Prólogo

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Eu queria que não me olhassem com pena, por cada corredor eu via os olhares de piedade sobre mim, talvez as marcas em meu corpo chamasse mais atenção, não á nada que eu possa fazer quanto a isso

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Eu queria que não me olhassem com pena, por cada corredor eu via os olhares de piedade sobre mim, talvez as marcas em meu corpo chamasse mais atenção, não á nada que eu possa fazer quanto a isso.

Não há nada que eu queria fazer quanto a isso, creio que não há um aluno sequer que não saiba o que aconteceu e tudo que eu ouço é " vai ficar tudo bem, tudo passa e você vai superar"

Eu nem sequer respondo, por que eu sei que não vai passar, essa porra não vai passar, essas imagens não vão sair da minha mente e nada o que eles disserem vai me fazer melhorar, e não há nada que eu quero fazer quanto a isso.

Eu ainda lembro do sorriso do meu irmão comemorando a primeira vitória da temporada, na qual eu fiz 5 pontos, eu ainda lembro da minha mãe falando que eu me saí bem, e ainda lembro do meu pai me abraçando falando que me encontraria em casa.

Eu me lembro de pegar o ônibus com os outros jogadores, eu me lembro quando tivemos que para por causa de um acidente na pista, eu me lembro no exatamente a hora que reconheci os corpos da minha família.

Você pode por favor tirar a perna da frente?

Alguém fala, me tirando daquele pesadelo que eu me encontro, olho para a pessoa na minha frente e tiro a perna da frente, para que ela possa sentar na cadeira atrás de mim.

Suspiro sem dizer nada e me viro pra frente, eu preferia ter ficado um bom tempo em casa, mas resolvi vir e continuar treinando, até agora duas brigas e uma discussão, alguns hematomas, mas ficar em casa seria mais perturbador do que ir à escola logo após uma semana da morte da sua família.

—Cara, você tem que sair dessa, você é o Logan Estevan Garrett, não vou permitir que meu melhor amigo ande com essa cara de peixe morto pelos corredores dessa escola.

Aaron diz se sentando na mesa ao lado, será que ele tem noção das próprias palavras idiotas?

Não o respondo, nem sequer olho para ele, na verdade nem presto atenção em nada, nem percebo quando a aula começa.

—Garrett, você está prestando atenção?

A professora Cora pergunta e eu apenas a olho com puro tédio na minha face.

—Pois bem, só sairá daqui com todas as anotações da aula de hoje.

Tranco o maxilar com raiva, só o que me faltava, professora que vive me assediando, quer me prender nessa merda de sala, sei bem o que ela quer, mas hoje ela não vai ter nada.

Viro para minha salvação nos dias de provas e trabalhos, me inclino para trás a fazendo me olhar, eu sei que ela já sabe o que eu quero.

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