Observo a Eva cantarolar enquanto se arrumava pra uma festa, Se quando eu ouvi meu nome pela boca dela, foi a coisa mais linda, imagine
ouvir ela cantar.Ela atravessa a sala e pula por cima da hope, finjo prestar atenção no jogo e volto a encarar ela pelo reflexo do espelho do quarto.
Ela morre de vergonha quando eu a pego cantando, então tenho tenho que ser sempre cauteloso.
Fazem 5 meses que eu vim pra Califórnia, pra ser mais exato, pra San Diego, perto dela e da faculdade, talvez longe de onde minha família está, mas eles sempre vão está comigo, tatuados no meu corpo, na minha mente, no meu coração ou o que for.
Eu tatuei algo pra cada um, eu tatuei uma borboleta vermelha perto do peito, minha mãe amava borboletas e a cor vermelha, umas minha lembrança preferida dela, foi quando eu tinha 10 anos, eu dei uma borboleta de presente pra ela, porém morta.
Ela riu, agradeceu, me abraçou e falou :
—Acho que eu prefiro elas vivas. -E mesmo assim ela guardou em um quatro de vidro.
Eu tatuei um jornal no braço esquerdo, por que meu pai todas as manhãs nos dava bom dia com a cara dentro do jornal.
E para o meu irmão, eu tatuei no outro braço um desenho que achei quando estava fazendo a mudança, não sei quando ele fez, mas ele nos desenhou em frente à praia.
Lembro do dia que fomos à praia pela primeira vez, ele tinha 7 anos e morria de medo de entrar na água por minha culpa, no dia anterior eu o fiz ver alguns filmes de tubarões e piranhas assassinas.
Como castigo, tive que convencer ele a entrar, foi uma dia bom, uma lembrança boa.
—Oi mãe...-A Eva passa de novo pela sala, indo ao banheiro, agora com o telefone na orelha. —Eu sei, eu sei...acho que não vou voltar hoje.
Ela volta e para no meio da sala.
—E como eu estou? - ela diz dando uma volta lenta, lenta o suficiente pra notar como a calça era boa em marcar a bunda dela e em como aquela camisa xadrez fica melhor nela do que em mim.
—Deliciosa. -sorrio sem esconder minhas intenções.
—Ah...obrigada. -ela sorri. —Você também está delicioso.
Ela diz olhando pra minha roupa, ou pra falta dela, sorrio e me levanto pra terminar de me arrumar.
Gosto da maneira como as coisas estão, leves, sem drama, assim como ela é.
Gosto disso, nunca tive outras namoradas, mas tenho certeza, que eu sou um filho da puta muito sortudo por ter a Eva.
Eu não poderia amar menos como as coisas estão, eu sinto falta de algumas coisas, como sentar no quarto do meu irmão e lembrar dos nossos momentos bons.
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Sem Razão
RomanceLogan perdeu aqueles que um dia amou, não tinha nada ou alguém que pudesse tirar as vendas dos olhos dele, não tinha razões pra buscar algo melhor pra si, Eva foi a única que percebeu o quão perdido e manipulado ele estava. Ele só precisava de um mo...