capítulo 20

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—Você fez falta, filho -O treinador diz, dando um leve tapa nas minhas costas

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—Você fez falta, filho -O treinador diz, dando um leve tapa nas minhas costas. —Mas sabe que não posso te colocar como capitão, não é?

Ele diz e eu me limito em apenas afirmar com a cabeça, Por mais que eu gostasse de ser o capitão e admito que eu me saia muito bem nisso, fora que os olheiros focam mais no capitão, mas depois de tudo que aconteceu, não tem o porque eu ainda tentar, se for pra conseguir algo, que seja pelo meu talento e não meu título.

—Os treinos mudaram, só as segundas e terças, trate de manter as notas boas. - Ele diz se acomodando na mesa dele, sorrio sem conter a animação. —sinto muito pela sua família.

—Obrigado treinador. - agradeço, ele apenas acente com a cabeça, num gesto quase afetuoso.

Suspiro antes de sair da sala, me manter na linha é mais difícil do que eu pensei que seria.

Pensei que não ligaria para as provocações do Alex e lidaria bem com o Aaron, mas toda vez que os vejos, a única coisa que vem na minha cabeça é soca-los.

Pensei que seria mais fácil recomeçar.

Bufo por pura frustação.

—Te achei, O que o treinador falou? -Aaron ao meu lado, passo as mãos no rosto pra tentar esconder o desgosto de tê-lo aqui. —Eu estou dentro.

Falo começando a caminhar pelo corredor.

—Como assim está dentro?- ele diz andando mais rápido pra me alcançar. —Ele permitiu eu voltar pro time.

Observo as expressões dele e me surpreendo ainda mais como as pessoas são boas em mentir, elas juram e te olham nos olhos, prometem e mesmo assim, te magoam, mentem e seja lá o que for, quanto mais sei, menos o quero por perto.

—Ainda bem, o time sentiu sua falta cara, mas porque você não falou que ia voltar? - Aaron diz animado.

—Por Que eu queria recomeçar. - Falo dando de ombros. —Da maneira certa agora, não voltar e quebrar a cara de alguém porque me irritou. - falo enquanto lembro de eu me achar pronto pra voltar, mas em uma semana eu arrumei cinco brigas e bom, em uma delas, um foi parar no hospital.

—Perdeu o cérebro no meio do caminho? Recomeçar do que? - Ele zomba e continua:

—Sua vida estava ótima, estava pegando todo mundo, voltou com as festas, mano, você está na Sua melhor fase, porra. - Ele diz gesticulando com as mãos, como se isso fosse me fazer mudar de ideia ou me animar.

—Tirando a parte que eu perdi a minha família, ignorei toda essa porra e sou assombrado toda noite por lembranças boas que nunca mais vou ter e lembrar disso me faz querer ter morrido junto com eles.

Praticamente rosnei, Ele franziu as sombrancelhas.

—Mas se eles estivessem vivos? Eles iam querer isso?! Que você se destrua por causa deles?

O rosto dele se contorceu numa expressão dura.

—Eu não sei o que eles iriam querer, mas eu sei exatamente o que eu quero. - Ele franziu a testa, esperando por uma resposta. —E o que seria? Faltar a porra de um mês todo e quando volta, é como se nunca tivesse ido, conseguiu tudo como sempre, será que vão lamber seus pés também?

Ele diz e eu solto uma risada sarcástica.

—A única coisa que eu quero, com toda absoluta certeza é que você vá se foder.

Sua expressão endureceu, enquanto ele me olhava confuso.

—Como é....—Falei pra você ir se foder.

O interrompo e continuo a andar, ignorando-o.

—Que caralhos deu em você? - Ele pergunta, entrando na minha frente, me empurrando pra trás sem se importar com as pessoas andando atrás de mim, as quais eu esbarrei.

Fecho os punhos, mas me afasto dele. A última coisa que quero agora é uma briga, olho em volta, percebendo as pessoas atentas em cada movimento meu, esperando por alguma reação.

—O seu problema é que você só pensa em si mesmo, na sua própria dor, só se importa com a porra do seu Ego, Faz mais de um mês e você ainda se faz de coitadinho.

Balanço a cabeça negativamente com um sorriso irônico nos lábios, Eu não posso arrumar uma briga aqui dentro.

Dou meia volta, passando pela aglomeração de pessoas, sem me importar em esbarrar em alguém e continuo ignorando a voz de Aaron atrás de mim.

Entro na sala que eu vou ter aula, meu punho soca a parede com força, meu punho se choca com a parede incontáveis vezes até eu sentir a raiva se dissipar.

Passo o olho pela sala e pra minha sorte não tem ninguém. Me sento em qualquer cadeira e passo as mãos no rosto, olho pra porta, eu queria sair dessa porra de sala e faze-lo beijar a merda do chão.

Mas me limito em apenas criar essa cena na minha mente.

Mas me limito em apenas criar essa cena na minha mente

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—[...] Sirva a torta morna, acompanhada com sorvete de baunilha ou chantilly.

Observo o tutorial do YouTube pela milésima vez e até agora não entendo como a minha torta de maçã, parece um vômito, eu fiz exatamente igual a essa merda.

Respiro fundo enquanto desprezo essa torta de todas as formas possíveis, mexo nela com garfo e provo um pedaço.

O gosto ta melhor que a aparência.

Pego outro pedaço, mas sou interrompido por alguém espancado a porta, abandono a torta e vou até a porta.

Sei que é a Eva, ela sabe mais que ninguém como espancar portas alheias, abro a porta com um sorriso nos lábios, Mas logo foi desfeito.

—Mas que por...-Mal pude completar a frase, ela se apertou contra mim, aconchegado sua cabeça contra meu peito enquanto chora.

Demorei alguns segundos pra raciocinar e entender a gravidade das coisas, pra enfim aperta-la contra mim.

Demorei alguns segundos pra raciocinar e entender a gravidade das coisas, pra enfim aperta-la contra mim

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