me segurar pra não beija-la ali, mas eu tinha que fazer aquilo, mas não ali, eu não sabia se conseguiria parar de beijar ela.

E mais uma vez eu estava certo, quando finalmente entramos em casa, eu tentei ao máximo me segurar pra fazer tudo certo, mas quando finalmente senti os lábios dela, de novo junto ao meu, eu sabia que não conseguiria não tê-los mais.

Eu não queria parar de sentir as mãos dela em mim, eu não queria parar de sentir o corpo dela junto ao do meu, eu não queria tirar minhas mãos dela, mas eu não poderia errar agora.

E quase em um sacrifício, eu me afastei, eu não sei o que foi mais incrível, o fato de rimos como se soubéssemos que isso iria acontecer de qualquer jeito ou de como eu fiquei mais confortável com ela ao meu lado.

Agora eu a estou aqui, observando ela dormindo, prestando atenção nos baixos suspiros que ela soltava e em como mesmo dormindo, ela não soltou a minha mão.

—Eu não quero dormi no seu quarto, pode ficar com ele todo pra você. -ela disse, ainda com o rosto vermelho e a boca inchada, eu a olho cheio de desejo, desistindo de tentar disfarçar.

—Eu com certeza não vou dormi em outro lugar, mas você pode dormi aqui. - falo, esperando uma resposta negativa, mas ela apenas sorriu e concordou, caminhando até a minha cama, se deitando logo em seguida.

Foi a cena mais hipnotizante que já vi, eu desliguei a luz e deitei ao lado dela, mesmo afastado, a presença dela ali era forte demais.

Ela deitou bruços, olhou na minha direção e sussurrou:

—Obrigada.

Eu não entendi o porque, mas eu também não disse nada, eu só quis a olhar, ela entrelaçou sua mão na minha e fechou os olhos.

Eu não sei se vou conseguir dormi ao lado dela, mas eu não consigo pensar nas coisas que me assombravam antes, eu não consigo me culpar mais.

Solto nossas mãos pra nos cobrir, mas a entrelaço novamente e antes de adormecer, eu me aproximo mais dela e sussurro.

—Obrigado.

Helou, não sei se as atualizações continuarão diárias, preciso terminar ela 😢

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Helou, não sei se as atualizações continuarão diárias, preciso terminar ela 😢

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